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“Your John may save the world, but he can’t do it without mine.” – Catherine Weaver

Então nós chegamos ao fim da temporada, possivelmente da série, e a estória de uma mãe que faz de tudo para proteger e preparar seu filho para vencer a maior e mais importante das Guerras, se torna o conto de duas mães, duas criadoras, duas protetoras. De certa maneira, essa revolução na trama é um tanto macabra. A segunda mãe é um robô feito de metal líquido, fato que em si só eliminaria a idéia de maternidade que nós temos da equação. Porém, depois de tudo o quê testemunhamos no relacionamento de Catherine e John Henry, acho impossível não colocá-la no mesmo altar que Sarah: sem os esforços das duas, ambos os John estariam perdidos.
Não é a toa que John, o Connor, põe Cameron em uma situação menos que favorável para retirar Sarah da prisão. E ao mesmo tempo, a sábia Sarah, percebendo que John nunca seguirá em frente sem ela por livre e espontânea vontade, fica para trás, acreditando em algo que sempre fora difícil para ela, a idéia de que John esteja pronto para seguir sua jornada sozinho e para cumprir seu destino apesar das adversidades e da ausência dela.
Já John Henry, tão mais novo e imaturo, apesar de ser o quê é, tão superior a Connor em sua capacidade de aprender e tão mais invulnerável que a versão humana do salvador, ainda precisa de Catherine. Ele ainda não conhece seu destino, sua missão. E Catherine, completamente devota da sua própria missão, pula no buraco da Alice para cumprir seu dever de mãe, que está longe de acabar.
Já era de se imaginar, depois dos episódios mais recentes, e da enigmática frase de Weaver para Ellison sobre como a sobrevivência de Savannah poderia depender da sobrevivência de John Henry um dia, que a T-1001 era um modelo dissidente das máquinas que tem tentado extinguir a humanidade. O porquê dessa dissidência ainda é um mistério, mas se humanos sempre encontram formas de voltarem-se um contra os Outros, por que não as máquinas? Elas são inteligentes, então é de se imaginar que desenvolver subjetividade seja possível, apesar da programação. Outra opção seria Weaver ter sido reprogramada por humanos. Mas como alguém conseguiu capturar e reprogramar um modelo tão avançado também fica como questionamento.
E como resultado da mais nova aliança entre homens e máquinas, John é catapultado para o futuro, onde se encontra com ninguém menos que seu tio Derek, seu pai Kyle e Alison de Palmdale, a versão humana que deu origem a Cameron, e que tem tudo para gerar a maior controvérsia desse episódio. Porque eu sei que Terminator não é Lost e não tem loop fechado, mas impossível não se questionar quem veio primeiro, o ovo ou a galinha. Se Cameron não tivesse passado todo aquele tempo com John na adolescência, deixando uma impressão profunda no garoto, mesmo ele sabendo muito bem que ela era apenas um ciborgue (e ainda teve aquela perturbadora cena entre os dois nessa finale, que teve um apelo sexual enorme), ele talvez não se apaixonasse e fosse tão próximo de Alison no futuro. Se Alison não fosse tão importante para ele, ela não teria sido raptada e substituida por Cameron, que por sua vez não teria sido uma companheira e cúmplice tão grande do Connor adulto, e não teria sido mandada ao passado, onde criou as bases daquela amizade/amor estranhos no futuro líder da humanidade. Ou John está em um futuro alternativo e eu estou falando besteira. Mas acho que mesmo que o futuro seja outro, esse loop em particular se repetirá.
Um elemento que me faz crer nisso é a aparição da pergunta “Você se juntará a nós?” que primeiro conhecemos no flashback de Jesse. Muita gente acha que o T-1001 que escapou do submarino de Jesse pode ser Catherine (e pode mesmo). Mas eu tenho uma outra teoria. A de que John estaria procurando por Catherine, repetindo essa frase que é uma espécie de código entre os quatro (já que Cameron e John Henry também parecem usá-la), e de que o T-1001 não seria Catherine, por isso sua resposta negativa.
Assim, essa finale nos responde bastante coisas, algumas que nós podemos nem entender muito bem, mas seu cliffhanger é mais que suficiente para me deixar totalmente desolada com a quase inexistente possibilidade de renovação do show. Afinal, além do tocante encontro de John com algumas das pessoas mais importantes da sua vida, uma terceira temporada traria a Catherine tentando encontrar John Henry e mudar o futuro da Guerra e Sarah e Ellison no presente tentando parar a Kaliba e criar Savannah (e depois de Adam Raised a Cain, eu fiquei com a impressão de que a menina pode ter um papel de extrema relevância no futuro que nós ainda desconhecemos, se não por qualquer outra coisa, pelo menos por seu conhecimento das AI desde tão nova). Eu sei que a audiência é pífia e o show é caro, mas não tem como não ficar desesperada com a falta de continuidade de Sarah Connor Chronicles. A Fox bem que podia dar uma de ABC e oferecer a Friedman uma data de encerramento e umas duas temporadas mais curtas, não?

Quando se trata de Sarah Connor, eu já cheguei á conclusão de que eu gosto de todos os episódios que todo mundo odeia, e não gosto dos episódios que todo mundo adora. Mas eu realmente não consigo entender porquê as pessoas não gostam da Sarah e de Lena Headey. Podem explicar o quanto quiserem. Eu sinto uma empatia tão grande pela personagem e pela atriz que eu vou sempre me encantar com episódios dedicados à psicologia de Sarah Connor, não importando o quanto eles sejam supostamente irrelevantes para a trama e que não tenham ação nenhuma.
Por isso confesso que indepentende das novas informações e a da aparição do ‘metal’ em Desert Cantos, eu achei toda a jornada do quarteto fantástico na cidadezinha, como penetras do funeral dos trabalhadores da fábrica, um tanto quanto tediosa. Eu estou até agora tentando entender porquê o robô estava matando vacas, além de não ter compreendido ainda a relevância de descobrir que os responsáveis pela construção daquela nave mantinham todos os empregados da fábrica sobre forte vigilância (além de provar que Sarah não está insana).
Contudo, eu gostei muito de toda a parte dedicada à Catherine Weaver. Com Cameron ficando de lado, Shirley Mason se tornou o melhor alívio cômico da série e minha segunda personagem preferida. Catherine é tão complexa quanto à robô principal. Ela é eficiente e fria, mas sua curiosidade pelos humanos faz com quê aos poucos ela incremente sua personalidade com traços nossos. E quando ela tem de contracenar com a fofíssima Mackenzie Brooke Smith, as cenas são melhores ainda. As tentativas de Catherine de suprir o lugar de mãe de Savannah parece já ter ultrapassado a necessidade de acobertar sua verdadeira identidade. Se eu não soubesse melhor, diria que ela gosta da criança e até ressente um pouco sua inadequação para oferecer afeto a menina cuja mãe ela matou. Robôs podem sentir amor e culpa? Eu geralmente diria não, mas com Catherine e Cameron não é possível saber.
Já o décimo sexto episódio, que foi completamente parado, me agradou em cheio. Começando pela narração de Sarah. Eu sempre adorei a narração em off, sempre achei que enriquecia os episódios e a personagem, e nunca entendi porquê nessa segunda temporada ela esteve quase sempre ausente. Outro ponto positivo foi a estrutura do episódio, que ao contrário do episódio anterior, teve um propósito.
A parte da clínica era surreal de uma maneira um tanto óbvia, as coincidências eram demais para serem plausíveis, mas mesmo assim o roteirista, diretor e editor atingiram o objetivo de criar uma estória confusa, nos deixar inseguros e nos injetar com dúvidas. Apesar da trama com Winston ser muito mais coerente com o Universo da série, assim como Sarah, eu não tinha certeza do quê era real e do quê sua mente paranóica estava criando. Uma coisa é certa desde o episódio catorze: Sarah está mais aterrorizada e vulnerável que nunca, e o gatilho para seus problemas mentais ficarem tão violentos certamente foi sua confiança de que havia assassinado Winston naquela fábrica.
Na verdade Winston sobreviveu, raptou Sarah e a manteve refém dentro de uma van. Amarrada e drogada, ela constantemente perde a consciência e tem delírios envolvendo a clínica, a robô que é sua enfermeira e que termina assassinando ela e John, e uma colega de quarto que morre queimada, além de John e Cameron em um relacionamento excessivamente amigável, demonstrando seu medo da proximidade entre seu filho e a exterminadora. Foi um episódio que estabeleceu uma oposição ao décimo quarto, onde apesar de suas alucinações, Sarah seqüestrou uma médica e manteve-se no controle por parte do tempo, com seu cérebro lutando pela sua sobrevivência o tempo todo. Aqui ela é vítima e está perdida, subjugada pelo seu seqüestrador e insconciente da verdade. Winston nem bateu tanto assim nela, mas certamente lhe infligiu uma tortura psicológica pungente demais para seu emocional já danificado.
Eu não me lembro, mas já vimos Sarah chorar antes? Com a mistura do pesadelo em que ela e John morrem com a realização de que seu cativeiro era real, Sarah desabafou. E como se os quarenta minutos anteriores já não fossem prova o suficiente do sua competência, os momentos finais deram a Lena Headey a oportunidade de usar todo o seu talento. E ela ainda sai daquela situação mostrando que apesar de não ser ciborgue, ela é tão hardcore quanto Catherine e Cameron. A seringa no olho certamente foi um momento inspirado.
Eu sei que Some Must Watch, While Some Must Sleep não é o quê a maioria da audiência quer ver. Mas enquanto a série continuar apresentando episódios assim, eu continuarei uma fã fiel.

Lendo alguns textos sobre o retorno da série, eu vi que várias pessoas ficaram decepcionadas com esse episódio. Eu sei que vou na contramão da maioria dos fãs da série quase sempre. Eu adoro Sarah enquanto a grande maioria das pessoas não a suporta, muitos comparando-a com o trabalho de Linda Hamilton no filme (o quê eu estou começando a achar que é equivalente àquelas comparações entre livro/obra original e filme/adaptação, ou os fãs não aceitam a versão nova de jeito nenhum ou aceitam cegamente). Eu acho John um chato e mesmo tendo a idade aproximada do personagem, não consigo entender seus chiliques que supostamente são coisa de adolescente (todo mundo tem pais super protetores e com expectativas sufocantes para o nosso futuro, get over it!). E eu adorei esse episódio.
The Good Wound realmente é um episódio que não tem muita ação e também não traz revelações bombásticas. É um episódio simples, centrado na protagonista da série e dedicado a dar continuidade aquilo que eu já havia notado anteriormente, a perda da sanidade de Sarah. Eu sei que no filme ela já é louca há anos, mas na série ela nunca foi realmente insana. Mas desde que os três pontos apareceram, sua paranóia aumentou exponencialmente, ela passou a ter visões, sonhos, alucinações. Ela está mais vulnerável, mas ao mesmo tempo, seu isolamento do resto dos personagens cresce á medida que ela se refugia dentro de si mesma. Considerando tudo o quê ela já sofreu, é normal que seu cérebro tente encontrar uma maneira de protegê-la. E essa maneira parece ter sido Kyle Reese.
Eu assisti o primeiro Terminator em algum ponto da minha vida e conheço a estória, mas ao contrário do segundo, que eu já revi milhões de vezes, fazem anos que não vejo o primeiro episódio da franquia e eu me lembro muito pouco dele. Certamente não me lembro do Kyle Reese original. Portanto, sem comparações, eu adorei Jonathan Jackson. Mesmo não sendo real, ele se estabelece muito bem como o único apoio de Sarah. A única pessoa a quem ela pode se imaginar recorrendo e confiando, a ponto de sua mente ter que recriá-lo para ela conseguir sobreviver.

E Lena Headey, interpretando talvez o momento mais difícil de sua personagem na série, tem sua melhor atuação. Ver Sarah confrontando sua mortalidade e sentindo medo por si mesma, ao invés de por John, foi no mínimo diferente. Dessa vez a prioridade era ela, e ficou claro que ela estava aterrorizada. Quando se trata de proteger John, de salvar o mundo, de lidar com robôs, ela é tão hábil que já age no piloto automático. Mas como já mostraram várias vezes na série, seres humanos não são realmente o forte dela. Nem mesmo quando o ser humano é ela mesma.
É claro que foi uma coincidência gigantesca ela raptar justamente uma médica com problemas de abuso e perseguição, Felicia Burnett. Talvez fosse mais interessante ela escolher um refém que fosse hostil e não facilitasse a vida dela, mas eu gostei da relação daquelas duas mulheres que já sofreram tanto. Eu gostei do fato da Sarah ter tropeçado em uma alma gêmea, mesmo que sua história fosse uma mentira. Tanto quanto é uma guerreira, Sarah é uma vítima. Felicia era o quê ela precisava naquele momento, e vice-versa. E Laura Regan fez uma boa participação, que agregou muito ao episódio.
No outro núcleo, vemos que John Henry está se desenvolvendo muito rápido e que Ellison já começa a perder o controle sobre a máquina (se é que algum dia ele o teve). As intenções de Catherine Weaver não estão claras, e eu não sei nem por onde começar a especular. A esse ponto me parece que ela está tentando melhorar ainda mais a Skynet desde o seu princípio, para garantir a superioridade das máquinas no futuro. E a presença de James seria para que desde o começo as máquinas tivessem o conhecimento de como a mente humana funciona, talvez para eliminar a necessidade de estudá-los mais a frente. Mas seja o quê for, eu simplesmente gosto de ver Shirley Manson no papel da segunda melhor máquina do show enganando todo mundo e eliminando qualquer um que se prove uma ameaça aos seus planos.
A melhor máquina da show, Cameron, infelizmente apareceu muito pouco e fez menos ainda. Culpa da continuação da trama idiota da tentativa de suicídio da Riley. Eu gostei muito de como Derek lidou com a situação, e até a atitude da Jesse foi acertada. Mas ainda assim foi a parte mais desinteressante e tediosa de The Good Wound, e eu só quero ver quanto tempo ainda levará para que John descubra que Riley foi implantada na vida dele com um propósito.

Terminator: Sarah Connor Chronicles – 2×13 – Earthlings Welcome Here (MVP: Lena Headey)

Depois de dois episódios como quase figurante, com pouco tempo de tela e nada de muito relevante para fazer, Sarah ganha um episódio centrado nela. Já que Cameron e Derek também tiveram os seus, acho que John será o próximo, o quê pode ser muito bom, ou muito ruim. Sua aparição aqui serviu apenas para que soubéssemos como Riley foi parar no passado (ela é do futuro) e como está sendo manipulada por Jesse para afastar John “dela” (parece ser Cameron, mas eu ainda acho que pode ser a própria Sarah). E em uma trama que deve focar John e Riley, a Summer Glau ainda rouba completamente a cena.
Sarah persegue sua obsessão com os três pontos e vai parar em uma daquelas convenções sobre OVNIs. Lá, ela encontra-se com um homem disfarçado de mulher que blogava sobre coisas suspeitas com as quais trabalhava em uma empresa mais suspeita ainda. E ao explorar essa pista, Sarah acaba se enfiando em uma grande enrrascada. É impressão minha ou ela está ficando insana? A outra Sarah, a de branco, me lembrou muito a maravilhosa Sarah de Linda Hamilton. Eu queria ver aquela Sarah na série o tempo todo! Então, eu estou meio que torcendo para que ela pire, e perca um pouco dessa serenidade atormentada.
Também reapareceram Catherine e Ellison. E Ellison começou a ensinar John Henry. E eu fiquei com a impressão de que já sei o porquê das máquinas terem se rebelado.

The Big Bang Theory – 2×11 – The Bath Item Gift Hypothesis (MVP: Jim Parsons)

Esse foi o episódio especial de Natal de Big Bang Theory, ou como diria Sheldon, o festival pagão de Saturnália. E como Penny não sabia que os Nerds não o celebram, cometeu o terrível erro de comprar um presente para Sheldon, que entra em espiral paranóica sobre como comprar um presente que seja exatamente recíproco ao de Penny. O quê leva a cena mais hilária de todo o episódio e talvez até de toda temporada: Penny lhe dá um guardanapo assinado por Leonard Nimoy (Star Trek) e Sheldon fica tão feliz quando descobre que o ator limpou sua boa nele, e que portanto ele possui DNA para cloná-lo, que para retribuir de maneira completa, ele abraça Penny.
Mas a série é mesmo de Sheldon, porquê a trama paralela envolvendo Leonard, o físico bonitão e Penny foi bem chatinha. Nem o acidente de Leonard com a moto parada e a tentativa de fazer uma gag com a indiferença de todos a sua perna machucada funcionaram comigo.

Textos publicados previamento no site TeleSéries.

Esse episódio pareceu um pouco deslocado da trama central do seriado, não? Tudo o quê estava sendo abordado até aqui, os três pontos, o desenvolvimento da Inteligência Artificial na companhia de Catherine Weaver com a ajuda de James Ellison, o envolvimento de Jesse e Riley, tudo isso ficou de lado. Talvez, mas para frente, essa trama revele-se alguma relevância súbita e inesperada. Mas eu acho que a estória fechou-se em si, mesmo.
Isso não significa que, novamente, o episódio não tenha sido muito bom. E bastante diferente. Uma preocupação que parece ser constante em Terminator é a inovação na maneira como contam uma estória, e dessa vez optaram por nos mostrarem em três tempos diferentes quem são os Field e qual é a relevância deles.
O começo é misterioso. Derek está chegando a algum lugar importante e falando com Sarah, que persegue ou é perseguida por um Terminator, ao telefone. Logo descobrimos que o Terminator não está atrás de John, como era de se esperar, mas de Lauren e Anne Fields, a quem Derek presta socorro médico.
Seis meses antes disso, conhecemos os Fields, cujo nome estava parede dos Connor e que tem um Terminator em seu encalço. Porém, Sarah e Cameron são mais rápidas. Essa é a única parte do episódio em que as duas aparecem, mas mesmo assim ambas conseguem ter seus momentos. Glau protagoniza a cena mais engraçada do episódio quando bate em um vizinho dos Fields e depois pergunta a Lauren se ele era humano. A garota responde que é óbvio que sim e Cameron, com sua indiferença típica, responde: Erro meu. Rolei de rir.
Já Lena Headey teve uma ótima interação com Samantha Krutzfeldt, que interpreta a adolescente Lauren. É incrível como ela consegue se dar bem com qualquer criança ou adolescente, consegue ganhar a simpatia e a confiança deles imediatamente (lembram de Marty Beddell?), mas não consegue ter um relacionamento funcional com John. Quando se trata do seu próprio filho, as coisas se complicam demais, e os dois simplesmente não conseguem se comunicar.
Além disso, eu também achei a própria Lauren uma adolescente mais interessante que o John. Ela é humana, e mostra os medos e culpas de uma adolescente normal, mas ela é bem serena e madura para idade. Ela mostra todos os sinais de liderança e força que a série falha em imputar a John. Quando há uma missão, geralmente a responsabilidade dele é checar coisas, inventar identidades falsas, preparar tudo para a mãe e Cameron agirem. Acho que seria bom vê-lo tomar mais decisões importantes, ter mais responsabilidade sobre si mesmo e sobre os outros, começar a sair da sombra de Sarah Connor.
Outro destaque desse episódio foi Derek. Eu gosto de Derek, mas odeio ele com Jesse. As cenas do futuro, em quê ele tem que encontrar a única sobrevivente de um vírus letal, estava indo muito bem. Até aparecer a chatíssima personagem de Stephanie Jacobsen. Mesmo assim, as pontas se amarraram muito bem no final. E a interpretação de Brian Austin Green deu gosto de ver. Todo vôo solo de Derek Reese é bem-vindo na minha opinião.
A sobrevivente do massacre era ninguém menos que Sydney, a filha que Anne Fields estava esperando. Mas Anne morre no parto e cabe a Lauren cuidar da irmã. Derek até a convida para se juntar aos Connor e ele (e eu até teria gostado de ver esse desenvolvimento), mas ela foge. O quê a torna ainda mais interessante. Afinal, ela era uma adolescente e deu conta de criar e manter a salvo a irmãzinha por todos aqueles anos, para que esta pudesse salvar a humanidade. Isso é que é fibra.
E esse episódio tão bem construído, que eu nem senti falta do resto do pessoal que não apareceu. Nem me dei conta de quê eles não estavam lá, até o episódio acabar. Terminator ainda tem mais um episódio esse ano, e isso é ótimo. Só espero que a audiência pare de cair, porquê a cada semana que passa tenho mais medo do fantasma do cancelamento.

Eu adoro Sarah Connor. Eu não suporto John Connor e seus chiliques de adolescentes. E tudo isso está além da minha compreensão. Afinal, eu sou uma adolescente chata com uma mãe superprotetora também. Como eu posso legitimar a posição dela e não conseguir ficar do meu próprio lado? Eu não sei. Mas quando vejo Sarah com sua serenidade e ao mesmo tempo completamente bitolada e paranóica, eu não consigo deixar de admirá-la. Ela é surpreendente, esperta e ela consegue dar uma baita surra e meter medo em qualquer marmanjo. Dá para não querer ser Sarah Connor quando crescer?
É claro que tem a questão, muito séria, do fim da raça humana que ela precisa evitar. Não precisavam colocar um pai que chega a orquestrar um plano mirabolante para extorquir dinheiro de uma viúva inocente para que o projeto do filho possa ser concluído. Nós entendemos. Sarah, assim como Alex, jogou sua vida pela janela por John. Metade do seu tempo é gasto tentando decifrar o complicado percurso que levou o Skynet àquilo que ele se tornou , com direito a dicas escritas a sangue na parede de sua casa, sonhos e o cepticismo de todos ao seu redor, mas especialmente, de Derek. A outra metade é dedicada a tentar fazer um trabalho mental que baste em John-eu-tenho-o-direito-de-namorar-e-fugir-pro-México. Ela tinha 19 anos quando teve John, praticamente uma adolescente, e não viveu uma vida normal. Na verdade, ela não viveu. Sobreviveu.
Ela é uma mulher com todo tipo de cicatrizes emocionais, mas ela continua lutando. É uma guerreira de verdade. Mas às vezes, quando ela tem que se disfarçar como nesse episódio ou como no episódio em que ela cuidou do garotinho que salvou (Marty), é possível ver que seria fácil para ela se perder em uma outra vida, em um outro tipo de existência. E Derek pode dizer o quê quiser, mas ela não se perde. Ela sempre volta ao objetivo principal, com uma lucidez que assusta.
Às vezes, vendo o show, não parece que estou assistindo a Sarah Connor Chronicles. Por várias vezes, os demais personagens roubam a cena, com tramas melhores, atuações de maior destaque, personagens que se mostram mais complexos e interessantes naquele momento. Sarah às vezes parece até obsoleta. Cameron tem sido, aliás, o grande destaque da série por várias vezes. Então quando eu vejo um episódio como esse, dedicado à Sarah, eu fico muito feliz. Até porquê Summer Glau é fantástica, mas eu adoro Lena Headey. Adoro como ela consegue fazer uma Sarah retraída e um pouco fria, mas ao mesmo tempo amorosa e protetora; como ela consegue aparentar força e suavidade e feminilidade; como ela pode parecer inatingível, mas também tão vulnerável.
De duas das minhas personagens femininas favoritas nos últimos tempos, para duas das mais odiadas. Jesse e Riley já me irritavam separadas, juntas então. O quê foi todo aquele amor entre elas? Será que Jesse já existia na vida de Riley antes de John e foi tudo uma armação, ou ela recorreu a loura depois de ver o quanto ela mexe com o adolescente rebelde? Pelo menos John defendeu a mãe, enquanto Derek é capaz de confiar cegamente em Jesse, que obviamente o está manipulando, mas é agressivo e censura a Sarah.
Eu ainda sinto falta de algumas coisa: da narração de Sarah, das seqüências com música como a do começo de Samson & Delilah ou de quando Cromartie mata os agentes do FBI. Mas esse episódio fez eu me apaixonar novamente pela série.


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