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Então, funcionou. E ao mesmo tempo, não funcionou. Mas para ser honesta (e talvez eu vá soar um pouco amarga e difícil) quando o mundo já complexo de LOST se partiu em dois mundos complexos, eu não consegui me sentir feliz pelos Losties. Primeiro, porque a imagem da Ilha debaixo da água só conseguiu me fazer pensar em todas as pessoas que devem ter morrido para que os Losties conseguissem voltar as suas vidas. E também porque não consigo deixar de concordar com Locke-falso que a principal falha dos Losties é justamente não querer enxergar o quão patéticas suas vidas eram. E as chances que eles receberam na Ilha foram pulverizadas.

Jacob pode chamar isso de progresso, mas eu estou com o homem de preto nessa. É destruição, e faz com que eu não me importe em ver os nossos heróis conseguirem chegar a salvo em casa.

Por outro lado, isso não estranhamente não afetou o meu aproveitamento do episódio especial duplo. Eu me senti emocionada com os momentos mais dramáticos e positivamente surpresa com as novas revelações e confirmações, foi ótimo ver a mitologia continuar a se desenvolver a passos largos e a cortina se abrir para essa nova parte instigante de universo. E por mais que eu estivesse (talvez injustamente) irritada em ver os Losties indo para casa, quando essa casa era para quase todos eles uma realidade miserável, eu me senti nostálgica pela primeira temporada.

Foi impossível não sentir aquela pontinha de cumplicidade com o show ao ir descobrindo as diferenças entre o vôo 815 da realidade alternativa e o verdadeiro, que vimos há seis anos atrás, em uma espécie de jogo dos sete erros bizarro. Locke ainda era aquele homem sereno, apesar de tudo, e sábio. Ainda era aquele homem que apesar da cadeira de rodas e angústia quieta que exalava, nos trazia uma imensa sensação de paz. E foi interessante, para dizer o mínimo, vê-lo criando uma conexão totalmente diferente com Jack.

E Jack, que virou um dos personagens que mais detesto, em uma época que seu complexo de herói ainda não me irritava, sendo que essa época é agora. Foi estranho. Em um minuto eu estava bem com o Jack e a Kate também, no avião e no aeroporto fazendo o tipo de coisa que eles fazem, Jack acreditando que pode salvar o mundo, Kate tentando fugir, e no outro estávamos de volta na timeline normal, e eu não sentia mais essa animosidade. Talvez tudo aquilo que eu tenha aprendido a odiar nos dois seja o peso da responsabilidade deles dentro da série.

Por que eles não deveriam se focar nas coisas pequenas e em si mesmos na timeline alternativa? É a vida deles! Mas quando eles estão na Ilha, o papel deles muda. Como Swayer coloca para Jack “Você fez isso”. Sim, o Jack fez. Mas não fez sozinho. Todos eles o ajudaram, em maior e menor grau, a causar aquela explosão, e tudo o que derivou dela, bom ou ruim.

O mesmo pode ser aplicado a Ben, que do outro lado da Ilha, passava por uma experiência totalmente diferente, porém similar demais. E eu acho que não só Ben não faz a mínima idéia do tamanho da besteira que fez ao matar Jacob, nós também não. Posta toda a comoção de lado, não consigo imaginar o que a morte de Jacob representará em termos práticos, além, é claro, da dominação do Monstro sobre a Ilha. Mas ele quer ir para casa, e eu fiquei com a impressão de que essa ‘casa’ será o motivo de uma Guerra e tanto.

Por enquanto, é apenas imaginável que seja o Templo, que finalmente vimos, mas estou achando essa resposta simples demais. E o Templo, junto com seus moradores, representa uma grande resposta que há muito esperávamos e foi interessante, mas pela primeira vez não fiquei com aquela sensação de arrepio, de assombro, ao vislumbrar um dos grandes segredos de Lost. Muito mais impactante foi a simples cena em que o falso Locke se revela o Monstro, mata os guarda-costas de Jacob e com isso também descobrimos para que afinal servem as cinzas. A atuação de Terry O’Quinn estava magnífica durante todo o episódio, mas nessa cena estava ainda mais. Ele conseguiu fazer toda a maldade do homem de preto de repente se revelar, em apenas uma expressão facial.

Então agora que temos novo contexto e novos jogadores, e dois tabuleiros diferentes, estamos um pouco mais perdidos, mas eu gostei da cara desse novo jogo e acho que vem sim uma temporada histórica por aí. Darlton tire todas as nossas as dúvidas, ou não.

O que mais aconteceu:

  • Decidi não comentar direto na review, porque era provável que eu ficasse a review inteira falando disso. Mas achei a morte final da Juliet ainda mais cruel do que o vimos na finale. Sim, era perverso ela morrer sozinha, no fundo de um buraco, tentando explodir uma bomba em um plano bizarro só para salvar Sawyer. Mas ela morrer nos braços dele daquela maneira foi de partir o coração. Por um segundo achei que a coisa muito importante que ela tinha a dizer fosse sobre uma possível gravidez (lembrei dela com a mão sobre a barriga) e fiquei feliz que não foi, porque seria horrível demais, não? Elizabeth Mitchell esteve ótima nessa sua breve aparição, mas foi o Josh Holloway que fez o trabalho emocional pesado. E que trabalho! O desespero e o ódio de Sawyer eram palpáveis.
  • Desmond estava no avião. Como e por que, eu não sei. Mas obviamente se a Ilha afundou, Des nunca foi parar lá. Devemos assumir que ele e Penny estão juntos e felizes no mundo alternativo também? Eu espero que sim. Acho que Desmond deve voltar a ser muito importante agora que Faraday está morto. Ele é quem pode acabar conectando as duas timelines (e eu realmente acho que elas vão se tocar em algum ponto). Uma possível Constante?
  • O Monstro/Locke/Homem de Preto menciona que a última vez que viu Richard, ele estava usando correntes. Acho que é a evidência mais sólida que tivemos até então de que Richard estava sim no Black Rock.
  • Eu sempre adoro a trilha de Lost, mas teve momentos aqui em que ela até se tornou protagonista. A cena em que todos saem do avião por exemplo, tem uma música extremamente marcante. Palmas novamente para Michael Giacchino, gênio.

Post publicado previamente no meu novo blog AbouTv Series. Lá vocês encontrarão mais review de LOST e diversas outras séries.

Eu assisti vinte episódios inéditos de séries essa semana, então esse foi um dos Tops mais interessantes de se montar. Algumas coisas boas ficaram de fora e os dois primeiros colocados são tecnicamente um empate, pois foram, ambos, os melhores episódios da semana. A única estréia que entrou foi Kings, mas eu eu até que gostei de Party Down. Já Better Off Ted eu não devo continuar vendo.

1. Terminator: The Sarah Connor Chronicles – 2×19 – Last Voyage Of The Jimmy Carter (MPV: Thomas Dekker)
2. Grey’s Anatomy – 5×18 – Stand By Me (MVP: Sandra Oh, Patrick Dempsey)
3. Lost – 5×09 Namaste (MVP: Josh Holloway, Elizabeth Mitchell, Daniel Dae Kim)
4. Criminal Minds – 4×18 – Omnivore (MVP: Thomas Gibson)
5. Damages – 2×11 – London, Of Course (MVP: Glenn Close)
6. The New Adventures Of Old Christine – 4×18 – A Change Of Heart/Pants (MVP: Julia Louis-Dreyfus)
7. Kings – 1×01 e 1×02 – Goliath Part 1 And Part 2 (MVP: Ian McShane)
8. The Big Bang Theory – 2×18 – The Work Song Nanocluster (MVP: Jim Parsons)
9. Trust Me – 1×08 – What’s The Rush? (MVP: Eric McCormack, Tom Cavanagh, Sarah Clarke)
10. 30 Rock – 3×15 – The Bubble (MVP: Jon Hamm)

“Bem-vindos”. A tradução da expressão que dá nome ao episódio é significativa. Não é bem-vindos de volta, é bem-vindos. A Ilha é a mesma, mas o Universo é completamente diferente. Regras e papéis mudaram, e muito do quê foi aprendido durante três anos de permanência no local perdeu sua serventia. E novamente Jack, Kate, Sayid, Hurley e Sun encontram-se perdidos.
Desde The Life and Death of Jeremy Bentham eu fiquei com a impressão de que a volta de Jack se deu com o objetivo de procurar por seu pai, mais do quê qualquer coisa relacionada a Sawyer, Juliet e os demais. Mas Jack, outrora líder exigido por todos e para tudo, retornou a Ilha provavelmente pensando que ele teria muito o quê fazer, que ele teria um papel ativo e relevante, e ao invés disso encontrou-se em uma realidade em quê ele passará a maioria de seus dias limpando latrinas enquanto Sawyer, perfeitamente a salvo, faz o papel de xerife e corre de um lado para o outro resolvendo as situações realmente críticas com a ajuda de Miles e Jin.
Isso me lembrou da primeira temporada quando o grupo vai até o Black Rock e Arzt reclama do fato de Jack, Kate, Locke, Sayid, Hurley e Sawyer serem uma panelinha. Bom, agora existe outra panelinha, e Jack não está nela. Alguém duvida que o Doutor ficará entediado logo e causará problemas para o grupo dos deixados para trás? Jack é extremamente controlador e ele não suportará ficar excluído das decisões. Ele precisa saber de tudo e ele precisa consertar tudo. Portanto, cedo ou tarde, ele colidirá com James e só resta saber se isso colocará todos eles em perigo ou se salvará suas vidas, afinal, como Hurley lembra muito bem, a Iniciativa Dharma tem sua data de extinção marcada.
Já Kate e Hurley ainda não reagiram muito em relação a estarem no passado e em toda aquela situação ridícula. Hurley é claro teve várias falas cômicas, mas ainda não realmente sabemos qual será o papel do Dude no passado. Ele causará problemas como Sayid e Jack possivelmente causarão? Eu acho que não. Mas se não é para trazer conflitos, qual a razão da presença de Hugo? E Kate provavelmente só entrará no panorama romântico mesmo.
Falando nisso, o casal teve alguns momentos sutis apenas, mas eu gostei. Sawyer e Juliet não tiveram tempo para sentir nada. Eles tinham muito o quê pensar e muito o quê fazer se queriam proteger Jack, Kate e Hurley. Mas quando Sawyer retorna e conta tudo a Juliet, ela fica visivelmente abalada e insegura, e é tão tocante ver Sawyer olhando para ela com compreensão mesmo que por um momento tão breve. Esse episódio foi mais um que serviu para Mitchell e Holloway demonstrarem o quanto são bons no que fazem, e essa cena é exemplo perfeito disso.
No futuro, Sun e Lapidus tem um encontro de dar arrepios com Christian Shepard. Christian é uma figura tão sinistra, é impossível não ficar tenso com ele. Mas foi o quê ele disse sobre Sun ter uma longa jornada pela frente que me deixou intrigada. Sun irá para o passado? Mas eu achei que os Losties precisariam vir para o futuro, afinal, se eles ficarem no passado, é fato que acabarão mortos. De qualquer forma, se Christian conhece alguma forma de se locomover no tempo que não inclua mover a roda de burro, eu mal posso esperar para ver o quê é. Só acho que não boa coisa não deve ser.

LaFleur foi o último dos episódios destinados a preencher lacunas (eu acho), uma trilogia muito proveitosa começada com 316. Apesar de seus dois antecessores trazerem informações e cenas muito mais relevantes para o panorama geral da série, é desse oitavo episódio que eu mais gostei. E embora ambas as jornadas de Jack e Locke tenham me emocionado, foi a vida de Juliet e Sawyer nos anos 70 que mais profundamente me tocou.
Talvez eu sempre tenha gostado de James Ford, mas não foi até o começo da terceira temporada que minha admiração pelo sulista e seu intérprete Josh Holloway se pronunciou. O bad boy com o passado trágico sempre foi uma figura atraente, e um dos poucos protagonistas originais que evoluiu com o tempo. Enquanto John vivia um relacionamento conturbado e milagroso com a Ilha, Sawyer experimentou uma experiência similar com as pessoas ao seu redor.
Solitário, desconfiado e cínico, James teve que tentar muito para criar laços com as pessoas. Aproximar-se às vezes parecia excruciante, e infelizmente, muitas vezes sua falta de fé na natureza humana provava-se sábia. Porém à medida que suas dificuldades em deixar as pessoas entrarem no seu coração gradualmente diminuíam, sua sensibilidade em perceber quando as pessoas estavam emocionalmente envolvidas com ele tornou-se mais aparente. E provavelmente por sua própria história, sua relutância em magoa-los também.
Em Left Behind (3×15), Hurley diz a Sawyer que na ausência de Jack, Kate e Sayid, ele é a coisa mais próxima que os Losties possuíam de um líder. Bom, eu acho que essa máxima é apenas parcialmente verdadeira agora. Depois de lutar para proteger o grupo quê ficou com ele, de escanear com ajuda de Jin cada centímetro da Ilha á procura de John e dos demais amigos desaparecidos por três anos e de agir em prol da paz e segurança da vila dos Outros, ganhando assim a confiança dos trabalhadores da Dharma, eu considero que mesmo com a presença do trio citado acima, mais Locke e Ben (mesmo que em um tempo diferente) na Ilha, James Ford, agora conhecido com Jim LaFleur, é o melhor líder que os Losties poderiam desejar. Ele é forte e determinado, esperto, altruísta e transpira humanidade por cada poro. Se relembrarmos a primeira temporada isso deve parecer tão irônico, mas ele provou ser a pessoa com quem os demais sobreviventes podem sempre contar. E é por isso que ele é o meu personagem favorito (e porquê eu reclamo tanto por aqui quando ele é subaproveitado).
Foi impossível eu não me emocionar com Josh nesse episódio. Sua habilidade para atuar se tornou impressionante. E sua atenção aos detalhes e sutilezas de seu personagem me faz colocá-lo no rol dos grandes atores de Lost. É só observar o breve e discreto sorriso que ele dá quando Goodspeed lhe diz que seu grupo mandou ele dirigir suas perguntas à Sawyer, porquê ele era o capitão do navio (uma excelente metáfora, vale apontar), exatamente como ele tinha orientado. Ou como seu rosto se ilumina ao saber que o bebê de Amy sobreviveu, ou como sua expressão se enche de tristeza ao saber que Paul era na verdade seu marido.

Mas a cena que realmente rendeu lágrimas de felicidade da minha parte (literalmente, eu tive que ir no banheiro lavar o rosto) foi a seqüência em que Sawyer pede a Juliet que fique na Ilha por ele, seguida pela cena em que eles trocam juras de amor (será que os vizinhos ouviram meus gritos de excitação?).
Eu fui Sawyer/Kate durante os primeiros anos, torcia muito por eles. Assim como torci por Jack e Juliet. Mas os produtores decidiram colocar Jack e Kate juntos fora da Ilha, e eu acabei aceitando eles como casal. E comecei a torcer por Sawyer e Juliet, e o motivo não foi apenas a química visível entre os atores. Como eu escrevi em uma das minhas reviews, todas as pessoas em quem James e Juliet confiaram no passado os traíram de alguma maneira. Ambos foram reféns de circunstâncias alheias a suas vontades, jogados em um mundo assustador e sombrio (Sawyer muito antes de sequer pisar na Ilha) e tiveram que endurecer para sobreviver. Ambos fizeram coisas duvidáveis e acabaram se tornando assassinos, matando em dois atos de desespero separados e distintos, mas que ecoam tão pungentemente entre si. Unidos por um passado feio, feridas profundas e o sentimento de abandono, eles encontraram conforto e segurança um no outro. Então foi com deleite que eu testemunhei eles se tornaram amigos, confidentes e agora amantes.
Por isso, o fim desse episódio me deixa temerosa. Eu sabia que iria acontecer há dois episódios atrás, mas depois dos quarenta primeiros minutos de LaFleur, não teve como não ficar com o estômago embrulhado. Parece-me que Kate e possivelmente Jack também chegam para balançar o estilo de vida Peace, Love and Understanding em que Sawyer e Juliet conseguiram finalmente se assentar depois de anos de horror. Eu até entendo que Sawyer fique balançado por Kate, seria estranho se ele não ficasse, mesmo depois de ele afirmar que já a esqueceu. Mas a idéia do retorno do quadrado amoroso realmente não me apetece.
Eu sempre torço tanto pelos casais, que pode não parecer, mas eu concordo com quem diga que Lost não é romance. Ou quê pelo menos o romance não é o centro da trama. É bom que exista, porquê na vida real as pessoas se apaixonam. Especialmente quando as situações são extremas. Aí mesmo que existe uma certa tendência a laços fortes serem formados. Pessoas são assim, precisam de outras pessoas. Amor é uma parte inerente e complexa das nossas naturezas, e muitas das grandes estórias e histórias são sobre amor. Eu acho uma coisa ótima a série tratar de amor, apesar de ser um drama sci-fi. Mas podem por favor não transformar Lost em uma novela mexicana?
Eu sei que estou reclamando sem ao menos saber o quê vai acontecer a partir de agora, mas é que depois de cinco anos eu queria que Kate se decidisse entre Jack e Sawyer e mantivesse essa decisão. Sawyer me parece feliz, Juliet me parece feliz e eles são as duas pessoas de Lost que mais merecem um pouco de felicidade. Então, por favor, perdão se eu estou soando um pouco precipitada, mas a idéia de que essa felicidade possa estar ameaçada faz com que eu me sinta uma leoa protetora. Por mais ridículo que isso possa soar, já que estamos falando de um show de ficção.

Apesar do quão entretida eu estava por Sawyer e Juliet, e pelas sensacionais performances de Josh e Elizabeth Mitchell (especialmente quando ela finalmente consegue fazer um parto na Ilha onde ambos criança e mãe sobrevivem!), LaFleur teve outros pontos igualmente fascinantes. Eu estou tentando não quebrar minha cabeça com a inserção dos Losties nos anos 70 e na Iniciativa Dharma, mas será que é por isso que Kate, Jack e Hurley necessitavam voltar? Porquê na verdade eles estiveram lá nos anos 70 e sua presença é parte da história daquele lugar, e da estrutura dos acontecimentos daí em diante? Eu não ficaria chocada em descobrir que a presença de Christian e sua relação com a Ilha são conseqüências da presença de Jack e não o contrário como nós sempre pensamos. Ou em ver que a misteriosa voz narrando os números malditos e transmitida através dos rádio é a do próprio Hurley. Ou se de fato Adão e Eva se provarem um casal que nós já conhecemos.
Eu sempre fui fascinada pelos Outros e talvez seja esse o motivo de eu gostado tanto da terceira temporada. A idéia por trás da Dharma, dos hostis e da Guerra entre eles sempre foi fascinante, e apesar de não ser muito revelador em relação ao quê aconteceu, cada segundo de anos 70 de LaFleur valeu a pena. Ver Charlotte correndo pela vila ainda criança, descobrir que Horace Goodspeed era o líder da expedição, conhecer novos membros da Dharma… Será que Benjamin também está correndo por aí? Desde o começo dessa temporada eu estava martelando a possibilidade de a mulher do passado de Ben que supostamente Juliet lembra (algo que Harper menciona em The Other Woman) seja a própria Juliet, e isso está parecendo mais provável que nunca, não? E o quê aconteceu com Olivia, a professora da escola da vila com quem Horace estava quando conhece Ben e seu pai? Eu sempre pensei que ela fosse a Senhora Goodspeed, mas agora sabemos que essa era Amy.
E para finalizar essa review, tem a aparição breve e de costas da estátua de quatro dedos. Há muita especulação se a estátua não seria de Anúbis. Considerando os hieróglifos espalhados por toda a Ilha, eu acho que é uma teoria válida. Não seria incrível se descobríssemos que a Ilha foi primariamente habitada por um Faraó (eu comecei a ler A Tempestade esses dias)? A descendência Egípcia explicaria bastante sobre os Outros, até mesmo a maquiagem de Richard Alpert ou porquê eles falam Latim (a minha melhor referência em história romana é, bom, a série Roma, mas o Império Romano dominou o Egito por um tempo, certo?).
Infelizmente, semana que vem Lost fará uma pausa e nós só teremos episódio inédito no dia 18 de Março. É certo que eu me corroerei de ansiedade até lá, e vocês?

1. Nip/Tuck5×18 – Ricky Wells (MVP: Roma Maffia, Adhir Kalyan)
2. Being Human
1×02 – Episódio 2 (MVP: Russell Tovey, Dean Lennox Kelly)
3. CSI Miami
– 7×14 – Smoke Gets In Your Csis (MVP: Emily Procter)
4. Trust Me
– 1×02 – All Hell the Victors (MVP: Tom Cananagh, Monica Potter)
5. Fringe
– 1×13 – The Transformation (MVP: John Noble, Mark Valley, Anna Torv)
6. Damages
– 2×05 – I Agree, It Wasn’t Funny (MVP: Glenn Close)
7. Lost
– 5×04 – The Little Prince (MVP: Michael Emerson, Elizabeth Mitchell, Josh Holloway)
8. The United States of Tara
– 1×03 – Work (MVP: Toni Collette)
9. Grey’s Anatomy
– 5×14 – Beat Your Heart Out (MVP: Chandra Wilson, Sara Ramirez)
10. 30 Rock
– 3×10 – Generalissimo (MVP: Tina Fey, Alec Baldwin)

Depois que terminei de assistir The Little Prince, eu tive que sair do computador e aproveitei para meditar um pouco. Os Losties (eu sei que do grupo, só dois, John e Sawyer são Losties, mas resolvi usar a palavra para descrever todos eles, senão fica muito complicado) estão pulando pelo tempo. Os Oceanic Six vivem três anos depois da Ilha ter sido movida. Como então os Oceanic Six voltarão à Ilha e encontrarão os Losties? Ou, eles encontrarão os Losties? É difícil imaginar que não, pois ao quê me parece é necessário não apenas o retorno á Ilha, mas um reencontro entre os grupos. Não me perguntem porquê eu acho isso, eu apenas acho. É um palpite.
Se os Oceanic Six retornasse à Ilha no tempo errado, e as viagens no tempo simplesmente parassem, os Losties ficariam presos no tempo errado. Assumindo que as minhas suposições estejam certas (e elas podem estar completamente erradas), os Oceanic Six teriam que voltar à Ilha exatamente quando os Losties estiverem três anos à frente, o quê pode explicar o porquê da Senhora Hawking ter dito a Ben que eles precisam retornar à Ilha em apenas 70 hs.
E considerando que nesse episódio vimos um determinado Locke ir em direção a Orquídea para resolver o problema, pode ser que eles pulem para três anos á frente e na viagem, assim como Ben foi mandado alguns meses para o futuro, John seja mandado alguns meses para o passado em relação ao presente dos Oceanic Six.
Sei que corro o risco de ter gasto três parágrafos (e uma certa quantidade de tempo teorizando) sobre algo que provavelmente será desmentido nos primeiros cinco minutos do próximo episódio. Mas a minha cabeça fica fervilhando, e mesmo que seja um exercício fútil, eu gosto de tentar colocar alguma ordem nas informações que tenho.
De qualquer forma, eu espero que agente tenha tempo até o próximo salto no tempo. Tempo o suficiente para conferir um pouco do quê aconteceu com Danielle Rousseau, que aparece inesperadamente no final desse episódio. Apesar de eu já ter dito que isso poderia acontecer na review da premiere, ainda foi uma surpresa vê-la tão cedo. Não acredito, porém, que nos mostrarão logo como a equipe dela morre. Afinal, os flashes acontecem em questão de horas, e os acontecimentos realmente importantes na vida de Danielle, o extermínio de sua equipe e o rapto de Alex, só acontecem meses à frente.
Eu também fiquei muito intrigada pelo fato da francesa ter salvo Jin. Tudo bem que dezesseis anos depois, quando o avião da Oceanic cai na Ilha, Rousseau não está no auge de suas capacidades mentais. Não lembro de nenhuma besteira ou bola fora que ela tenha falado, mas é impossível ignorar as conseqüências de dezesseis anos de isolamento, medo e perdas podem causar. Contudo, ainda acho difícil compreender como a paranóica e sempre alerta Danielle poderia não reconhecer Jin. Por outro lado, a explicação pode ser simples. Ela pode tê-lo reconhecido e não dito nada. A francesa certamente era reservada, e realmente não consigo enxerga-la tentando explicar para o acampamento como ela conheceu Jin Kwon há anos atrás, por inúmeras razões, o fato de ela poder muito bem duvidar da própria memória entre elas.
Ainda tivemos a menção a nova companhia aérea da série, Ajira Airlines, sobre a qual eu nada sei, já que tenho sistematicamente evitado quaisquer informações pertinentes a Lost que não sejam apresentadas no show (quando acabar a série, eu posso até mergulhar de cabeça no Lostpedia e não sair nunca mais, mas por enquanto, isso afeta e muito o meu aproveitamento da série). E com as inocentes garrafinhas de água da companhia aérea (que estranhamente, ou não, Juliet parece conhecer muito bem) parece ter vindo um novo grupo de pessoas e uma canoa. E eles podem ser aqueles que atiraram no grupo enquanto eles tentavam chegar até a Orquídea. Ou podem ser mesmo os Outros (como Juliet pode ter tanta certeza que não são eles? Eu sei que os Outros tem preferência por barcos a motor e submarinos, mas Alex não tinha uma canoa também?).

Sawyer continua tendo as melhores falas do show. Em The Little Prince eu destaco o momento extremamente cômico em que ele diz “Thank you, Lord” quando um clarão aparece justo na hora em que eles estão sendo alvejados, apenas para gritar “I take that back” quando eles vão parar no meio de uma tempestade, e quando ele diz para Juliet “Time traveling is a bitch”. E o fato de que eu tenha um soft spot pelos dois faz com que eu realmente aprecie cada momento entre Juliet e James, as confidências que os dois tem trocado, a amizade crescente entre os dois. Ambos são pessoas que tem bastante dificuldade em confiar nos outros, em grande parte devido à maneira como outras pessoas ferraram com eles, mas ainda assim em pouco tempo eles gravitaram fortemente em direção um ao outro. E o respeito e afeição mútua é evidente. E pode ser extremamente irrelevante para o panorama geral da série, mas eu acho que aconteça o quê acontecer, fiquem eles na Ilha ou não, fique Sawyer com Kate ou não, Juliet e James merecem uma pessoa com quem possam contar. Especialmente considerando que eles estão acompanhados de quatro indivíduos que tem seus próprios interesses.
Um casal que não me cativa, por outro lado, é Daniel e Charlotte. Eu cheguei a gostar bastante dos dois no começo da quarta temporada, mas perdi completamente a simpatia. E apesar da óbvia importância dos dois, eu realmente não me importo com seus destinos. Só não sei o quê dizer da teoria de Faraday sobre os efeitos colaterais afetaram Charlotte e Miles, e posteriormente Juliet, por causa de seus tempos prolongados na Ilha. Se os dois primeiros nasceram na Ilha (e estou começando a acreditar cada vez mais nessa possibilidade), não entendo porquê eles estão pulando no tempo e os Outros não.
Em Los Angeles, nada de muito interessante aconteceu. Vimos que Sun está pronta para matar Ben (o quê eu duvido que aconteça) e que Linus foi quem contratou o advogado para aterrorizar Kate (o quê já era esperado). E nada disso, nem os momentos legais porém curtos de Sayid e Hurley, me fazem esquecer que passamos vinte minutos vendo Kate tentar descobrir quem era o cliente de Dan Norton. E eu achei uma bobagem fútil. Eu sei que nunca aceito muito bem as enrolações de Lost quando elas são focadas na Kate, mas é que sempre me parece estupidez. É como puxar o freio de mão da trama. E não temos sequer desenvolvimento de personagem aqui. Jack e Kate são simplesmente tediosos e desinteressantes, e eu sempre tenho ressentimentos do fato de alguns escritores sentirem a necessidade de lhes dar tanto tempo tela. Mas quando eles lhe dão tanto tempo de tela para os dois não fazerem absolutamente nada, é ainda mais frustrante. E esse desperdício prejudicou um pouco o episódio na minha opinião. Ele poderia ter sido muito, muito mais do quê foi.

Jughead é obviamente o The Economist dessa temporada. Um ótimo terceiro episódio, muito mais agradável e intrigante que a estréia, e que vai parecer ser brilhante, até os episódios realmente brilhantes começarem a aparecer e eu me dar conta de que apesar de ser ótimo, o episódio não chega a ter aquela grandiosidade, aquele fator assombro. É, porém, uma pequena pérola que eu duvido que eu vá deixar de apreciar com o tempo, senão por outros motivos, pelo menos porquê dá tanto destaque a alguns dos meus personagens favoritos, e que eu sempre acho que não tem tempo de tela o suficiente, ou quê não são aproveitados da melhor maneira: Juliet, Sawyer, Desmond (tá, Desmond é sempre muito importante, mas eu acho que ele aparece pouco considerando o quão relevante ele é), Penny e Richard.
E como o episódio começa com o nascimento do filho do casal Hume, Charlie (que essa pessoa lerda que vos fala só se tocou que era em homenagem a Charlie Pace quando leu em outro site), eu vou falar deles primeiro. Eu adorei a reação do casal. É a reação que eu esperava de algum Oceanic 6, mas que nunca veio, e que foi sempre o meu motivo maior de frustração com eles (especialmente Jack e Kate). Penny e Desmond não levantaram da cama após o sonho do Brotha e resolveram voltar correndo para Ilha. Mas assim que Desmond descobre que as pessoas que ficaram para trás estão correndo perigo, os dois parecem extremamente preocupados (apesar de Desmond sequer ser muito próximo dos quê ficaram) e genuinamente dedicados a fazer o quê estiver ao seu alcance, mesmo que seja perigoso, para ajudar.
Para isso, os dois desembarcam na Grã-Bretanha e Desmond segue a trilha de mãe de Faraday, até localizá-la, com a ajuda de seu sogro, em Los Angeles. Acho que não resta mais nenhuma dúvida de que Faraday é filho de Ms. Hawking. O quê gosto tanto nessa parte da trama, é que talvez por ser trabalhada em uma cidade comum, cheia de gente comum, e não na Ilha, que é um lugar tão obviamente fantasioso que só poderia residir na ficção, eu fico arrepiada pensando nas coisas que acontecem bem debaixo do nosso nariz e nós não percebemos.
Pode até não haver nenhum Daniel Faraday experimentando com viagens no tempo na mente das pessoas nesse exato momento, em algum lugar do globo, mas eu duvido muito que com o dinheiro de gente como Charles Widmore não aconteçam todo o tipo de experimentações clandestinas e obscuras, que se um dia chegassem ao nosso conhecimento provavelmente até passariam despercebidas. Assim como o loop temporal em que a pobre Theresa Spencer se encontra presa muito provavelmente devido a ter servido de cobaia humana para Faraday, passa por algum tipo de insanidade.
Na Ilha, continuamos de onde paramos. Charlotte, Miles e Daniel são capturados, e Juliet, Sawyer e John tem em custódia os caras que queriam cortar a mão da Juliet (e eu peço desculpas a Gi. Pensei que eles fossem Dharma, mas obviamente os Hostis também usavam macacões cáqui horrendos). Com isso descobrimos que um dos requerimentos básicos para ser um outro é saber Latim e por isso Juliet o fala fluentemente (isso bem que poderia ser útil mais na frente, quando eles explorarem o passado da Ilha e as histórias do templo e a estátua de quatro dedos). Adorei também ela convencendo com certa facilidade um dos prisioneiros a lhe dizer onde ficava o acampamento dos Outros. Sinto falta de vê-la levando qualquer um na conversa, no estilo Ben Linus.

Eu ainda sou uma forte defensora do Team Juliet e não consigo deixar de torcer para vê-la dar a volta por cima, depois de ser completamente deixada de lado na temporada passada. Sawyer sendo o outro personagem pelo qual eu tenho os mesmos sentimentos. Ele pode até não ter feito nada demais até agora, mas eu me contento em vê-lo ser o alívio cômico, além de colírio para os olhos, é claro. As tiradas dele sempre são incríveis, a química de Josh Holloway com Elizabeth Mitchell não poderia ser melhor e os dois devem mesmo ser os líderes, heróis e defensores dos fracos e oprimidos nessa temporada. É claro que torço para que Juliet ainda consiga trazer algumas novas revelações sobre os Outros à tona, mas já fica claro que as revelações bombásticas devem cercar é Faraday mesmo.
Eu não gosto muito de Jeremy Davies, mas é inegável que Daniel tomou a frente da trama e deve ser aquele que puxa o fio da meada até pelo menos o final desse quinto ano. Tudo bem que ele não faz praticamente nada em Jughead, mas vejam quantos mistérios já o cercam. Vários blogs já apontam que a loura que o captura, Ellie, pode ser sua mãe, já que o nome desta seria Eloise (o quê seria extremamente interessante). E é claro, na Inglaterra, Desmond descobre que a pesquisa de Faraday foi financiada por mais de dez anos por ninguém menos que Charles Widmore. E que depois do quê aconteceu com Theresa, ele fugiu para os Estados Unidos, onde não coincidentemente, é onde também está sua mãe. Eu me lembrei daquela cena em Confirmed Dead onde ele aparece chorando ao assistir as notícias sobre o vôo 815 e tem uma mulher que não vemos ao fundo, e depois de saber tudo o quê sabemos agora, eu estou mais intrigada que nunca.
É claro que a mulher pode ser a mãe dele (ou não), mas porquê Daniel ficou tão abalado com as notícias sobre o avião da Oceanic? Ele está envolvido com Widmore, o autor da farsa, então alguma coisa ele deveria saber. Mas ainda não faz sentido algum para mim. Poderia aquele Daniel já ter estado no futuro, na Ilha?
Não seria algo impossível já que em Jughead também descobrimos que a visita que Richard faz a Locke quando ele nasce na verdade é motivada pela aparição de John no acampamento dele, dois anos antes, clamando ser o líder deles mandado por Jacob. E o engraçado é que Locke deixa com ele a bússola que Richard usa para testá-lo no futuro (obviamente esperando que o seu líder instintivamente escolha aquele objeto tão significativo na relação dos dois).


E seguindo a regra de quê o melhor fica para o final, somos levados á informação de que o líder do grupo de jovens que atacou Sawyer e Juliet em The Lie era ninguém menos que Charles Widmore. Eu fiquei chocada, é claro. Widmore era um Outro, a mãe de Faraday pode ter sido uma Outra, francamente, até onde agente sabe, Christian Shepard e Mr. Paik poderiam ser Outros. Eu não duvido de mais nada. O quê me interessa mesmo saber, é como Widmore deixou de ser um Outro e foi parar no lado de fora, e se for mesmo o caso das especulações, Eloise Hawking também? Pela própria resposta de Richard ao pedido de John para lhe explicar como sair da Ilha (sem mencionar a política de Ben, que também não dava a informação a não ser que fosse extremamente necessário aos seus planos), sair da Ilha é um privilégio. Então ou Widmore também moveu a roda de burro, ou ele quis sair e mereceu sair. Do contrário, por quê eles não simplesmente o mataram como mataram tantos outros?
E qual é a relação de Widmore com Benjamin Linus (que só chegou a Ilha pelo menos 15 anos depois)? Quais eram as regras estabelecidas entre eles? Seja lá o quê for, Widmore está preocupado com a segurança de sua filha, e infelizmente, ela está indo em direção justamente ao homem que deseja matá-la. E geralmente eu fico do lado de Ben, mesmo quando ele manipula, mente e faz suas maldades, mas Desmond e Penny são sagrados. Se ele matá-la, eu vou odiá-lo com todas as forças.

Só lembrando que por 2008 inclui-se o ano todo, e não só a Fall Season. Além disso, ao começar a fazer essa lista eu tentei pensar em todos os nomes mais mencionados, os queridinhos da crítica e dos formadores de opinião (bloggers), os concorrentes aos principais prêmios. O problema é que quase nenhum entra nessa lista simplesmente porquê eu não estou assistindo a quase nenhum. Assim que eu me deixei levar, a lista saiu facilmente. E eu honestamente não vou colocar na minha cabeça que eu só vejo porcaria, porquê eu acho que não é bem por aí. Cada série nessa lista, cada ator, tem uma razão para estar ali. Mas não vou mentir que essa lista é extremamente subjetiva. Apesar do nome do post, essa é uma lista das coisas que eu mais adorei esse ano, que mais me comoveram, surpreenderam ou excitaram. Que sob o meu olhar, foram destaque de alguma maneira. E se é uma lista no mínimo diferente, eu espero que sirva para interessar as pessoas em coisas que estão aí, no ar, e que elas desconhecem o quão boas são. Eu também tenho a mania de incluir alguns atores em séries que eu não vi inteiras, mas não consigo incluir séries cujos episódios eu tenha perdido. Isso explica por exemplo a presença de Duchovny, mas a ausência de Californication.

Melhor Série Dramática: LOST
Runner-up: Criminal Minds

Menções Honrosas: Lipstick Jungle, House, Terminator: Sarah Connor Chronicles, CSI:NY

Foi difícil escolher. As duas séries no topo me deixaram na ponta da poltrona, me mordendo, falando com o PC, rindo e chorando. LOST foi uma série que me conquistou desde o início, e com a qual eu me revoltei em ocasiões, quase abandonei durante a segunda temporada (que eu odiei, period), mas que me emocionou muitas e muitas vezes e sempre consegue puxar o tapete de debaixo dos meus pés. Eu achei essa quarta temporada brilhante. Reclamei de várias coisas, mas qualquer que seja a série, eu sempre tenho reclamações a fazer, algumas completamente irracionais até. Já CM foi crescendo sutilmente no meu gosto. Antes um policial que eu considerava inteligente e tecnicamente bem feito, mas que ficava abaixo em preferência das franquias CSI, Criminal Minds conseguiu me conquistar completamente e se tornar meu show investigativo favorito, e surpreendentemente foi o quê vi de melhor na Fall Season. Lipstick aparece logo depois, me surpreendendo completamente com uma segunda temporada cativante depois da medíocre primeira. House até está tendo uma temporada que não é a sua melhor, mas eu ainda estou gostando. E esse posicionamento aqui também é, em grande parte, responsabilidade do final da quarta temporada, que foi inquestionavelmente fantástico. Sarah Connor foi uma grande descoberta. Gostei, apesar de implicar com um milhão de coisas. A primeira temporada (que eu vi na Warner, na época em que eles ainda eram canal de séries) me agradou bem mais, mas a segunda pode surpreender agora mais para o final, com as pontas se amarrando. E CSI:NY é aquela série que é tecnicamente tão impecável, que eu não consigo deixá-la de fora de uma lista dessas, apesar de eu considerá-la um pouco fria, e ter problemas pra gostar dos personagens. É simplesmente A série na qual eu não vejo defeito nenhum (além do supra citado).

Melhor Série Comédia: Big Bang Theory
Runner-up: 30 Rock

Menções Honrrosas: The New Adventures of Old Christine, Weeds, Two and a Half Men

Eu não sei como isso aconteceu, mas 30 Rock foi completamente desbancada. A série cômica que atualmente mais me surpreende, agrada e, o principal, faz rir, é Big Bang. Ainda assim, tem espaço aqui para menções a sempre primorosa 30 Rock (a CSI: NY cômica), Old Christine (que eu amo demais), Weeds (que eu amo demais também) e Two and a Half Men (que se repete o tempo todo, e me deixa com a impressão de que eu estou vendo coisas repetidas todo episódio, mas me faz rir mesmo assim).

Melhor Atriz Dramática: Paget Brewster
Runner-up: Kim Raver

Menções Honrosas: Leighton Meester, Lena Headey, Melina Kanakaredes

Essa é uma categoria extremamente perniciosa para mim. Eu nunca escolho os mesmos nomes que a maioria das pessoas e quando eu começo a colocar os nomes no papel, eu sempre fico com dó de escolher só uma. Ser uma leading lady não é fácil. Nem todos os papéis da Tv são bons ou profundos o suficiente, e sempre parece que os homens ficam com os mais legais. A Leighton Meester, por exemplo, quase entrou como runner-up e até mesmo pensei em colocá-la no posto máximo. ADORO Blair. Ela é uma personagem feminina, jovem e é politicamente incorreta o suficiente para eu considerá-la uma das melhores coisas na Tv atualmente. E sua intérprete, Meester, é simplesmente perfeita. Mas apesar de continuar sendo a alma de Gossip Girl, acho que Blair perdeu um pouco de seu ardor e acho que Raver e Brewster acabaram batendo Meester pelas primeiras posições por terem sido mais memoráveis na minha cabecinha. Raver, de quem eu sempre gostei, é a alma de sua série. Sim, sua personagem Nico perde de longe para Blair. Ela é mais quadradinha, mais dramática, tem menos edge (não consigo achar uma palavra melhor). Mas ela é mais profunda, mais sutil e atuação de Kim me tocou mais fundo. Já Brewster pode ser uma escolha que ninguém vai entender e muitos virão aqui dizer que ela é coadjuvante, mas eu acho que ela está assumindo o posto de protagonista feminina de CM e com louvor. Repentinamente a personagem evoluiu enormemente frente aos meus olhos e eu ainda estou boba. E é tudo trabalho de Brewster, porquê apesar de sua Emily Prentiss estar ganhando destaque, a verdade é que os personagens principais tem poucas chances em dramas procedurais como Criminal Minds para expor algum traço marcante de personalidade e conquistar o espectador. E ela conseguiu me conquistar.

Melhor Atriz de Comédia: Tina Fey
Runner-up: Mary Louise Parker

Menções Honrosas: Julia Louis-Dreyfous, Eva Longoria

Parker perdeu seu lugar de honra para Fey, porquê a intérprete de Liz Lemon tem feito muito, muito bonito como a escritora nerd do The Girlie Show. Ainda assim, Parker arrasou o suficiente para estar bem pertinho dela no topo. E o mais importante é que ela conseguiu passar grande parte da temporada sendo apenas boa e em uma cena, conseguiu deixar todos os fãs aplaudindo sua atuação de pé. Dreyfous sempre me faz rir, ela é o Charlie Sheen mulher para mim. E Longoria teve uma temporada sensacional e está finalmente mostrando que é, de fato, uma atriz bem talentosa.

Melhor Ator Dramático: Hugh Laurie
Runner-up: Gary Sinise

Menções Honrosas: Charlie Hunnam, Donald Sutherland

Categoria sempre difícil para mim também, mas pelo motivo oposto de Melhor Atriz. Hugh Laurie sempre ganha, e depois eu fico que nem uma idiota tentando encontrar pelo menos mais dois nomes pra mencionar. A verdade é que vi muito pouco de Sons of Anarchy e Dirty Sexy Money. Os dois atores estavam ótimos, mas nem posso dizer que tenho um grande conhecimento de causa. E Sinise que eu também adoro e que é meu leading man em séries policiais preferido (no momento) ganhou um espacinho, porquê tem feito seu trabalho direitinho, independentemente de eu ser capaz de empatizar com ele ou não.

Melhor Ator de Comédia: Jim Parsons
Runner-up: Alec Baldwin

Menções Honrosas: Charlie Sheen, David Duchovny

Parsons é a melhor coisa a acontecer na comédia esse ano. O resto também me fez rir, mas não tanto.

Melhor Atriz Coadjuvante: Summer Glau
Runner-up: Dana Delany

Menções Honrosas: Elizabeth Mitchell, Sandra Oh, Kelly Rutherford, Lisa Edelstein, Jill Clayburgh, Katey Sagal

Glau é outra vitória incontestável. Headey pode até ter entrado na minha menção honrosa lá em cima, e eu a adoro desde Intrigas, mas nem eu consigo negar que a atriz que interpreta a robô Cameron é a alma de Terminator. E é a melhor personagem feminina do Fall Season. Delany marca presença porquê eu amei tudo o quê ela fez em DH na temporada passada e praticamente só me lembro da trama dela, o quê significa que todo o resto foi esquecível. Uma atriz que salva um temporada inteira de uma série assim merece lugar de destaque. As demais são todas ótimas, mas no caso de Mitchell, Oh, Rutherford e Edelstein, o roteiro nem sempre as ajuda. E no caso de Oh e Rutherford, elas próprias nem sempre se ajudam (tem atriz que faz mais com muito menos material). Mas ainda as adoro profundamente e mais frequentemente que não, elas conseguem ser o melhor ator em cena (tá, para Rutherford não é muito difícil, considerando os atores com ela contracena normalmente, tipo Blake Lively, Connor Paolo e Penn Bagdley).

Melhor Ator Coadjuvante: Michael Emerson
Runner-up: John Noble

Menções Honrosas: Justin Kirk, Matthew Gray Gubler, Glenn Fitzgerald, Jack McBrayer, Simon Helberg, Kunal Nayyar.

Não me perguntem de onde saíram tantos nomes. É incrível como apesar de existirem papéis masculinos principais incríveis, eu consigo citar muito mais nomes de atores coadjuvantes que me impressionaram. Cheguei a escrever Noble como o melhor do ano e depois me dei conta que tinha esquecido completamente de Emerson. Um lapso imperdoável, eu sei. O quê seria de LOST sem Benjamin Linus? Eu odeio Ben com todas as forças e ainda assim, o adoro e acho que ele é a única pessoa que tem a mínima idéia do quê diabos está se passando, o tempo todo. Emerson o construiu de maneira fantástica. Sua ambiguidade constante, seus maneirismos meio de nerd, mas que são assustadores ao mesmo tempo, tudo contribui para tornar Linus o melhor personagem na Tv atualmente.

Prêmio Especial para Melhor Série Velha que eu só fui ver esse ano: The Pretender
Runner-up: Huff

Menção Honrosa: Veronica Mars

Porquê eu sempre sou fisgada completamente por séries antigas? Ano passado não fiz essa categoria, mas considerando que as três séries acima estão entre o quê eu vi de melhor esse ano, superando, inclusive, grande parte do material inédito, elas tinham que aparecer de alguma maneira aqui. Ainda faço um texto especial sobre elas, juro.

Minha lista de pedidos de Natal que só Papai Noel pode resolver.

10. Que os canais de série no Brasil voltem a demonstrar um mínimo de competência.

Eu posso até não depender deles, mas muita gente ainda depende. E PAGA por isso. E para mim, isso é motivo o suficiente para os sinais de amadorismo e negligência sumirem em um milagre de Natal. A FOX me fez parar de ver meia dúzia de séries que eu acompanhava só pelo canal quando mudou a programação toda para o dublado (quando chegaram as legendas, eu já tinha abandonado tudo e não voltei). A Sony apresentou um monte de problemas técnicos. A Warner resolveu virar canal de filmes. Por favor, Papai Noel, dê um pouco de simancol para os executivos dos canais de Tv a cabo.

9. O não cancelamento de Sarah Connor Chronicles e Fringe pela FOX americana.

A audiência está baixa. As críticas se dividem. O próprio público se divide. Alguns gostam de um certo episódio, outros não. Fringe parece melhorar a cada episódio e Sarah Connor vem mantendo uma qualidade boa, mas tentando algo diversificado a cada episódio que vai ao ar. Só que os números não estão bons, e duas das séries que eu mais curto nesse momento podem não sobreviver. Por favor, Papai Noel, não deixe a FOX cancelar Sarah Connor e Fringe.

8. Um décimo da inteligência de Sheldon

Acho que nem precisa explicar o pedido, né? E nem é muita coisa, né? Só um décimo. Nada demais. Por favor, Papai Noel.

7. Uma vida igual de Nico Reilly, daqui há alguns anos

Tá, a vida da protagonista de Lipstick Jungle é complicada, especialmente no tocante relacionamentos amorosos. Mas ela tem o emprego dos sonhos, um apartamento sensacional e o guarda-roupa que qualquer mulher deseja. Namorou o perfeitíssimo Kirby. É brilhante e todos sabem disso. Transborda classe, dignidade e franqueza. Tem as melhores tiradas e as melhores amigas que se pode querer. É linda, apesar da idade. Por isso, por favor Papai Noel, dê uma mãozinha para que com trabalho duro (vamos combinar que é necessário), eu consiga ser igual a Nico Reilly quando crescer.

6. Todo o figurino de Blair Waldorf

Outro que é auto-explicativo. Se eu tivesse milhões de dólares, compraria eu mesma. Mas como não tenho, tenho que esperar a boa vontade do Papai Noel em deixar todos os Chanel, Gucci, Chloé e Dior fabulosos de Blair na minha janelinha.

5. A morte de Horatio Caine

É improvável, porquê ele é protagonista da série. Mas audiência a parte, acho que muita gente me apoiaria (não é porquê vemos a série, que gostamos de Caruso). Tá, acreditar que CSI Miami vá um dia se tornar uma série no nível de CSI, CSI NY ou Criminal Minds é praticamente a mesma coisa que acreditar em Papai Noel. E eu tenho que me fazer desistir da série (repito isso que nem um mantra na minha cabeça, mas ainda não consegui. Os ex-fumantes, álcoolatras, chocólatras e etc de plantão têm alguma dica?) Só queria que Caruso saísse da série. Com a onda de troca de elenco que andamos tendo, não é tão absurdo assim.

4. Um Emmy para Elizabeth Mitchell

Tá, o texto dela nessa quarta temporada não foi lá essas coisas; o quinteto romântico (ou pentágono) foi constrangedor; e vê-la tornar-se uma espécie de sombra do Jack quando nós sabíamos que ele estava com Kate no futuro mais ainda. Porém, Elizabeth é uma atriz sensacional, que trabalhou bem mesmo com o pouco que lhe deram e o Emmy está em dívida com ela por a terem ignorado pela terceira temporada. Além disso, o Emmy é só em Setembro e na quinta temporada as coisas tem tudo para melhorar para o lado dela. Vou sentar e esperar como uma boa menina Papai Noel, mas o senhor vai precisar dar uma ajudinha a longo prazo aqui.

3. Um Emmy para Michael Emerson

Também não acho que precise comentar. Todo mundo sabe que ele é o melhor ator de LOST atualmente, dono do melhor personagem e é como se fosse o protagonista hoje em dia (Jack quem?). Benjamin Linus e Emerson são a alma de LOST. E já deveriam ter levado a droga do Emmy há muito tempo!

2. Uma Terceira Temporada para Lipstick Jungle

Toda vez que digo para alguém que não está assistindo que essa é uma das melhores coisas da temporada, a pessoa torce o nariz. A verdade é que depois de uma primeira temporada medíocre, Lipstick Jungle renasceu das cinzas. É outra série. E eu estou apaixonada. Mas a audiência está baixa demais e ela foi cancelada. Ou não. A verdade é que ninguém sabe ao certo e a série parece estar em uma espécie de limbo enquanto os executivos esperam que ela milagrosamente ganhe mais um milhão de telespectadores. Em uma noite de sexta-feira. Só se o bom velinho mexer uns pauzinhos, né?

1. O Terceiro Filme de The Pretender

Tá, a série é jurássica (qualquer coisa que tenha ido ao ar quando eu tinha apenas cinco anos de idade pertence aos livros de história). Mas eu fui vê-la apenas no hiatus do meio desse ano (porquê aos cinco anos de idade, eu via Tv Colosso, não série americana) e me apaixonei. Mas a série não tem fim. É cancelada, vai para uma trilogia de filmes para Tv e não tem terceiro filme! Os produtores fizeram Tin Man (que eu não vi, é boa?), mas fora isso, não engataram mais nada. Então o quê eles estão esperando? Andrea Parker e Michael T. Weiss ficarem com 60 anos? Eu preciso de respostas, e nem mesmo me importo em como elas virão, desde que venham. Façam um desenho animado tosco e coloquem no YouTube. Só acabem com essa agonia minha de não saber se Miss Parker e Jarod finalmente vão fugir juntos para bem longe do Centro.

Quais são os pedidos de vocês?


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luiz augusto em The Day of the Triffids
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andreia em Eles estão voltando…

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