Archive for maio 2008
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Essa finale de LOST foi bem diferente das anteriores. Enquanto as primeiras apostavam em surpresas, em deixar questões abertas, no bom e velho WTF que nos deixava tontos por uma semana, esse fim de quarta temporada esteve preocupado com o humano, com as pessoas. É claro que todas as peças foram amarradas, de maneira mais que satisfatória devo dizer. E ficaram várias perguntas para os próximos dois anos. Mas acho que muito mais relevante foi que a jornada de cada uma daquelas pessoas atingiu pontos que eles não esperavam. E vê-los adaptar-se ao novo que se impunha de maneira voraz foi emocionante, mas é ingênuidade não considerar que vimos só a ponta do Iceberg.
Alguns saíram da Ilha e viram que não havia nada no mundo lá fora. Alguns ficaram, com a triste impressão de que todos os outros morreram. De qualquer forma, toda a tentativa de fuga foi desastrosa, trágica. E se a frieza dos Oceanic 6 em manter aquela mentira me deu arrepios durante essa temporada, eu até os perdôo agora. Ainda assim, acho merecido que suas vidas tenham sido bagunçadas pela chegada de Jeremy Bentham.
Eu fiquei um pouco surpresa com a resposta. Especular é fácil, mas depois de uma hora e vinte de exibição, imaginar que John Locke era o homem no caixão não fazia mais o mínimo sentido. John, o escolhido, ficou na Ilha enquanto Ben saiu para mover a Ilha; tornou-se líder os Outros. Mas mais importante, foi ele quem pediu a Jack para mentir, para proteger a Ilha. De repente, ele está lá fora, morto. A Ilha não deixa Jack morrer mas o escolhido de Jacob sim? Um pouco difícil de engolir. Aposto que se ele estiver realmente morto, no momento em que eles pisarem na Ilha ele vai virar uma espécie de Christian Sheppard, morto/vivo/entidade/sei-lá-o-quê. Seja lá o quê aconteceu na Ilha, deve ter sido realmente terrível para que John tenha se arriscado a sair de sua Terra de Sonhos.
De certa forma, tanto ele quanto Ben, as duas pessoas mais apegadas à Ilha mais devotas de suas maravilhas, foram os mais magnânimos. Saíram dela, em sacríficio, para preservá-la. Lutaram por ela, fizeram de tudo, enquanto Jack e Kate, os supostos protagonistas da trama, tinham um frenesi egoísta, brincaram de casinha e tudo, e a Sardenta parece mesmo não ter acordado para o fato de quê não importa o quanto ela queria proteger Aaron e viver uma vida bonitinha, há coisas demais em jogo. Há sim, um lugar de milagres. Mas também há vidas.
De todas as cenas emocionantes desse episódio, a mais tocante foi Ben virando a roda para mover a Ilha. Ela é sua casa (como diz o próprio título), seu lar. Mas ele, com muita tristeza, fez o que achou que Jacob queria e de certa maneira foi banido, indo parar no deserto no futuro (Quando saiu da Ilha, era começo do ano de 2005. Ele chegou a Tunísia em Outubro). Desmond reencontrou seu lar nos braços de Penny, numa cena linda. Mas agora que estão juntos, qual vai a ser a trama dos dois? Ajudar os demais Oceanic 6?
Já Juliet e Sawyer (dando uma de Jack-super herói), tentaram salvar as vidas dos demais, e acabaram presos na Ilha, juntos. É claro que eu estou feliz que dois dos meus personagens favoritos não morreram e sem Jack e Kate para arrastá-lo para o fundo do poço com todas aquelas estórias de amor não resolvido irritantes, talvez eles possam voltar kicking ass como os líderes do acampamento da praia. Honestamente, eu não queria vê-los se fundindo com os Outros. Mas mesmo sob nova liderança, será que eles vão deixar os Losties em paz? Ou haverão mais seqüestros e mais guerra?
Jin eu acho que morreu mesmo, mas ficam ainda várias perguntas: Quem é Charlotte e como ela saiu da Ilha da primeira vez? Será que ela foi concebida lá e essa será a chave para que a Doutora Burke resolva o caso das grávidas, fazendo com que o povo possa se reproduzir e povoar a Ilha livremente? O que aconteceu com a segunda Ilha, Alcatraz? E não diziam que havia uma terceira (tinha até um mapa)? Quando o helicóptero subiu já não dava para ver as Ilhas adicionais. O quê aconteceu com Claire? Porquê ela (se é que era ela mesmo) não quer Aaron de volta na Ilha? O quê aconteceu com Dan? E porquê diabos ele não estava disposto a voltar pelo resto?
Estou ansiosa para ver minhas pessoas favoritas de volta em Janeiro. Principalmente, estou ansiosa para ver o quê vai ser de Juliet, Sawyer, Miles e Charlotte (grupinho interessante), para ver como John vai fazer sua jornada até o ponto em que se encontra no final desse episódio e como Benjamin vai guiar o incompetente mentiroso do Jack de volta para o lugar de onde ele nunca deveria ter saído.
Shonda Rimes é muito inteligente. Ela ás vezes comete burradas colossais, e deixa Grey’s descambar para o melodramático de uma maneira quase fisicamente dolorosa de assistir, mas quando ela acerta, ela acerta mesmo. E um dos maiores acertos de Shonda foi introduzir a terapeuta à trama. Meredith tinha chegado ao cúmulo de ser tão complexa, que ninguém conseguia entendê-la. E o comportamento dela ficava parecendo infantil e chato. Dar uma justificativa para esse comportamento e um motivo para sua protagonista seguir em frente foi a melhor coisa que Shonda já fez.
Outra coisa boa que Shonda fez foi desistir de fazer a Yang deprimida, porquê simplesmente não combina. Ela ter ficado mal no dia que soube do Burke tudo bem, mas eu achei honestamente que depois daquele discurso ela se levantaria no dia seguinte decidida a lutar. Demorou, e precisou que a Meredith emprestasse o Pager Brilhante pra ela, mas Yang mostrou a que veio. E descobrir através da Lexie que ainda por cima ela é dislexia só mostra que apesar de todos os dramas de Izzie, George e Meredith, a guerreira da equipe é mesmo ela. Fez muito bem vê-la colocar Hahn em seu lugar, porquê eu ela não é nenhuma residente bobinha. Ela fazia as cirurgias do Burke! Ela vendo que não quer se tornar como a Hahn e decidindo ensinar Lexie também foi um ótimo amadurecimento da personagem, apesar de que entendia o lado dela. A presença de Lexie no hospital deixava Meredith, sua melhor amiga, infeliz. E não importa o quanto a Yang seja diferente das demais garotas, ela ainda é uma em essência, e garotas sempre protegem suas melhores amigas.
Lexie por sua vez deixou de ser tão irritante e tão obcecada pela irmã que não quer nem saber dela. Tá, que teve aquele discursinho ridículo de “Eu te amo mesmo que você me odeie”, mas pelo menos ela não está se comportando mais como um cachorrinho carente, que era exatamente o que o Derek costumava fazer (a cara dele diz tudo…), e que afastava a médica ainda mais.
A trama de Karev e Rebecca teve um fim comovente. Eu senti muito por ele, por tudo que ele que teve que passar por se sentir responsável por ela. E senti muito por ela, por acabar daquele jeito, internada em uma clínica psiquiátrica e completamente sozinha. Mas do jeito que estava os dois realmente não podiam ficar. A Izzie voltou a ser ela mesma. Eu tenho minhas dúvidas se ligar para o Alex de hora em hora era a maneira certa de tentar ajudar, mas a sua decisão final de internar Rebecca foi certa. Ela fez o que deveria como médica. Da última vez que ela pensou com o coração ao invés de como médica tudo deu errado. Denny morreu e ela quase definhou no chão do banheiro. E aí houveram todas as burradas subseqüentes.
As demais tramas foram boas, mas nada que eu queira muito comentar. Callie finalmente ficou com Hahn, Bailey finalmente delegou algum trabalho para poder ficar com a família, o Chefe finalmente conseguiu ser aceito de volta pela esposa, George finalmente conseguiu a chance de refazer o teste para se tornar residente. Agora que muitos problemas foram tirados de campo e algumas coisa interessantes foram introduzidas, vamos ver como ficará a vida no Seattle Grace.
Novas Séries da CBS – Comédia
Posted maio 24, 2008
on:Worst Week:
Sam Briggs é o editor de uma revista sobre entreterimento que vai fazer de tudo para agradar os pais da namorada. Mas ele é um desastre quando está perto deles.
Project Gary:
Jay Mohr estrela essa série como Gary Barnes, um recém solteiro, que tem que lidar com sua ex-mulher controladora, Allison, enquanto enfrenta o caos pós-divórcio, depois de 15 anos de casamento.
The Ex-List:
Bella Bloom (Elizabeth Reaser, a Ava de Grey’s Anatomy), uma trintona atraente e bem-sucedida empresário é surpreendida ao ouvir de uma médium (Anne Bedian) que ela já namorou seu futuro marido e que existe uma pegadinha: se ela não encontrá-lo no próximo ano, ficará sozinha ara sempre.
As sinopses das comédias também não são exatamente empolgantes, mas se eu lesse as sinopses de Two and a Half Men ou Old Christine há anos atrás, duvido que eu saberia que me tornaria grande fã das duas. Como comédias são curtinhas, acho que dá para dar uma chance quando elas estrearem.
Novas Séries da CBS – Drama
Posted maio 24, 2008
on:A CBS já disponibilizou Sneak Peeks de várias de suas séries. São pequenas cenas, só um gostinho do que está por vir. Eu prefiro esperar por um trailer para ter expectativas. Harper’s Island é única que tem um, interessante por sinal.
Haper’s Island:
Haper’s Island é um mistério envolvendo assassinato que desenrola-se quando amigos e família vão a um casamento, com festividades durante toda uma semana, em uma ilha isolada e pituresca em Seattle, famosa pelo ataque violento de um maníaco homicida há sete anos atrás.
The Mentalist:
Simon Baker (O Diabo Veste Prada) estrela essa série como Patrick Jane, um detetive e consultour independente que revolve crimes graves utilizando de suas afiadas habilidades de observação. Deja Vu de Criminal Minds?
Eleventh Hour:
Dr. Jacob Hood é um brilhante biofísico recrutado pelo FBI para investigar o número crescente de crimes de natureza científica.
Tirando Haper’s Island, os dramas da CBS precisam de um pouquinho de originalidade, né? Se bem que, apesar de todos os seus shows se parecerem em essência com seu carro-chefe, a franqui CSI, eles conseguem ser diferentes entre si e tem muitos fãs. Eu mesma vejo uma boa quantidade deles. É esperar que eles continuem a tradição com qualidade.
É incrível como Criminal Minds consegue superar-se a cada temporada. Eles mantém sua fórmula, mas a melhoram e exploram possibilidades dentro dela. Uma coisa que eu não gostava muito era que os criminosos sempre terminavam fazendo exatamente o quê os Profilers da BAU previam que fariam. E nessa terceira temporada fugiu-se um pouco disso. Apesar de serem exímios observadores do comportamento humano, os Profilers não são adivinhadores e foi bom vendo-os serem surpreendidos.
Com um caso especialmente complicado e várias momentos pessoais, Lo-Fi foi um dos melhores desse anos. Quando vários sujeitos parecem estar matando pessoas aleatoriamente em Nova York, a equipe é convocada para ajudar a Agente Kate Joyner (que para a surpresa de todos é igualzinha à ex-esposa de Hotch). O medo de todos é que se os assassinatos forem mesmo aleatórios, qualquer um pode ser uma vítima. Qualquer um deve temer ser uma vítima.
E seguindo essa lógica, o gancho para a próxima temporada vai deixar alguns fãs se matando de curiosidade. Uma bomba explode em um carro preto, logo depois que todos os membros do time entram em carros idênticos. Pode ser qualquer um. Quem será?
Garcia já foi atacada nessa temporada. Seria um pouco cruel se fosse ela novamente. JJ anuncia sua gravidez nesse episódio (mais cruel ainda). Emily ficou no meio de um tiroteio e saiu ilesa (enquanto o policial que estava com ela foi para o hospital) e Derek teve alguns problemas em lidar com a cadeia de comando depois de saber que Kate o estava tratando diferente por ser ele o mais cotado para tirar a vaga dela caso ela falhe. Os únicos que conseguiram não se meter em problemas (até agora) foram Hotch, Rossi e Reid. Então eu aposto em um deles.
Mas o melhor gancho é justamente quando eles conseguem chegar a uma conclusão sobre o caso. Uma célula terrorista. Como os agentes do FBI vão lidar com essa ameaça?
E já que eu mencionei Weeds…
Posted maio 23, 2008
on:Nada mais justo que colocar o tease da Quarta Temporada.
Swingtown
Posted maio 22, 2008
on:Acabou de sair o primeiro trailer da nova série da CBS, Swingtown. Parece extremamente interessante. Eu adorei o clima anos 70 e a trilha já é destaque (se alguém quiser me dizer quais são as músicas do trailer, eu agradeço). Série de Mid-Season, Swingtown vai estrear no dia 5 de Junho e se for mesmo boa, pode ser uma boa opção para se assistir enquanto esperamos a volta de nossas séries favoritas. Ela terá que competir com Weeds pelo título de melhor série da Mid-Season porém, e isso não será fácil.
- In: CSI Miami
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CSI Miami = Novela Mexicana. Period. Não estou reclamando, juro, mas que é, é. Até aqui a temporada já tinha tido tanto drama que às vezes eu pensava que estava assistindo uma fan fiction. Eu vejo as pessoas falando que seus guilty pleasures são Gossip Girl, Dirty Sexy Money, Desperate Housewives. Sinceramente, não mesmo. Não tem nada mais Guilty Pleasure do que CSI Miami!
Essa sexta temporada poderia ser chamada de “1000 maneiras de ferrar com Horatio e Calleigh”. CSI Miami sempre tem tragédias no nível pessoal, mas parece que eles estiveram determinados a bater nos personagens de Caruso e Procter.
Eu já listei todas as fatalidades que aconteceram com Calleigh aqui. Mas eu achei honestamente que eles deixariam ela em paz depois do episódio passado. Não deixaram. Enquanto analiza balas antigas em seu laboratório, Calleigh pára para atender o telefone. Uma das balas rola da mesa, cai no chão na vertical, estoura, o tiro pega na lâmpada, que explode, cai na mesa e incendia o laboratório da loira. Calleigh fica em choque, mas depois de mais uma cena romântica com Eric, volta ao seu normal. Os escritores poderiam me poupar e colocar os dois juntos de uma vez.
Já Horatio descobriu no começo da temporada que tinha um filho, Kyle. Esse filho estava envolvido em um assassinato e um seqüestro. Kyle foi o problema por um tempo, mas aí a ex de Horatio, Julia, apareceu para perturbá-lo. Foi preso, extraditado, matou vários, perdeu Alexx. Mas seu grande inimigo nessa temporada era mesmo Ron Saris e eu fiquei esperando as coisas se resolverem. E aí temos aquele final a la “Quem matou Odete Roitman?”. Se bem que duvido que Horatio tenha morrido. Aquele tiro foi só para ter gancho para a próxima temporada, o quê CSI Miami sabe fazer de melhor, aliás, são finales.
Going Ballistic, que já começou com um tiroteio em que a nova legista é baleada na cabeça (a coitada não ficou nem cinco minutos em cena!), terminou com uma daquelas seqüências que me fazem ter vergonha de dizer que gosto de CSI Miami (peço desculpas a quem achou legal). Horatio é baleado no aeroporto. Julia, que ele queria tirar do país, tinha saído de casa dizendo que resolveria algo. Kyle, que é um deliqüente e que estava chateado porquê seu pai estava tentando mandá-lo para longe, estava em posse de uma arma. Ron Saris, o arqui-rival, tem uma cena meio maluca em que beija uma caixa de balas. O cara que Horatio prende manda alguém matá-lo da cadeia, e diz que quer saber quando estiver feito. Mas quem recebe uma mensagem de “Está feito” é ninguém menos que Ryan!! Eu perdi alguns episódios de CSI Miami (minha paciência não permite que eu acompanhe tudo direitinho), então alguém me explica, o quê Ryan teria contra Horatio?!? Ou, se foi uma armação entre os dois, porquê diabos Horatio confiou em Ryan, ao invés de Eric, de quem ele parece gostar como um filho ou Calleigh, que é a sua protegida?
Se ele estiver envolvido mesmo, quando, como e quem vai descobrir? Como será que o time vai reagir? Estilo Caine (justiça com as próprias mãos)? Como Horatio vai reagir? Os chatos Ron, Julia e Kyle vão sair da série ou se tornar regulares? Eric e Calleigh vão ficar juntos? A bruxa vai sair do pé da Bullet Girl? Horatio vai parar de agir como o herói invencível e de dizer frases ridículas? Tão vendo porquê é The Ultimate Guilty Pleasure? Será que consigo resistir aos spoilers? Será?
Wilson’s Heart
Posted maio 21, 2008
on:- In: House
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Amizade é, supostamente, uma via de duas mãos. É um relacionamento que envolve estima, afeição, respeito e lealdade mútuas. Mas a realidade é que essa reciprocidade nem sempre apresenta-se em níveis iguais, ou de formas semelhantes, ou sequer está lá. Amizades são difíceis. Enlouquecedoras, em ocasiões. Mas valem a pena. Aquele contato humano, por mais desafiador e problemático que seja, pode ser a única coisa separando um indivíduo da solidão. Da completa alienação, do vazio. Pode doer, mas é melhor que não sentir.
Por quê eu senti a necessidade de falar sobre isso? Porquê é sobre isso que é Wilson’s Heart. House é um sujeito tão difícil de se lidar, que é difícil se imaginar sendo amigo dele. Ele é honesto demais, sarcástico demais, e parece fazer um esforço constante para manter qualquer um longe de seu coração. Ainda assim, Wilson e Cuddy se mantém ao seu lado através dos anos. Eles levam pancadas, e House já os tratou como se não se importasse em lhes causar sofrimento, mas eles continuam lá. E Wilson, roubando um pouco de Grey’s Anatomy, é a pessoa do House. É com quem ele fala, é sempre a primeira pessoa que ele procura, é a pessoa em quem ele mais confia. E até aqui, apesar de todas as coisas, isso era mútuo.
Esse episódio não foi sobre House, foi sobre Wilson. O coração dele, mais precisamente. Foi um episódio de sentimentos, estranhamente, porquê House dificilmente é sentimental (não num sentido melodramático, mas de sentimentos mesmo). Aonde os sentimentos de Wilson iam, House ia, e a trama ia. Seu desespero, seu medo, seu amor, provocavam algo em House, que forçava a mão em lugares onde ele nunca antes forçou a mão. House parecia culpado, mas como não estaria? Ele feriu seu melhor amigo de morte, e de alguma maneira acho que quando isso acontece, podemos sentir as coisas se desmoronarem. House nunca esteve tão vulnerável, porquê Wilson nunca esteve tão vulnerável. A previsão do ódio que Wilson sentiria o manteve em coma. Mas até mesmo seu subconsciente concorda, ele mereceu.
Ao ver o quê aconteceu na noite da batida do ônibus e vermos as cenas em que Wilson, convencido por Cuddy, acorda Amber e se despede, eu tenho que concordar também. Não vou começar a odiar House por isso, mas ele age de forma egoísta e agora isso matou a mulher que Wilson amava. House chegou a algumas conclusões bem dramáticas enquanto em coma. O destino deu-lhe um belo tapa na cara, e se agora ele não mudar, não muda nunca mais (mas se ele virar bonzinho e feliz, paro de ver a série, seriously).
Se pensarmos direito, uma coisa que os três protagonistas da série tem em comum (por isso, é aceitável que haja uma empatia) é que são auto-destrutivos. House, Wilson e Cuddy, todos os três encontram uma maneira de sabotarem a si mesmos. E a principal delas é justamente serem amigos um dos outros. Ou talvez eu esteja completamente errada e deva parar com minha psicologia de botequim. Amizades são complicadas.
A greve dos roteiristas foi um período difícil para a grande maioria dos fãs de seriados. Eu quase enlouqueci de tédio sem inéditos de House, CSI, Gossip Girl e outros. Algumas séries, sofreram com o corte em seu número de episódios. Porém, eu acho que Desperate Housewives se beneficiou e muito da diminuição do número de episódios. Não me levem a mal, eu adoro a série, mas um dos principais problemas dela é a enrolação. Eles fazem de tudo para só fechar as principais tramas na Season Finale, e com isso criam milhares de tramas paralelas, algumas interessante, outras não, dão dicas às gotas, inventam milhares de reviravoltas. Com isso, a série sofre. Alguns espectadores perdem a paciência, eu entre eles. A qualidade do texto cai. Os dezessete episódios dessa quarta temporada foram ideais. Francamente, eu não agüentaria esperar mais sete episódios para descobrir qual era o segredo de Katherine.
Nessa season finale especial de uma hora e meia, nós tivemos um fim para todas as tramas e um salto de cinco anos no tempo que deve ter deixado muita gente curiosa (eu fiquei, e olha que nem gosto de Susan). Mas vamos começar pelos Mayfair. Depois do episódio passado, finalmente caiu minha ficha: quem estava enterrada no quintal da casa de Katherine era a verdadeira Dylan. Mas se não fora Wayne quem a matara, só restava Katherine, e eu não gostava nenhum pouco dessa possibilidade, porquê não queria ver a ruiva indo embora de Wisteria Lane. Para meu alívio, a filhinha de Katherine morreu de maneira acidental e ela apenas guardou segredo porquê por ser um policial, Wayne conseguia se safar de tudo e ainda fazer de sua vida um inferno.
Katherine Mayfair, interpretada pela sensacional Dana Delany, foi o grande destaque dessa temporada. Ela entrou em Housewives como um espécie de cópia de Bree e provou ser muito mais. Sim, Katherine é obcecada por perfeição. E sim, essa obsessão vem da necessidade de ter controle absoluto sobre algum aspecto da sua vida. Mas enquanto Bree lutava com seus filhos rebeldes e seu marido infiel, para Katherine o buraco é bem mais embaixo. Vítima de abusos constantes por parte de seu marido, procurou por ajuda da polícia, que recusou-se a protegê-la para ficar ao lado de um dos seus. Fugiu, mas foi encontrada. Perdeu sua filha. Fugiu de novo. Foi encontrada de novo. Viveu anos sem confiar plenamente em ninguém, sem conseguir contar a verdade, sempre com medo. De refém de um homem violento, virou refém de si mesma. E finalmente se libertou. Contou a verdade, matou Wayne e descobriu pessoas em que pode confiar: Bree, Adam, Dylan e as demais donas de casa. Foi tocante ver Lynette, Susan e Gaby, que recusavam-se a convidar Katherine para seu jogo de pôquer, fazendo de tudo para protegê-la. E Dana Delany aparentemente fica!! Eu não podia estar mais feliz.
Lynette, depois do câncer, teve mais uma boa estória. Sua enteada, já que já tinha dado sinais de ser problemática, finalmente revelou seu lado infernal. Manipuladora, dissimulada e má, Kayla conseguiu atrair meu ódio com suas terríveis armações. Ainda bem que Tom se ligou de que sua filha não era nenhuma santa. Mas será que ela volta? Se voltar, já vai estar uma adolescente.
Bree como sempre não precisa de uma trama boa para ser ótima. Desde seus problemas em organizar uma festa até sua assistência a Katherine, passando por seu relacionamento com Orson, tudo foi impecável. Marcia Cross continua sendo uma das melhores do elenco.
Os gays, que ficaram ausentes tanto tempo, finalizam a temporada com uma cerimônia de comprometimento. Achei a estória fraca, mas os gays em cena sempre são um ótimo uso do tempo. Só que eles já foram mais engraçados. Os roteiristas podiam encontrar coisas melhores para eles fazerem, ao invés de colocarem tanto tempo nas traminhas fúteis da Gaby, que eu vou me abster de comentar (me desculpe quem gosta).
Já Susan teve alguns bons momentos com Julie, outros não tão bons com toda a situação envolvendo o nome do seu filho, mas o grande gancho é dela. Quem é aquele novo marido dela? O quê aconteceu com Mike? Mesmo com um episódio tão longo, Desperate Housewives conseguiu me deixar com água na boca pela próxima temporada.
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