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The Greater Good foi o centésimo episódio de House. Mas como eu já havia lido que os produtores pretendiam fazer um episódio como qualquer um outro noventa e nove, eu não estava esperando nada especial. E até estava um pouco aliviada, porquê a última tentativa de fazer algo diferente, com Last Resort, teve péssimos resultados (alguém gostou daquilo?). E eu gostei do episódio, mas, continuo com a impressão de que está faltando algo.
Concordo com todo mundo que tem dito que a série não é mais a mesma. E apesar de durante o começo dessa temporada eu ter batido o pé teimosamente que mudanças sempre acontecem (a acontecem mesmo) e eram inevitáveis, eu ando percebendo que a série vem exibindo sinais claros de cansaço.
Em relação à trama em si tivemos um grande espaço dado a Thirteen e Foreman, o quê nunca é bom, mas aqui foi pior. Não entendi nada. Por causa dos remédios, ela desenvolveu um tumor, ficou cega e algumas horas depois que ela saiu do remédio, tudo ficou ok? Tá, eu sei que ela foi tratada com radiação, mas achei que aconteceu tudo muito rápido e se resolveu de maneira muito fácil. A trama em Lucky Thirteen (que eu até gostei, surpreendentemente) contribui para a evolução da personagem, tem algo a oferece para a série. A trama aqui parece que só foi jogada ali para criar tensão e amarrar as pontas soltas semana passada, quando Foreman decide tirar a namorada do placebo e colocá-la no remédio verdadeiro.
Cuddy volta ao hospital (e Cameron desaparece do radar novamente) e está nutrindo ressentimentos por ser a única pessoa capaz de ser a babá de House. Com isso, ela começa uma série de vinganças contra ele. Uma tentativa desesperada de usar a dor física que afeta o médico para faze-lo entender a dor que emocional que ele causa a ela. Funcionou, e eu estava gostando da maneira como House resolveu não reagir e engolir a situação como um adulto, para que as coisas não se tornassem uma espécie de guerra infantil. Mas, assim como a situação com Thirteen, ao invés de ser empregado em prol de uma mudança nos personagens, parece que a coisa toda vai ser um caso isolado. O quê tira todo o sentido dos acontecimentos.
Estou cansada dessa dancinha de acasalamento entre os dois. Cuddy e Wilson no fundo sabem que House se sente culpado por afastá-la da filha, e Cuddy se sente culpada pelos seus atos. Mas e daí? Aonde isso nos leva? Os dois provavelmente ainda estarão jogando um com o outro nos próximos episódios (que eu queime minha língua).
O caso da semana foi até bom. A personagem tinha potencial. A discussão sobre se ela estava certa em abandonar uma pesquisa que poderia salvar milhares de pessoas para ser feliz, ou se o bem maior deveria tomar precedência? Mas nada disso foi o suficiente para eu me importar, ou me divertir, ou me interessar.
Eu não quero abandonar a série, mas ela está tão irregular, que eu não sei se agüento assistir uma temporada subseqüente. Será preciso algo fantástico para me fazer mudar de idéia.

House tem tido uma temporada extremamente irregular e infelizmente, até aqui, já no seu décimo terceiro episódio, a quinta temporada não nos brindou com nenhum episódio absolutamente embasbacador, com uma daquelas pequenas obras-primas como 97 Seconds e Euphoria. Big Baby não chega lá, mas é um episódio tão bom, que me dá esperanças.
Partindo do ótimo gancho deixado por Painless, em Big Baby já vemos Cameron assumindo as funções de Cuddy para que esta possa ficar em casa com Rachel. O quê significa que a ex-pupila de House ganha a autoridade para ditar o quê ele pode ou não pode fazer. Eu nunca fui muito fã da Cameron, mas sinto uma falta tremenda dela e adorei cada minuto a que Jennifer Morrison teve direito nesse episódio. Cameron conhece muito bem House e fez um ótimo trabalho contornando as tentativas de manipulação dele e mantendo ele na linha. Por mais que eu seja fã de Cuddy e entenda que o relacionamento dela com House é singular, Cameron conseguiu ser até melhor que ela lidando que o médico e suas exigências absurdas por testes mais absurdos ainda.
A paciente em questão era uma professora de crianças com necessidades especiais, e é claro que logo que House a ouviu falando por cinco minutos e percebeu como ela aceitava maravilhosamente bem todas as coisas irritantes que vêm com aquelas crianças (e o fato de quê ela inverteu dois números há seis anos atrás), ele conclui que ela tem que ter dano cerebral. Apesar da personagem em si, Sarah, não ser extremamente interessante, as disputas de poder que aconteceram em torno do tratamento dela foram. Além de House e Cameron, ainda tivemos Cameron e Cuddy, que apesar de tudo não conseguia parar de se preocupar com House, e House e Kutner, que enfrentou Greg como Foreman costumava fazer. E no fim, eu fiquei extremamente feliz que Sarah tenha continuado a ser a professora amorosa e extremamente tolerante, para incompreensão de House.
Cuddy e Wilson apesar de não estarem envolvidos na trama principal, também apareceram bastante, e a storyline deles na verdade foi a minha favorita. Toda essa coisa da adoção de Cuddy realmente aconteceu bastante rápido, então eu apreciei que eles tenham mostrado tudo isso que caiu no colo dela finalmente a atingindo e a deixando desnorteada com dúvidas e medos. A conexão com o bebê não simplesmente aconteceu, não havia amor, ou felicidade. Só cansaço e frustração, e uma mulher decepcionada pelo fato de seu maior sonho, o de ser mãe, não ser mágico ou sublime de nenhuma maneira. As confissões dela para Wilson soaram reais e naturais, e Lisa Edelstein mais uma vez esteve magnifíca.
Robert Sean Leonard também fez muito bem a sua parte e trouxe de volta toda a fofura do personagem, que tentava a todo custo convenver Cuddy de quê eventualmente ela amaria o bebê e que não deveria dar ouvidos a House sobre devolver a criança. Eu adoro quando colcocam a amizade dos dois em foco e aqui foi um daqueles momentos preciosos na série. Contudo, as grandes cenas desse episódio são duas: quando House e Cameron abrem a cabeça da paciente, e Kutner liga para Cuddy e a põe no viva-voz para dar uma bronca nos dois, o quê acaba fazendo com que todo mundo ouça seu quase-colapso nervoso por não conseguir acalentar Rachel, seguida por seu espanto e alívio quando esta simplesmente pára de chorar, finalmente quebrando a barreira de gelo que havia entre as duas, e de irritando a paciente o suficiente para House perceber que seu diagnóstico estava completamente equivocado; e logo depois quando Cuddy, agora maravilhada em ser mãe, encontra House no seu escritório e faz ele segurar a pequena Rachel, que acaba vomitando em cima dele. Enquanto a primeira cena prima pela tensão e pelo caos, a segunda é de uma delicadeza ímpar. Banhados por uma luz que já cria um clima íntimo e acolhedor, Edelstein e Laurie são capazes de exprimir uma proximidade inigualável. As expressões no rosto de cada um são primorosas, e me convenceram completamente de quê apesar de tudo, House seria de fato a primeira pessoa que Cuddy procuraria para simplesmente dividir sua fecilidade. Eu acho que foi extremamente justo que Hugh tenha ganho o SAG, e acho que se Edesltein não for indicada ao Emmy em Setembro será uma grande injustiça.
A única coisa que não me agradou em relação a esse episódio foi que eles terminaram os dois arcos mais interessantes, Cuddy não conseguindo sentir nada pela filha e Cameron como chefe do hospital, e simplesmente terminaram de maneira rápida demais. As storyline tinham potencial e a de Cameron especialmente pareceu sem justificativa, porquê ela não se saiu mal controlando House. Sim, ela deixou que House abrisse a cabeça da paciente e no final, não havia necessidade daquilo, mas Cuddy, apesar das reclamações, teria feito a mesma coisa. Só espero que Morrison não volte a desaparecer e que Cuddy e Wilson continuem a ter o espaço que merecem. Que venha o centésimo episódio.

Desperate Housewives: The Best Thing That Ever Could Have (5×13 – 100º episódio)
Exibição: 18/1/2009
MVP: Eva Longoria, Brenda Strong e Beau Bridges

O roteiro lembra os fantásticos episódios da primeira temporada. As atuações estão simplesmente perfeitas. Tivemos participações da sempre excelente Brenda Strong (Mary Alice), Steven Culp (Rex), Lucille Soong (Yao Lin) e Beau Bridges (Eli Scruggs), que, ao falecer repentinamente, faz com que as donas de casa tenham memórias de seu passado.

A idéia de um coadjuvante que nunca tínhamos conhecido ter sido tão relevante na vida de cada uma delas foi extremamente interessante e todos os flashbacks foram ótimos. Foi maravilhoso ver como Gaby acabou se tornando amiga das demais donas de casa; ver Bree, Rex, Tom e Lynette trocando farpas durante um brunch; ver Lynette tendo a epifania em que decide abandonar a carreira e dedicar-se inteiramente aos filhos; ver Edie tentando superar o soco em seu ego que foi descobrir que seu marido era gay; assistir Susan e seu desespero frente aos divórcios e, como o melhor sempre fica para o fim, presenciar um dos últimos momentos de Mary Alice antes do suicídio.

Porém, o episódio funciona como o evento isolado e comemorativo que é. Ele não tem relação nenhuma com as tramas da temporada, que são postas de lado e ficam estagnadas aqui. Não fosse o episódio tão brilhantemente executado, eu o consideraria pura enrolação. Mas ele foi bastante tocante e sem dúvida, um dos melhores momentos dessa temporada e uma ótima maneira de celebrar 100 episódios.

House: Painless (5×12)
Exibição: 19/1/2009
MVP: Lisa Edelstein, Martin Henderson e Jake Cherry

House retorna do hiato com um episódio que, apesar de correto em todos os sentidos, não me empolgou nenhum pouco. Eu achei o episódio essencialmente chato, nada se destacou como sendo ruim ou digno de grandes críticas, mas se eu não tivesse visto Painless, não faria a mínima diferença.

O paciente da semana é Jeff, um homem que, depois de três anos sofrendo de dor crônica e incurável, tenta se matar. É óbvio que Jeff está ali para ser comparado com House, que também sofre cada vez mais com sua perna e acaba quebrando um dos canos de casa e, em uma manobra de teimosia inacreditável, faz de tudo para o seguro arcar com o prejuízo, só porque ele achava que estava certo.

Ao mesmo tempo House e Jeff são completamente diferentes: Jeff diz a House que ele tem sorte por ser sozinho, porque não precisa esconder a dor que sente.

A verdade é oposta a essa afirmação: House esconde seu sofrimento com suas grosserias e sarcasmo, enquanto Jeff é completamente aberto sobre o tamanho de sua dor e sua falta de vontade de viver por causa dela, a ponto de convencer seu filho a ajudá-lo a se matar.

Além de House, o paciente também acaba se relacionando a Thirteen, é claro, e, surpreendentemente, a Taub, que aparentemente já tentou o suicídio e se considera muito idiota por isso. Enquanto isso, Cuddy lida com os obstáculos de ser uma mãe com uma trabalho em período integral e acaba pedindo para Cameron assumir seu lugar. Sinto saudades da Cameron, vamos ver se ela aceita.

Texto publicado previamente no site TeleSéries.

Só lembrando que por 2008 inclui-se o ano todo, e não só a Fall Season. Além disso, ao começar a fazer essa lista eu tentei pensar em todos os nomes mais mencionados, os queridinhos da crítica e dos formadores de opinião (bloggers), os concorrentes aos principais prêmios. O problema é que quase nenhum entra nessa lista simplesmente porquê eu não estou assistindo a quase nenhum. Assim que eu me deixei levar, a lista saiu facilmente. E eu honestamente não vou colocar na minha cabeça que eu só vejo porcaria, porquê eu acho que não é bem por aí. Cada série nessa lista, cada ator, tem uma razão para estar ali. Mas não vou mentir que essa lista é extremamente subjetiva. Apesar do nome do post, essa é uma lista das coisas que eu mais adorei esse ano, que mais me comoveram, surpreenderam ou excitaram. Que sob o meu olhar, foram destaque de alguma maneira. E se é uma lista no mínimo diferente, eu espero que sirva para interessar as pessoas em coisas que estão aí, no ar, e que elas desconhecem o quão boas são. Eu também tenho a mania de incluir alguns atores em séries que eu não vi inteiras, mas não consigo incluir séries cujos episódios eu tenha perdido. Isso explica por exemplo a presença de Duchovny, mas a ausência de Californication.

Melhor Série Dramática: LOST
Runner-up: Criminal Minds

Menções Honrosas: Lipstick Jungle, House, Terminator: Sarah Connor Chronicles, CSI:NY

Foi difícil escolher. As duas séries no topo me deixaram na ponta da poltrona, me mordendo, falando com o PC, rindo e chorando. LOST foi uma série que me conquistou desde o início, e com a qual eu me revoltei em ocasiões, quase abandonei durante a segunda temporada (que eu odiei, period), mas que me emocionou muitas e muitas vezes e sempre consegue puxar o tapete de debaixo dos meus pés. Eu achei essa quarta temporada brilhante. Reclamei de várias coisas, mas qualquer que seja a série, eu sempre tenho reclamações a fazer, algumas completamente irracionais até. Já CM foi crescendo sutilmente no meu gosto. Antes um policial que eu considerava inteligente e tecnicamente bem feito, mas que ficava abaixo em preferência das franquias CSI, Criminal Minds conseguiu me conquistar completamente e se tornar meu show investigativo favorito, e surpreendentemente foi o quê vi de melhor na Fall Season. Lipstick aparece logo depois, me surpreendendo completamente com uma segunda temporada cativante depois da medíocre primeira. House até está tendo uma temporada que não é a sua melhor, mas eu ainda estou gostando. E esse posicionamento aqui também é, em grande parte, responsabilidade do final da quarta temporada, que foi inquestionavelmente fantástico. Sarah Connor foi uma grande descoberta. Gostei, apesar de implicar com um milhão de coisas. A primeira temporada (que eu vi na Warner, na época em que eles ainda eram canal de séries) me agradou bem mais, mas a segunda pode surpreender agora mais para o final, com as pontas se amarrando. E CSI:NY é aquela série que é tecnicamente tão impecável, que eu não consigo deixá-la de fora de uma lista dessas, apesar de eu considerá-la um pouco fria, e ter problemas pra gostar dos personagens. É simplesmente A série na qual eu não vejo defeito nenhum (além do supra citado).

Melhor Série Comédia: Big Bang Theory
Runner-up: 30 Rock

Menções Honrrosas: The New Adventures of Old Christine, Weeds, Two and a Half Men

Eu não sei como isso aconteceu, mas 30 Rock foi completamente desbancada. A série cômica que atualmente mais me surpreende, agrada e, o principal, faz rir, é Big Bang. Ainda assim, tem espaço aqui para menções a sempre primorosa 30 Rock (a CSI: NY cômica), Old Christine (que eu amo demais), Weeds (que eu amo demais também) e Two and a Half Men (que se repete o tempo todo, e me deixa com a impressão de que eu estou vendo coisas repetidas todo episódio, mas me faz rir mesmo assim).

Melhor Atriz Dramática: Paget Brewster
Runner-up: Kim Raver

Menções Honrosas: Leighton Meester, Lena Headey, Melina Kanakaredes

Essa é uma categoria extremamente perniciosa para mim. Eu nunca escolho os mesmos nomes que a maioria das pessoas e quando eu começo a colocar os nomes no papel, eu sempre fico com dó de escolher só uma. Ser uma leading lady não é fácil. Nem todos os papéis da Tv são bons ou profundos o suficiente, e sempre parece que os homens ficam com os mais legais. A Leighton Meester, por exemplo, quase entrou como runner-up e até mesmo pensei em colocá-la no posto máximo. ADORO Blair. Ela é uma personagem feminina, jovem e é politicamente incorreta o suficiente para eu considerá-la uma das melhores coisas na Tv atualmente. E sua intérprete, Meester, é simplesmente perfeita. Mas apesar de continuar sendo a alma de Gossip Girl, acho que Blair perdeu um pouco de seu ardor e acho que Raver e Brewster acabaram batendo Meester pelas primeiras posições por terem sido mais memoráveis na minha cabecinha. Raver, de quem eu sempre gostei, é a alma de sua série. Sim, sua personagem Nico perde de longe para Blair. Ela é mais quadradinha, mais dramática, tem menos edge (não consigo achar uma palavra melhor). Mas ela é mais profunda, mais sutil e atuação de Kim me tocou mais fundo. Já Brewster pode ser uma escolha que ninguém vai entender e muitos virão aqui dizer que ela é coadjuvante, mas eu acho que ela está assumindo o posto de protagonista feminina de CM e com louvor. Repentinamente a personagem evoluiu enormemente frente aos meus olhos e eu ainda estou boba. E é tudo trabalho de Brewster, porquê apesar de sua Emily Prentiss estar ganhando destaque, a verdade é que os personagens principais tem poucas chances em dramas procedurais como Criminal Minds para expor algum traço marcante de personalidade e conquistar o espectador. E ela conseguiu me conquistar.

Melhor Atriz de Comédia: Tina Fey
Runner-up: Mary Louise Parker

Menções Honrosas: Julia Louis-Dreyfous, Eva Longoria

Parker perdeu seu lugar de honra para Fey, porquê a intérprete de Liz Lemon tem feito muito, muito bonito como a escritora nerd do The Girlie Show. Ainda assim, Parker arrasou o suficiente para estar bem pertinho dela no topo. E o mais importante é que ela conseguiu passar grande parte da temporada sendo apenas boa e em uma cena, conseguiu deixar todos os fãs aplaudindo sua atuação de pé. Dreyfous sempre me faz rir, ela é o Charlie Sheen mulher para mim. E Longoria teve uma temporada sensacional e está finalmente mostrando que é, de fato, uma atriz bem talentosa.

Melhor Ator Dramático: Hugh Laurie
Runner-up: Gary Sinise

Menções Honrosas: Charlie Hunnam, Donald Sutherland

Categoria sempre difícil para mim também, mas pelo motivo oposto de Melhor Atriz. Hugh Laurie sempre ganha, e depois eu fico que nem uma idiota tentando encontrar pelo menos mais dois nomes pra mencionar. A verdade é que vi muito pouco de Sons of Anarchy e Dirty Sexy Money. Os dois atores estavam ótimos, mas nem posso dizer que tenho um grande conhecimento de causa. E Sinise que eu também adoro e que é meu leading man em séries policiais preferido (no momento) ganhou um espacinho, porquê tem feito seu trabalho direitinho, independentemente de eu ser capaz de empatizar com ele ou não.

Melhor Ator de Comédia: Jim Parsons
Runner-up: Alec Baldwin

Menções Honrosas: Charlie Sheen, David Duchovny

Parsons é a melhor coisa a acontecer na comédia esse ano. O resto também me fez rir, mas não tanto.

Melhor Atriz Coadjuvante: Summer Glau
Runner-up: Dana Delany

Menções Honrosas: Elizabeth Mitchell, Sandra Oh, Kelly Rutherford, Lisa Edelstein, Jill Clayburgh, Katey Sagal

Glau é outra vitória incontestável. Headey pode até ter entrado na minha menção honrosa lá em cima, e eu a adoro desde Intrigas, mas nem eu consigo negar que a atriz que interpreta a robô Cameron é a alma de Terminator. E é a melhor personagem feminina do Fall Season. Delany marca presença porquê eu amei tudo o quê ela fez em DH na temporada passada e praticamente só me lembro da trama dela, o quê significa que todo o resto foi esquecível. Uma atriz que salva um temporada inteira de uma série assim merece lugar de destaque. As demais são todas ótimas, mas no caso de Mitchell, Oh, Rutherford e Edelstein, o roteiro nem sempre as ajuda. E no caso de Oh e Rutherford, elas próprias nem sempre se ajudam (tem atriz que faz mais com muito menos material). Mas ainda as adoro profundamente e mais frequentemente que não, elas conseguem ser o melhor ator em cena (tá, para Rutherford não é muito difícil, considerando os atores com ela contracena normalmente, tipo Blake Lively, Connor Paolo e Penn Bagdley).

Melhor Ator Coadjuvante: Michael Emerson
Runner-up: John Noble

Menções Honrosas: Justin Kirk, Matthew Gray Gubler, Glenn Fitzgerald, Jack McBrayer, Simon Helberg, Kunal Nayyar.

Não me perguntem de onde saíram tantos nomes. É incrível como apesar de existirem papéis masculinos principais incríveis, eu consigo citar muito mais nomes de atores coadjuvantes que me impressionaram. Cheguei a escrever Noble como o melhor do ano e depois me dei conta que tinha esquecido completamente de Emerson. Um lapso imperdoável, eu sei. O quê seria de LOST sem Benjamin Linus? Eu odeio Ben com todas as forças e ainda assim, o adoro e acho que ele é a única pessoa que tem a mínima idéia do quê diabos está se passando, o tempo todo. Emerson o construiu de maneira fantástica. Sua ambiguidade constante, seus maneirismos meio de nerd, mas que são assustadores ao mesmo tempo, tudo contribui para tornar Linus o melhor personagem na Tv atualmente.

Prêmio Especial para Melhor Série Velha que eu só fui ver esse ano: The Pretender
Runner-up: Huff

Menção Honrosa: Veronica Mars

Porquê eu sempre sou fisgada completamente por séries antigas? Ano passado não fiz essa categoria, mas considerando que as três séries acima estão entre o quê eu vi de melhor esse ano, superando, inclusive, grande parte do material inédito, elas tinham que aparecer de alguma maneira aqui. Ainda faço um texto especial sobre elas, juro.

Às vezes, eu fico realmente entediada com as metáforas óbvias e tentativas de melodrama de House. Mas às vezes, eu realmente fico tocada por elas. E Joy to the World se encaixa na segunda categoria.
Chega ao hospital uma adolescente de dezesseis anos, Natalie, que depois de uma humilhação pública por parte dos colegas, acaba passando mal em pleno palco durante uma apresentação de Natal. Cuddy começa a se envolver no caso, e é atraída para garota como um imã atrai metal. Ela está ao lado de Natalie o tempo todo e House fica se perguntando, e perguntando a ela, tentando acertar, o porquê. E junto com ele nós também tentamos achar uma resposta. Será que ela foi vítima de bullies na escola ao invés da rainha popular e linda que atraía todos os garotos como House cismou que ela deveria ser? Por quê ela considera que sua vida pessoal era tão ruim? Só devido a dificuldade dela em manter um relacionamento ou algo mais?
Só muito depois de ter assistido o episódio eu fiquei com essa teoria em mente. E me pareceu tão óbvio, mas eu estou apenas tentando adivinhar, como House. Natalie não seria a Cuddy adolescente, mas a Cuddy atual. Ela é sozinha, mas é bem-sucedida. Ela confia nas pessoas, mas é decepcionada e traída repetidamente. E o mais importante, Natalie namorou Simon, que a maltratava, mas secretamente gostava dela; que na frente dos outros era um cretino, mas que na intimidade, ela via o verdadeiro. Soa como o relacionamento de alguém conhecido por todos nós?
Durante todo esse episódio nós temos uma espécie de continuação do que eles estavam fazendo em “Let Them Eat Cake”. Cuddy saiu do escritório de House, mas ela agora está presente todo o tempo na sala de diagnósticos, participando, e quer isso o perturbe ou não, ele está determinado a manter os jogos acontecendo com ela. É claro que ela é boa, joga quase tão bem quanto ele, e as pequenas discussões falham tão miseravelmente em seu objetivo, que é expor a vulnerabilidade do outro, que parece até coisa de adolescentes. Mas como eu já mencionei, Cuddy se importa com Natalie e ela se esforça com aquela obsessão que tem faltado a House ultimamente, e em um momento de epifania, descobre qual é a doença da garota. Algo que ela só poderia ter se tivesse estado grávida. E depois da confirmação de Natalie, lá vai Cuddy procurar o corpo do bebê.
Por um momento, eu achei que algo de muito ruim fosse acontecer com ela. E não entendi o porquê de ela ir procurar o cadáver da criança até ficar claro que os roteiristas não a tinham posto ali para isso. Com meu alívio de ver que o cara que inicialmente a ameaçara era inofensivo, eu passei a me preocupar com a possibilidade de Cuddy, em posse de uma criança que todos acreditavam estar morta, fizesse uma besteira guiada por seu desespero em ser mãe (e pelo fato de que Natalie morreria de qualquer maneira). Mas ela fez a coisa certa, levou a criança de volta, e foi recompensada por isso. Não só ficou com a menininha, mas também recebeu de House aquele pequeno gesto de gentileza que eu não achei que ele fosse direcionar a ela tão cedo.
Ele já tinha sido gentil o suficiente, e eu achei que ele fosse fazer o quê sempre faz: dizer ou fazer algo cruel, para evitar que ela fosse machucada de forma pior no futuro (ou assim ele entende). Mas aquele foi um outro House: um que apoia ao invés de zombar, aquele que Wilson não acredita ser possível, mas que eu acredito existir, e acho que nós já vimos bastante dele, quando Stacy ainda estava no show (ele não era gentil o tempo todo, mas era, e bem mais do quê o normal).
E para provar a Wilson que ele podia ser essa pessoa (já que Wilson jamais veria a cena entre ele e Cuddy), House foi bonzinho com seus pacientes da clínica até que o primeiro trouxa ficasse tão agradecido que lhe fornecesse as provas para ganhar a aposta que fez com o melhor amigo. Adorei toda a trama da mulher que teria engravidado mesmo sendo virgem, mas o quê me fez rolar de tanto rir mesmo foi a cena em quê a mulher usa a bombinha de asma como se fosse um perfume, aplicando o remédio no pescoço. E ainda pergunta a House se ele pensa que ela é idiota! Duh.
Taub e Kutner também tiveram participação na comédia do episódio, mais uma vez. Dessa vez, eles foram investigar sobre um presente que House teria ganho. O quê foi Wilson contando aquela estória sobre Irene Adler? Mesmo quando aparece pouco, Robert Sean Leonard dá um show. Só não foi melhor que Taub colocando House contra a parede sobre ele ter sentimentos em relação a Cuddy. É claro que em se tratando de atuações, porém, o episódio pertence mais uma vez a Lisa Edelstein. Laurie também estava sensacional, como sempre, mas me pareceu que o texto dele foi escrito, em grande parte, para que ele pudesse divertir-se, enquanto a carga dramática ficou em cima de Edesltein.
Acho que House finalmente está sendo aquela série com a qual nos acostumamos nos últimos quatro anos. Os dois últimos episódios foram excelentes, e não vejo razão para a qualidade cair.

Eu fui no IMDB pegar o nome do episódio para escrever esse texto (sempre esqueço os nomes dos episódios) e vi nos créditos que o roteirista Russel Friend foi um dos responsáveis pelo roteiro de Let Them Eat Cake. Russel também escreveu, entre outros, House’s Head, Wilson’s Heart, 97 Seconds e Euphoria: Part 2. Ou seja, alguns dos mais geniais e inesquecíveis episódios de House. Let Them Eat Cake não chegou ao nível desses quatro aí em cima, mas certamente foi divertidíssimo e memorável. Eu assisti o episódio inteiro com um sorrisão no rosto e grande parte da razão é o casal House e Cuddy.
Eu tenho certeza de que muita gente deve estar odiando esta storyline, a maioria por achar que House não combina com romance. Mas é justamente a perspectiva de ver como criarão um romance entre House e Cuddy, dois personagens que não são particularmente ordinários em sua natureza, que me excita. É o fato de que eles podem se enlouquecer de uma maneira estranhamente cômica e outras vezes de maneira estupidamente trágica (Joy, Finding Judas). E Laurie e Edelstein tem química de sobra, então por quê não? E a desculpa de que o House da primeira temporada simplesmente não faria isso simplesmente não cola comigo, que acho que o House da primeira temporada não é o da quinta, porquê personagens, assim como pessoas de verdade, precisam mudar, evoluir, se renovarem através das experiências e experimentações. Isso é parte de viver a vida, é parte do quê torna tudo real. Um relacionamento que você não teria há quatro anos trás pode de repente se tornar viável.
Saindo um pouco do casal, eu adorei ver que o House sacana tem energia para outras coisas além de tentar provar para Cuddy que só a atormenta porquê realmente não gosta dela. O quê foi o Kutner confessando que é dono de um website em que oferece diagnósticos online? Que criatividade absurda. E quando a tal de DeeDee apareceu no hospital procurando por House, morri de rir. Atriz e personagens excelentes, melhor do que a paciente da semana, com certeza. Apesar de quê, a trama foi clichê, mas no final, quando a paciente assume que prefere ser bonita a ser saudável, se redimiu comigo. E Chase que foi esperto, conseguiu sua cota no Website, junto com House e Taub (com todas aquelas cotas, sobrou alguma coisa para o Kutner? Quer dizer, não deu, tipo assim, uns 105% para os outros três, não?). Mas me surpreendi mais com o fato de Cameron ter topado participar da brincadeira. Pena que não vimos mais dela e Chase. Para House ter descoberto o esquema de Kutner, ele deve ter esbarrado no site. Será que House procura por si mesmo no Google?
Agora acho que House voltou de novo aos trilhos. Se eu já tinha confiança na série antes, agora definitivamente minha fé foi renovada.

Eu estava navegando pela página de House no site da FOX e encontrei o link para um artigo sobre House e o amor. É super interessante e cheio de análises profundas de meu médico profundo e confuso favorito. Infelizmente, está em inglês e é enorme (razão pela qual eu não traduzo). Mas para quem anda com a língua em dia, fica aqui a dica e o link: Dr. Gregory House in Love, Part 1: Of Monster Trucks and Vindaloo Curry.

Na minha opinião, a melhor série da temporada até agora tem sido House. Não que ela seja sempre perfeita, mas ela sempre supre as minhas expectativas, quando não as supera. Nesses últimos três episódios, Birthmarks, Lucky Thirteen e Joy, ela definitivamente superou minhas expectativas. Talvez, elas até estejam baixas ultimamente, apesar de eu não achar que eu estou assistindo séries ruins. Mas quando eu comparo House com o resto, parece que a série de David Shore está tão mais bem feita.
House é um organismo saudável, com um cérebro e um coração incríveis. Para min, o cérebro de House é seu roteiro. Toda a parte técnica de House é excelente, a noção de ritmo dos diretores é fenomenal, a fotografia às vezes chega a se de embasbacar, a trilha (quando eu noto) sempre agrada. Mas são as estórias que estruturam House. As estórias das pessoas. Ver House confrontando seu pai morto, ver Thirteen encarando sua condenação a morte de uma maneira que todos condenam, ver Cuddy lutando para ser mãe. É claro que algumas dessas histórias eu provavelmente vi em um outro filme, uma outra série. Mas em House, às vezes tenho a impressão de que estou vendo uma estória única. Eles sabem criar muito bem um contexto envolvente. Eles sabem me cativar. É claro, que nisso também entra o coração de House, as atuações. Nem tanto a Olivia Wilde, e os outros que acabaram de entrar, porquê eu ainda não consegui me tornar uma grande fã deles. Mas Hugh Laurie, Robert Sean Leonard e Lisa Edelstein vieram criando tão bem seus personagens todos esses anos, que eu me envolvi. Não tem como não me comover.
Não teve como não me comover com House, aquele sujeito inapto socialmente, que faz um discurso totalmente acusatório no enterro do pai e com a história de como começou sua amizade com Wilson e com a reparação dessa amizade. Wilson já perdeu tanto que tem medo, medo de perder; House já perdeu tanto, talvez ele tenha medo de perder os outros, mas obviamente ele tem mais medo de perder a si mesmo. Qual dos dois está errado? Acho que nenhum. Não teve como não me comover com Cuddy, que parece ser tão sozinha. E tudo o quê ela queria era alguém. Uma criança, uma filha, que lhe foi negada. Mas no final House joga a corda, e talvez ela vá ter alguém daqui em diante, talvez não, porquê quem vai saber? O House é o House, e ele vai preferir machucá-la a se perder.


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