Séries Addict

Archive for novembro 2008

O blog Espetáculo Mediado surgiu como a proposta para o trabalho final da matéria Mídia e Cultura de Massa, do curso de Mídia da UFF (que eu faço). Tem a colaboração de todos os alunos e está no comecinho, mas está bem legal. Deem uma passada.

O quê é mais importante para você, a liberdade ou o conhecimento? Eu me decepcionei um pouco com esse episódio de House. Não que ele tenha sido ruim, mas é uma questão de expectativas. E como esse era um episódio especial, com um grande acontecimento, as minhas estavam altas. Ao contrário de muita gente, eu não acho que House está ruim, inferior, em decadência, etc. Eu tenho gostado da temporada, que tem sim tido alguns episódios abaixo da média e alguns defeitos de roteiro, mas para min, o começo da terceira temporada foi muito pior (eu odiava Tritter com todas as minhas forças).
Apesar de tudo, Last Resort trouxe através de Jason, interpretado pelo sempre sensacional Zeljko Ivanek (Damages) algumas questões filosóficas, dentre as quais aquela que eu postei acima. Jason não é apenas um homem doente e desesperado. É um homem para quem saber a verdade sobre o quê está acontecendo com ele é o mais importante. Mais importante do quê a liberdade. Honestamente, não saber é aterrorizador, mas eu não sei se seria capaz de trocar uma resposta pelo meu direito de ir e vir.
Eu também me perguntei o quê House escolheria. Parece que ao devolver a arma para o seqüestrador para poder ficar naquela situação e descobrir a doença, ele teria escolhido, assim como Jason, a verdade. Mas House é um personagem complexo, que às vezes se pode entender errado ou perder algumas sutilezas. Ele pareceu bastante desesperado quando percebeu que Jason não ouviria a voz da razão e forçaria a Treze a tomar um remédio que poderia matá-la. Acho que ele pensou que de alguma maneira ele poderia convencer Jason através do bom senso, porquê entendia a angústia dele em não saber e em fazer uma loucura, algo ilegal para descobrir um mistério e se assustou ao perceber que os dois não pensavam da mesma maneira. House é capaz de tudo para salvar uma vida, mesmo que às vezes o orgulho dele pareça estar no comando da investigação da maneira de fazê-lo. Jason era capaz de tirar vidas, porquê o objetivo dele era se salvar a qualquer custo.
Do lado de fora, Cuddy fazia de tudo para ajudar. Tanto, que o policial no comando começou a chamar House de namorado dela. Ela, na verdade, estava fazendo o quê sempre faz. Permitindo que House faça o quê lhe dá na telha. Por isso mesmo, eu não entendo o argumento dela de quê um relacionamento entre dois prejudicaria o julgamento dela. Juntos ou separados, ela confia em House e no julgamento dele cegamente. Da mesma forma que eu quero que os dois parem de ladainha e fiquem juntos, eu os quero separados. Afinal, é muito mais divertido ver House implicando, fazendo piadas e sabotando a sala dela.
A Treze também teve destaque. Ela cooperava com todas as exigências do seqüestrador e quase morreu por causa disso. No começo, eu achei que era bom senso. Alguém tinha que criar um equilíbrio com os comentários cáusticos do House. Mas depois eu vi que ele tinha razão, e Jason também: ela estava agindo de modo suicida. Os fãs da Treze que me perdoem, mas a personagem é simplesmente chata e desinteressante e nem essa última serviu para me fazer simpatizar um pouco com ela. Aliás, quase torci para ela morrer.
Verdade seja dita, House ainda não teve nenhum episódio genial nessa temporada. Ainda tem tempo para tê-los, para deslanchar, e eu não perco minha esperança na série com facilidade. Especialmente porquê em comparação com várias outras séries que estão no ar, ela continua a figurar na minha lista de prioridades com facilidade. Ela ainda é, e acho que por muito tempo será, um bom entretenimento. Minha queixa a respeito de Last Resort é que entretenimento à parte, é bem provável que eu o esqueça. E episódios especiais de House não deveriam ser esquecíveis.

Eu adoro Sarah Connor. Eu não suporto John Connor e seus chiliques de adolescentes. E tudo isso está além da minha compreensão. Afinal, eu sou uma adolescente chata com uma mãe superprotetora também. Como eu posso legitimar a posição dela e não conseguir ficar do meu próprio lado? Eu não sei. Mas quando vejo Sarah com sua serenidade e ao mesmo tempo completamente bitolada e paranóica, eu não consigo deixar de admirá-la. Ela é surpreendente, esperta e ela consegue dar uma baita surra e meter medo em qualquer marmanjo. Dá para não querer ser Sarah Connor quando crescer?
É claro que tem a questão, muito séria, do fim da raça humana que ela precisa evitar. Não precisavam colocar um pai que chega a orquestrar um plano mirabolante para extorquir dinheiro de uma viúva inocente para que o projeto do filho possa ser concluído. Nós entendemos. Sarah, assim como Alex, jogou sua vida pela janela por John. Metade do seu tempo é gasto tentando decifrar o complicado percurso que levou o Skynet àquilo que ele se tornou , com direito a dicas escritas a sangue na parede de sua casa, sonhos e o cepticismo de todos ao seu redor, mas especialmente, de Derek. A outra metade é dedicada a tentar fazer um trabalho mental que baste em John-eu-tenho-o-direito-de-namorar-e-fugir-pro-México. Ela tinha 19 anos quando teve John, praticamente uma adolescente, e não viveu uma vida normal. Na verdade, ela não viveu. Sobreviveu.
Ela é uma mulher com todo tipo de cicatrizes emocionais, mas ela continua lutando. É uma guerreira de verdade. Mas às vezes, quando ela tem que se disfarçar como nesse episódio ou como no episódio em que ela cuidou do garotinho que salvou (Marty), é possível ver que seria fácil para ela se perder em uma outra vida, em um outro tipo de existência. E Derek pode dizer o quê quiser, mas ela não se perde. Ela sempre volta ao objetivo principal, com uma lucidez que assusta.
Às vezes, vendo o show, não parece que estou assistindo a Sarah Connor Chronicles. Por várias vezes, os demais personagens roubam a cena, com tramas melhores, atuações de maior destaque, personagens que se mostram mais complexos e interessantes naquele momento. Sarah às vezes parece até obsoleta. Cameron tem sido, aliás, o grande destaque da série por várias vezes. Então quando eu vejo um episódio como esse, dedicado à Sarah, eu fico muito feliz. Até porquê Summer Glau é fantástica, mas eu adoro Lena Headey. Adoro como ela consegue fazer uma Sarah retraída e um pouco fria, mas ao mesmo tempo amorosa e protetora; como ela consegue aparentar força e suavidade e feminilidade; como ela pode parecer inatingível, mas também tão vulnerável.
De duas das minhas personagens femininas favoritas nos últimos tempos, para duas das mais odiadas. Jesse e Riley já me irritavam separadas, juntas então. O quê foi todo aquele amor entre elas? Será que Jesse já existia na vida de Riley antes de John e foi tudo uma armação, ou ela recorreu a loura depois de ver o quanto ela mexe com o adolescente rebelde? Pelo menos John defendeu a mãe, enquanto Derek é capaz de confiar cegamente em Jesse, que obviamente o está manipulando, mas é agressivo e censura a Sarah.
Eu ainda sinto falta de algumas coisa: da narração de Sarah, das seqüências com música como a do começo de Samson & Delilah ou de quando Cromartie mata os agentes do FBI. Mas esse episódio fez eu me apaixonar novamente pela série.

Há um bom tempo eu venho pensando em mudar o layout. Acho que o blog estava precisando de uma renovação e o novo layout lhe dá um ar mais fresco. Mas a opinião que mais conta é a de vocês. O quê acharam do novo layout?

Desperate Housewives está começando a repetir tramas demais, não? A dona de casa com o adolescente (Gaby e o jardineiro), o marido abusivo (Wayne, o marido de Katherine), Bree tendo que esconder suas imperfeições. O problema não é as tramas estarem ruins, mas que as tramas anteriores foram significativamente melhores. John e Gaby tiveram um longo affair, que teve tempo para convencer e divertir; Wayne, o policial que perseguia a esposa conseguiu me apavorar de verdade e a parte em que ele seqüestra Katherine e Bree foi minha estória favorita na finale; e a trama de Bree foi escrita de maneira um tanto superficial, apesar da representação de Marcia Cross do texto continuar excelente.
Em meio a tudo isso a estória mais original é surpreendentemente a de Carlos e Gaby com a Senhora Hildergraden. Estou adorando as tentativas desesperadas de Virginia de entrar para a família Solis, e as tentativas nem sempre tão convincentes da Gaby de escapar das garras dela. Frances Conroy e Eva Longoria tem estado ótimas.
Outra parte que eu tenho adorado é a de Karen McCluskey e sua irmã Roberta. Eu sempre adorei as ironias da primeira, mas agora ela está se mostrando muito mais sagaz do que eu jamais poderia ter imaginado. E as atrizes Kathryn Joosten e Lily Tomlin também tem sido destaque.
Torço, porém, para que toda a situação com os Schilling acabe logo (apesar de não parecer provável). Eu gosto da Gail O’Grady, mas lhe colocaram em uma situação ruim lhe dando um roteiro tão corrido. E agora que ela está grávida e Porter parece que vai ser preso, ou as coisas vão ficar muito boas, ou vão ficar insuportáveis de se assistir. Marc Cherry, por favor, Felicity Huffman é uma deusa da atuação, não prejudique o trabalho dela. Já chega toda a trama com a crise de meia idade de Tom, que me faz querer bater em Doug Savant, que até algum tempo atrás eu adorava de paixão. A única coisa boa que saiu da parte dele foi a banda, porquê ver o ator James Denton cantando me levou de volta aos tempos que eu assistia The Pretender (leia-se, alguns meses atrás e ocasionalmente, quando tenho saudades) e ficava babando por ele o tempo todo (apesar de seu personagem, Lyle, ser o mal encarnado. Eu não resistia quando ele jogava charme, mesmo quando era para cima da própria irmã).
O incêndio foi um acontecimento bom. Melhor do que o de Bang, mas não tão bom quanto o furacão, na minha opinião. O Dave me dá arrepios, mas eu dou crédito ao ator. O mistério está previsível (a não ser que haja uma grande reviravolta).
A maior reclamação que eu tenho não só a respeito desses episódios, mas a respeito de toda a temporada, é que ela parece estar indo na contramão do que eu comentei abaixo sobre Lipstick. Onde estão as amigas em seus momentos de camaradagem, conversas fiadas e jogos de poquêr? Foi abordado um momento e outro, mas elas estão distantes umas das outras nessa temporada como nunca estiveram.

A cena que abre esse episódio é uma de Wendy, Nico e Victory discutindo os detalhes referentes ao jantar de Ação de Graças, aquele feriado típico americano onde as famílias se reúnem e agradecem pelo o quê têm. Mesmo que o episódio fosse uma droga, já valeria a pena pela camaradagem entre as três personagens naquela pequena cena. Mas o episódio foi muito bom e eu gostei muito.
Nico, Wendy e Victory são uma família unida e forte. Mas as demais relações, o resto de suas famílias, são sempre problemáticas. Wendy que agora coloca toda a sua energia em ser dona de casa (o quê aconteceu com o projeto do filme da menina da copiadora?) se vê abandonada em pleno jantar de feriado quando Shane vai tentar ajudar sua empresária, Josie, cujo cachorro acaba de morrer. Será que ele realmente não vê que ela está dando em cima dele? Para piorar sua mãe alcoolótra estava em casa para colocar coisas em sua cabeça, mas até eu Joyce não é tão má. Victory esteve as voltas com o retorno de Dahlia e a produção de uma vestido de noiva para uma mulher acima do peso. Eu não entendi a volta de Dahlia como boazinha (tá, nem tanto). Eu esperava que ela fosse infernizar Victory por um tempo e acho que seria bem mais interessante. Mas como era Ação de Graças…
Nico ficou, como sempre, com a trama mais interessante. Previsível, todavia. Se desde o primeiro aparecimento do pequeno Charlie eu já tinha a sensação de que a criança fosse terminar nos braços de Nico (eu achei que ela iria surtar e tentar conseguir a guarda do bebê, juro), quando Megan apareceu com o menino na porta de Nico ficou evidente que ela não voltaria. De qualquer forma, Nico já estava interessada em ser mãe e já tinha se apaixonado pela criança. Pelo menos uma coisa boa vinda do marido adultero e da amante má (pegando emprestadas as palavras de Wendy). Isso é claro, lhe trará problemas com Kirby. Mas eu espero que eles não se separem, porquê gosto muito do casal. A cena em que eles transam é uma aula de química e a em que eles tentam acalmar o bebê, além de hilária (graças a dancinha de Robert Buckley) foi impressionante por quanto eles realmente parecem um casal.

Eu, e acho que não apenas eu, estava começando a gostar do Senhor Bart Bass. Ele tem aparecido mais nessa temporada e não parece tão mau ou chato, e apesar do fato de que ele nunca será um Sandy Cohen, ele parece querer que sua família dê certo. Mas nesse episódio eu apenas consegui considerá-lo sinistro. É até passável que ele dê uma de control freak para cima de Lily, afinal, ela se casou com o sujeito, tem que negociar com ele. Mas daí a investigar cada passo de seus enteados é demais, né? Ele invade a privacidade de todos e não confia em ninguém, e ao mesmo tempo, ninguém mais confia nele. Isso não é família. Família não se estabelece com um tirano disseminando paranóia.
Ainda assim, Bart não ganha o troféu de pior marido/pai do seriado. Bass tenta com afinco, mas não páreo para o Capitão Archibald. Se perseguir a esposa e os enteados é passar dos limites, o quê dizer de manipular e seqüestrar esposa e filhos para extorquir dinheiro dos sogros? Já foi tarde para a cadeia.

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É um pouco triste começar a escrever esse texto dias depois do anúncio do cancelamento de Lipstick Jungle pela NBC. A primeira temporada da série não foi muito boa e honestamente, eu esperava que NBC a tivesse cancelado na ocasião. Certamente, eu não me importaria nenhum pouco. Eu nem lembro porquê decidir ver a segunda temporada. Mas baixei a première e fui fisgada. E agora tenho coisas boas para dizer sobre essa segunda temporada que soarão um tanto irrelevantes frente ao fato de que a série vai ser tirada do ar.
A série se poliu, arranjou um foco e floresceu. Suas protagonistas foram desenvolvidas e suas tramas andaram para frente, mudaram, e criaram um ritmo mais fluido para a série. Nico, que desde o começo eu enxergava como a que tinha maior potencial, foi a que mais me surpreendeu positivamente com seu crescimento. Depois da morte de seu marido, ela voltou com Kirby, e aí tivemos tramas novas, que apesar de clichê, funcionaram muito bem devido em grande parte, a química do casal. Também conhecemos sua família em uma das melhores estórias até agora, na minha opinião. Nos foi dada a oportunidade de ver uma Nico muito mais humana, e com a empatia que Kim Raver finalmente exibiu (aos meus olhos, pelo menos), a personagem tornou-se a melhor de Lipstick. Wendy perdeu seu emprego, mas mesmo antes disso já havia uma virada em sua personagem. Ela estava mais interessante. E agora, tentando se achar novamente em sua carreira, está melhor do que nunca. E parece que Victory finalmente está, de fato, reconstruindo sua vida profissional. Mas a sua vida amorosa fica cada vez mais complicada e é divertido vê-la entre o bonitão Rodrigo e sempre neurótico Joe Bennet (versão 2.0, muito mais simpático).
Mas o mais importante dessa temporada é que os escritores, diretores e atrizes conseguiram expor a amizade daquelas três mulheres de uma maneira profunda e significativa, e de forma que até uma menina mal saída da adolescência como eu pode se identificar completamente. Quem não fez parte um grupinho de amigas (ou mesmo de uma dupla) que é formado por meninas ou mulheres distintas, que discutem, mas nunca se separam; que competem, mas nunca brigam; que se ajudam, mesmo que a outra não tenha exatamente pedido por ajuda?
Com toda a química que as atrizes e seus pares românticos exibem, ainda assim a relação mais terna do show é entre as três. E com todas as comparações que a série teve com Sex and the City, o aspecto em que as duas se assemelham e se emparelham é justamente no retrato de uma amizade genuína e duradoura, capaz de tocar o espectador. É uma pena que os números de Lipstick não tenham sido suficientes para mantê-la na grade da NBC.

Os episódios mais dramáticos de House são geralmente sensacionais, e quase sempre entram na lista de muita gente de melhores episódios da série e até em listas de melhores entre todos os seriados. Eu geralmente amo esses episódios. Mas eu, muitas vezes, também amo episódios como The Itch, que depois de um tempo são quase ignorados. Episódios mais suaves, cheios de esperança.
Depois do beijo, vimos agora as reações. Wilson descobriu e tentou bancar o cupido. House resistiu de um lado, Cuddy resistiu do outro, e nada aconteceu. Os dois tinham boas razões, mas quem liga pra isso? Eu iria adorar vê-los juntos e seria uma grande revolução na série. E o jogo de gato e rato me deu pena do Wilson. Ele tinha uma idéia, mas Cuddy logo descobria quais eram as verdadeiras intenções e House saía pela tangente daquele jeito eficiente que só ele possui. Foi, todavia, hilário.
O paciente da semana foi um homem que tinha medo do mundo, que não saía, e que não conseguia deixar as pessoas entrarem. Apesar de ser óbvia, a metáfora é bastante válida. House não consegue se abrir para o mundo e não consegue realmente mergulhar fundo nele, e Cuddy tenta, mas nunca dá certo. Eles são pessoas traumatizadas, e são sozinhos. Então, acho honesto confessar que esse episódio me deixou com uma baita coceira. Uma coceira de vontade de ver essas duas pessoas ficarem juntas. Principalmente depois do discurso do House para o paciente, quando ele o chama de covarde e diz: “Você quer mudar sua vida, faço algo. Não acredite nas suas próprias racionalizações. Não se prenda, fingindo que é feliz”. A dificuldade é ele seguir o próprio conselho. O paciente enfrentou o medo, mas ele não conseguiu. Foi até a casa de Cuddy e se acovardou no último minuto. A minha dúvida é: acabou ou eles vão desenvolver tudo devagar durante a temporada? Se for o primeiro, eu não vou ficar não feliz, afinal, não precisava provocar com esses dois últimos episódios e deixar uma lunática como eu cheia de esperanças, né?
Outro ponto alto do episódio foi a presença constante de Cameron e Chase. Os dois estavam tão sumidos, e eu sentia tanta falta. Foi como nos velhos tempos. Adorei. E adorei ver como os relacionamento dos dois progrediu. Cameron também era uma pessoa cheia de receios, traumatizada pela perda do marido e às vezes, na série, ela parecia estagnada. E é triste que agora que ela está crescendo e mudando agente não esteja vendo. Às vezes eu queria que os produtores mudassem de idéia e tudo voltasse a ser como era antes, com a equipe antiga. House não é o único que gostaria que a vida continuasse igual.

O quê está acontecendo com Gossip Girl? De repente, todos os personagens estão adquirindo consciências e vendo que ser bonzinho é muito mais válido? E que nome mais clichê, Fogueira da Vaidade, para um episódio que trata de adolescentes percebendo que o mundo não gira em torno do seu umbigo, colocando a si mesmos de lado e fazendo o melhor para o próximo. Dan ganhou uma trama ridícula que só serviu para que não tenhamos mais que ver Bart Bass tratando o próprio filho como lixo completo sem motivo aparente, o quê, convenhamos, era mais ridículo ainda. Dan, depois de perceber que tinha que ser um pouco menos cheio de moral (nada contra a ética, mas Dan era o personagem que eles tentavam tornar tão correto, que ele se tornou um insuportável que julgava todo mundo), entrega a estória sobre Chuck para conseguir uma recomendação para Yale. E com ela, chama a atenção do editor da New York Magazine. Primeiro ele usou as pessoas que conhecia, depois foi usado por causa das pessoas que conhecia. Que ele iria ouvir seu pai e preferir ficar com seus valores ao invés da oportunidade de carreira como escritor era óbvio. Surpreendente foi ver Bart Bass caindo com aquela facilidade na armadilha de Dan. E o quê mais me irrita é que eles criam uma história dessas e desperdiçam completamente o potencial dela. Bart forjou um incêndio, foi responsável pela morte de um homem. A questão ética não deveria ser se Dan deveria ou não escrever um artigo que poderia arruinar os Van Der Woodsen/Bass.
Já um dos momentos mais aguardados por mim, o aparecimento de Cyrus Rose, foi completamente decepcionante. Cyrus era para ser repulsivo, e terminou como esquisito e feio, mas adorável. E com Blair fazendo a coisa certa de novo. Enquanto isso, o filho de Cyrus, Aaron, prova-se um par ainda mais inadequado para Serena. Os dois estão protagonizando o romance mais sem sal ever. E olha que isso é uma marca e tanto considerando os padrões de Gossip Girl. As amigas de Blair apareceram, mas também não fizeram nada demais.
A única parte excitante do episódio foi a de Jenny. Quando lembro da Little J do piloto, mal consigo acreditar em como a personagem cresceu. E a estória dela está andando para frente, e está com tudo. Como já se era de esperar, as coisas não ficaram tranqüilas nem por um minuto. Agnes é um furacão temperamental, e quase levou Jenny para o fundo do poço. Mas mesmo com seus vestidos queimados, os pais se recusando a assinar a autorização que ela precisa para a trabalhar e sem nenhum lugar para viver, Jenny segue em frente, tentando tudo o quê pode. Quem vai ficar de coração partido é o Rufus, quando descobrir que ela pediu a emancipação. Eu só quero ver o quão longe ela vai dessa vez. Será que ela vai sair vencendo pelo menos um pouquinho, ou vai ser obrigada a colocar o rabo entre as pernas e fazer uma saída estratégica como na temporada passada? Eu espero que não. Eu realmente estou gostando desse novo caminho na vida dela.


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