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Episódios envolvem religiões sempre têm uma certa tendência a divagações filosóficas e éticas que muito me agradam. Eu não sou religiosa, mas eu tento ser o mais tolerante possível com as crenças das pessoas, motivo pelo qual eu sempre fico um pouco chateada quando vejo o quê acontece quando alguém falha em se encaixar em um modelo de pensamento ou comportamento. E o pior disso tudo é que é a falta de compreensão e aceitação não fica apenas entre meros estranhos, mas é até mais comum entre membros de uma mesma família.
O quê é o caso de Matthew Benton, a vítima principal de Demonology. Amigo de adolescência de Emily, Matthew se rebelou contra a religião católica depois que Emily, ao engravidar aos 15 anos de idade e optar pelo aborto, foi alienada e maltratada pelo Padre deles. Revoltado pela rejeição da pessoa com quem ele achava que podia contar, Matthew começou a questionar sua religião, o quê somado a seu vício em drogas acabou convencendo seus pais de quê ele estava possuído. E com essa convicção eles não apenas consentiram a presença de um homem cujas segundas intenções consistiam no assassinato de seu único filho, eles estiveram no quarto enquanto Matthew morria, e não fizeram nada para salvá-lo.
Com uma trama dessas, e as responsabilidades de cada um firmemente calcadas em fés inabaláveis, é até difícil atribuir culpas. E as questões morais de Demonology são o grande destaque do roteiro de Chris Mundy. Aliás, faço um pequeno desvio do assunto para comentar que Mundy é sem dúvidas o melhor roteirista de Criminal Minds. Responsável pelos textos de Lo-Fi, In Birth and Death, Revelations e Sex, Birth, Death, entre outros, Mundy é extremamente competente em criar crimes interessantes e complexos, sem recorrer a grandes reviravoltas, e explorar e desenvolver os personagens principais da série.
E a Prentiss, que há muito tempo merecia um episódio quê lhe desse bastante destaque, teve uma das tramas focadas mais interessantes da série. Além de carregar o peso de ter feito algo que não queria para ser aceita e ter acabado grávida (meu palpite é que essa coisa seja ter tido relações sem utilizar anti-concepcionais) e de fazer um aborto, o peso de manter isso em segredo por vários anos e de ter complicado a vida de seu melhor amigo, que se tornou problemático após o acontecido. E o quê dizer de Paget Brewster? Sua Emily vivaz e forte simplesmente desaparece dentro dessa mulher culpada, frustrada, triste e angustiada. Ela tem estado ótima a temporada toda, mas em Demonology ela tem que fazer algo totalmente diferente e se reinventar dentro de Prentiss que mostra, durante os quarenta minutos de projeção, um lado totalmente novo.
Como boa shipper que sou, eu esperava que houvesse mais interação entre Hotch e Prentiss. E mesmo que não fosse Hotch, de todos os personagens, o quê eu menos esperava que fosse ser o grande apoio de Emily durante esse episódio era Rossi. Por um lado, foi mancada dos escritores escolherem justo ele, que é a pessoa menos íntima de Prentiss. Reid, Morgan, Garcia ou JJ se encaixariam melhor.
Por outro, eu gostei de todas as atitudes de Dave, de todos os diálogos, e em nenhum momento eu achei que o suporte que ele deu a Emily soou falso. Dave foi a única pessoa que percebeu que Prentiss precisava de atenção, e precisava não ser julgada ou colocada contra a parede. Eu acreditei no afeto genuíno dele por Emily. Às vezes eu sinto que Rossi não se encaixa tão bem na equipe quanto o resto, mas aqui sua interação foi perfeita. Pela primeira vez, eu o vi como uma figura paterna para alguém do time, e apesar de tudo, não me pareceu algo repentino ou forçado. Joe Mantegna merece parabéns pela segunda melhor performance do episódio e por estar gradualmente me conquistando nessa quarta temporada.
Para encerrar, eu só queria falar um pouquinho sobre o sangramento nasal de Emily, porque esse sangramento está gerando mais teorias que os de Lost. Algumas pessoas acham que o sangramento de Prentiss pode ser uma combinação de estresse e tempo frio. Eu acho bem possível, e a minha primeira teoria foi de que essa seria uma forma de demonstrarem o quanto tudo aquilo havia abalado a agente e a levado a beira de um colapso. Mas depois de ler vários comentários, eu revi o episódio e percebi que em todas as cenas de exorcismo, as vítimas tinham sangramentos nasais. E o Padre jogou água benta em Emily e John. Então é bem provável que a água benta estivesse mesmo contaminada. Mas eu não acho que vá levar a nenhuma condição séria.

Em certa altura de Bloodline, um dos UNSUBS, no exato momento em que é preso por Morgan, relembra como na antigüidade os guerreiros invadiam cidades, matavam homens, mulheres e meninos, mas ficavam com as garotas. Na época, era uma tática de sobrevivência que permitia que aqueles homens perpetuassem suas linhagens de alguma maneira.
Bloodline aborda um crime de essência semelhante. Aqui a questão já não é mais a sobrevivência, mas a tradição. Porém, o quê somos nós enquanto sociedade se não ritualistas? Nós todos acreditamos que nós entendemos como funciona o mundo e que passamos para frente os mecanismos que consideramos essenciais a nossa existência. Por isso, Bloodline não é somente sobre um crime. É sobre uma sociedade atacando o modo de vida da outra; sobre uma sociedade se defendendo da outra. É sobre a segurança que todo ser humano procura, e que geralmente encontra naquilo que é comum a seus semelhantes. Bloodline é um daqueles episódios que me faz questionar e refletir. Mesmo que sua abordagem não seja macro, mas feita através do olhar dos agentes da BAU que voam para o Alabama para encontrar uma garotinha de 10 anos, raptada oito horas antes.
Os responsáveis, uma família cujo filho tem idade semelhante a da menina raptada e cuja mãe também havia sido raptada, como a menina, muitos anos antes e transformada em esposa e mãe. O roteiro é simplesmente brilhante. Para aquele grupo de pessoas, aquela micro-sociedade, levar sua existência tal como eles aprenderam e acreditam ser sagrado, eles atacam o nosso modo de vida, roubando meninas da nossa sociedade e transformando-as neles. Nós nos defendemos e ao mesmo tempo, contra atacamos, os punindo por fazerem aquilo que na nossa sociedade é contra-lei. E como defesa, eles se fecham em silêncio e protegem seus “irmãos”. Em essência, é um guerra de costumes.

O episódio também apresenta a questão da Síndrome de Estocolmo: adapte-se ou morra. Eu já acho que é uma questão mais complexa: fique isolado dentro de uma única maneira de pensar, tendo acesso a apenas um tipo de ideologia, e é difícil qualquer pessoa questionar qualquer coisa. E não é só algo que aconteça com pessoas em cativeiro. Na verdade é incrível como mesmo pessoas que tem contato com outros tipos de idéia, seja através de outras pessoas ou através dos meios de comunicação de massa, às vezes mantêm uma mesma maneira de pensar a vida toda, e não conseguem entender outros pontos de vista de maneira alguma.
O crime afeta Todd desde o começo e já nos primeiros minutos eu percebi que ela teria outra das crises dela. É fato que a personagem foi posta ali para nos mostrar o quanto o trabalho na BAU é difícil. No final, quando ela diz a Hotch que espera que ele dê o devido valor a JJ, eu meio que senti como se fosse uma mensagem dos produtores para nós telespectadores. E mesmo que não seja, é algo que aconteceu comigo. Eu nunca dei nada por JJ, mas senti falta dela e fico feliz que ela estará de volta já no próximo episódio. Infelizmente Jordan me pareceu emocional demais e competente de menos. E eu nunca cheguei a gostar da Meta Golding, o quê significa que a partida dela não tem nenhum efeito em mim.

Outra constatação que Jordan faz (e que é muito óbvia, porquê é algo que qualquer fã da série consegue dizer) é que o time da BAU é uma família, e que uma família acaba incorporando os traços mais marcantes de seu líder. Foi impressão minha ou isso soou como uma acusação partindo de Todd de que o resto do time esconde suas emoções porquê Hotch o faz? Eles são super controlados sim, e como Rossi aponta bem, eles se escondem atrás da linguagem para não deixar os casos os atingirem de maneira muito dura, mas como Morgan responde de maneira perfeita, é a maneira que eles tem de se manterem objetivos e consequentemente, eficientes.
E o fato de eles serem frios e centrados não os torna menos humanos. Aliás, frieza e objetividade não faz de ninguém menos humano, da mesma maneira que excesso de emoção não torna a pessoa fraca (mas em alguns casos, a torna irritante para pessoas que não compartilham seu modo de se comportar, o quê eu sorrateiramente deixo como justificativa da minha completa desconsideração para com Jordan Todd). E Morgan, Reid, Prentiss, Rossi e até mesmo Hotch não são imunes ao sofrimento alheio em momento nenhum.
Pelo contrário. Nesse episódio, Hotch rapidamente empatizou com o pai ausente da primeira vítima de seqüestro, Cate Hale. E Thomas Gibson esteve absolutamente sensacional durante os quarenta e tantos minutos de projeção, mas alguns de seus melhores momentos são com o pai de Cate, especialmente quando ele lhe confidencia sobre não saber se seu filho Jack teria gostado de um presente de Natal dado por um de seus colegas (e meu curioso cérebro na hora começou a pensar sobre quem poderia ser o tal “colega” e como boa shipper que sou, eu espero que tenha sido Emily).


A cena só não superou a rotina tira bom/tira mau que ele faz com Prentiss para tentar abalar a seqüestradora/seqüestrada Kathy Gray. E Emily é perfeita para o papel de boazinha, porquê novamente ela é quem consegue lidar melhor e de maneira mais doce e calorosa com as vítimas. Prova disso é a fantástica cena da entrevista cognitiva em que ela interroga Cate. Paget Brewster e Adair Tishler (a Molly de Heroes) estão fantásticas, e tornam uma cena que já era bem feita em algo extraordinário.
Além deles, tem sempre Garcia e suas ótimas tiradas cômicas, que fazem tudo aquilo não parecer tão horrível pelos poucos segundinhos que ela fica na tela. E Kirsten Vangsness sempre merece menção por seu ótimo trabalho sobre um texto que é tão geek que não pode ser fácil de transpor para a tela da maneira engraçada e adorável que ela faz. Mas no geral, tirando Meta Golding, todo o elenco estava absolutamente afiado, incluindo os atores convidados Cynthia Gibb e Andrew Divoff (que coincidentemente interpreta o mais novo nêmesis de Horatio Caine em CSI Miami). O quê tornou a experiência de assistir Bloodline ainda mais gratificante.

Ano novo, coluna nova. E essa coluna é o Top 10 de melhores episódios da semana. Eu sei que com as reviews parece um pouco redundante, mas não é. Primeiro, porquê eu não consigo escrever sobre todas as séries que assisto aqui. E ultimamente eu tenho atrasado um pouco as reviews, e me desculpo por isso. É um problema que eu ainda tenho que solucionar, mas no meio tempo, vocês já ficam sabendo o quê eu vi e do quê eu gostei mais. Eu não vou usar notas, porquê desisti desse sistema faz um tempo. Era muito rígido, e eu acho que não acrescentava nada ao quê eu tinha para dizer. Mas eu vou usar os MVPs, que para quem não sabe, significa Most Valuable Player, e é usado por blogueiros para designar o melhor ator em cena em um episódio. O segundo motivo por eu ter decidido começar essa coluna é que me ajuda a colocar em perspectiva os episódios que assisti. Quando eu faço uma review, eu procuro apontar criticamente o quê eu vi como qualidade ou como defeito. O quê às vezes faz com que eu perca um senso mais geral sobre o episódio. Avaliá-los de maneira comparativa me ajuda a perceber o quanto um episódio foi bom de verdade, respeitadas as devidas características específicas de cada show e a questão da subjetividade. É um exercício muito bom e me permite também trazer minha intuição para os julgamentos que eu faço, já que durante uma crítica geralmente eu fico tão imersa em análises e dissecações técnicas que coloco o instinto um pouco de lado. Bom, sem mais delongas, o primeiro Top 10 Most Addictive da Semana.

1. Damages – 2×02 – Burn it, Shred it, I don’t Care (MVP: William Hurt, Glenn Close)
2. CSI NY – 5×12 – Help (MVP: Gary Sinise, Hill Harper)
3. Desperate Housewives – 5×12 – Connect! Connect! (MVP: Marcia Cross, Felicity Huffman, Nicollette Sheridan)
4. Nip/Tuck – 5×16 – Gene Shelly (MVP: Dylan Walsh, Julian McMahon)
5. The New Adventures of Old Christine – 4×13 – Notes on a 7th Grade Scandal (MVP: Julia Louis-Dreyfus)
6. Criminal Minds – 4×12 – Soul Mates (MVP: Paget Brewster)
7. Grey’s Anatomy – 5×12 – Sympathy for the Devil (MVP: Eric Stoltz, Jessica Capshaw)
8. Two and a Half Men – 6×12 – Thank God for Scoliosis (MVP: Jon Cryer)
9. 24 – 7×01 – 8:00 a.m.-9:00 a.m. (MVP: Kiefer Sutherland, Carlos Bernard)
10. Gossip Girl – 2×15 – Gone with the Will (MVP: Kelly Rutherford)

A minha espera pela volta de Criminal Minds foi tão grande, que eu acho que estava mais ansiosa pelo retorno da série policial do quê pelas estréias das temporadas de Lost e Damages. Eu estava morrendo por um pouquinho do time de profilers, de Quantico, das frases hilárias da Garcia, da genialidade do Reid, do charme e a determinação de Morgan, da serenidade e sabedoria do Rossi e da perspicácia e segurança de Prentiss e Hotch.
Porém Soul Mates não nos leva a território familiar. Ele tira o confortável de debaixo de nós como se puxasse um tapete, e utiliza-se, novamente, de uma estrutura narrativa diferenciada. Ao invés de acompanharmos a equipe recebendo debriefing do caso em Quantico, o avaliando, fazendo o brainstorming no jato e começando a traçar o perfil e procurar por suspeitos, já começamos com a prisão de um suspeito. Uma prisão que é um tanto precipitada, considerando que não há muitas evidências, e com isso eles tem pouco tempo para quebrar William Harris.
Sim, a partir daí a maneira de conduzir a trama lembra muito Masterpiece. Só que é muito melhor que o episódio com Jason Alexander (que a cada vez que eu reviso na minha cabeça, só me parece pior, mas eu ainda vou vê-lo de novo para reavaliar). Todavia, parece que depois de 52 Pickup, o nível caiu de brilhante para apenas muito bom. Soul Mates é ótimo, mas ainda não me empolgou como o começo dessa temporada. É claro que se eu vejo um episódio ótimo, que fica acima de vários outros episódios de outras séries, e ainda assim acho que está abaixo da média da temporada, isso mostra o quanto a qualidade está alta. E com o nível tão alto, não tem como a expectativa não ficar alta demais também.
William Harris é um ótimo personagem. Ele é tudo aquilo que Prof. Rothchild não conseguiu ser. Arrogante, seguro, educado, insensível. E em um caso raro, seu parceiro, Steven Baleman, também o é. Dois sujeitos dominadores, em uma parceria extremamente forte, mas que é abalada assim que a BAU começa a plantar evidências de traição, e a fé de Baleman na lealdade de seu parceiro balança.
O roteiro trouxe um caso extremamente coeso, com um profile interessante e um trabalho de equipe afiado. O time é dividido: Rossi e Morgan entrevistando e tentando manipular o suspeito (com destaque para Morgan, que se mostra cada vez melhor em coagir os UNSUBs), Reid fazendo análise lingüística de um Live Journal que ambos os suspeitos mantinham para se comunicar (e se em Angel Maker tivemos o “He’s so life-like!” da Prentiss, aqui tivemos Rossi dizendo ao detetive responsável que o gênio “Foi deixado em uma cesta na porta do FBI” quando perguntado sobre onde eles encontraram Spencer), Garcia como sempre conseguindo as informações necessárias direto de seu bunker, e Hotch e Prentiss falando com a família e demais pessoas de interesse (e como eu sou shipper dos dois, adorei vê-los grudados o tempo todo durante a investigação).

Prentiss continua ganhando destaque. Ela é uma quase Hotch, e nessa temporada está assumindo bastante uma posição de liderança, mas ela é quase tão calorosa e se relaciona tão bem com as pessoas quanto JJ (e para quem nunca deu nada pela loura como eu, é duro admitir, mas ela faz muita falta, especialmente porquê Todd não convence, e mesmo que conseguisse convencer, ela mal apareceu). O elenco todo faz um trabalho notável, mas Paget Brewster é a estrela dessa quarta temporada. A expressividade dela é tão grande, que me deixa triste saber que por causa da natureza da série sua composição não será tão reconhecida como merece. E além dela, Matthew Gray Gubler, continuando a ser espetacular, também se sobressai.
O diretor John Gallagher (No Way Out, Seven Seconds) também soube conduzir muito bem o material que tinha em mãos. Eu fiquei extremamente tensa no momento do climax, o final, quando Steven rapta Andrea, a filha de William, mas ainda assim o suspeito se recusa a assumir a culpa pelos crimes e dar o paradeiro do parceiro para que a BAU possa resgatar sua única filha das mãos de um estuprador em série e assassino. Mas enfim a BAU consegue o suficiente para prender os dois. E eu mal posso esperar pelo próximo.

Só lembrando que por 2008 inclui-se o ano todo, e não só a Fall Season. Além disso, ao começar a fazer essa lista eu tentei pensar em todos os nomes mais mencionados, os queridinhos da crítica e dos formadores de opinião (bloggers), os concorrentes aos principais prêmios. O problema é que quase nenhum entra nessa lista simplesmente porquê eu não estou assistindo a quase nenhum. Assim que eu me deixei levar, a lista saiu facilmente. E eu honestamente não vou colocar na minha cabeça que eu só vejo porcaria, porquê eu acho que não é bem por aí. Cada série nessa lista, cada ator, tem uma razão para estar ali. Mas não vou mentir que essa lista é extremamente subjetiva. Apesar do nome do post, essa é uma lista das coisas que eu mais adorei esse ano, que mais me comoveram, surpreenderam ou excitaram. Que sob o meu olhar, foram destaque de alguma maneira. E se é uma lista no mínimo diferente, eu espero que sirva para interessar as pessoas em coisas que estão aí, no ar, e que elas desconhecem o quão boas são. Eu também tenho a mania de incluir alguns atores em séries que eu não vi inteiras, mas não consigo incluir séries cujos episódios eu tenha perdido. Isso explica por exemplo a presença de Duchovny, mas a ausência de Californication.

Melhor Série Dramática: LOST
Runner-up: Criminal Minds

Menções Honrosas: Lipstick Jungle, House, Terminator: Sarah Connor Chronicles, CSI:NY

Foi difícil escolher. As duas séries no topo me deixaram na ponta da poltrona, me mordendo, falando com o PC, rindo e chorando. LOST foi uma série que me conquistou desde o início, e com a qual eu me revoltei em ocasiões, quase abandonei durante a segunda temporada (que eu odiei, period), mas que me emocionou muitas e muitas vezes e sempre consegue puxar o tapete de debaixo dos meus pés. Eu achei essa quarta temporada brilhante. Reclamei de várias coisas, mas qualquer que seja a série, eu sempre tenho reclamações a fazer, algumas completamente irracionais até. Já CM foi crescendo sutilmente no meu gosto. Antes um policial que eu considerava inteligente e tecnicamente bem feito, mas que ficava abaixo em preferência das franquias CSI, Criminal Minds conseguiu me conquistar completamente e se tornar meu show investigativo favorito, e surpreendentemente foi o quê vi de melhor na Fall Season. Lipstick aparece logo depois, me surpreendendo completamente com uma segunda temporada cativante depois da medíocre primeira. House até está tendo uma temporada que não é a sua melhor, mas eu ainda estou gostando. E esse posicionamento aqui também é, em grande parte, responsabilidade do final da quarta temporada, que foi inquestionavelmente fantástico. Sarah Connor foi uma grande descoberta. Gostei, apesar de implicar com um milhão de coisas. A primeira temporada (que eu vi na Warner, na época em que eles ainda eram canal de séries) me agradou bem mais, mas a segunda pode surpreender agora mais para o final, com as pontas se amarrando. E CSI:NY é aquela série que é tecnicamente tão impecável, que eu não consigo deixá-la de fora de uma lista dessas, apesar de eu considerá-la um pouco fria, e ter problemas pra gostar dos personagens. É simplesmente A série na qual eu não vejo defeito nenhum (além do supra citado).

Melhor Série Comédia: Big Bang Theory
Runner-up: 30 Rock

Menções Honrrosas: The New Adventures of Old Christine, Weeds, Two and a Half Men

Eu não sei como isso aconteceu, mas 30 Rock foi completamente desbancada. A série cômica que atualmente mais me surpreende, agrada e, o principal, faz rir, é Big Bang. Ainda assim, tem espaço aqui para menções a sempre primorosa 30 Rock (a CSI: NY cômica), Old Christine (que eu amo demais), Weeds (que eu amo demais também) e Two and a Half Men (que se repete o tempo todo, e me deixa com a impressão de que eu estou vendo coisas repetidas todo episódio, mas me faz rir mesmo assim).

Melhor Atriz Dramática: Paget Brewster
Runner-up: Kim Raver

Menções Honrosas: Leighton Meester, Lena Headey, Melina Kanakaredes

Essa é uma categoria extremamente perniciosa para mim. Eu nunca escolho os mesmos nomes que a maioria das pessoas e quando eu começo a colocar os nomes no papel, eu sempre fico com dó de escolher só uma. Ser uma leading lady não é fácil. Nem todos os papéis da Tv são bons ou profundos o suficiente, e sempre parece que os homens ficam com os mais legais. A Leighton Meester, por exemplo, quase entrou como runner-up e até mesmo pensei em colocá-la no posto máximo. ADORO Blair. Ela é uma personagem feminina, jovem e é politicamente incorreta o suficiente para eu considerá-la uma das melhores coisas na Tv atualmente. E sua intérprete, Meester, é simplesmente perfeita. Mas apesar de continuar sendo a alma de Gossip Girl, acho que Blair perdeu um pouco de seu ardor e acho que Raver e Brewster acabaram batendo Meester pelas primeiras posições por terem sido mais memoráveis na minha cabecinha. Raver, de quem eu sempre gostei, é a alma de sua série. Sim, sua personagem Nico perde de longe para Blair. Ela é mais quadradinha, mais dramática, tem menos edge (não consigo achar uma palavra melhor). Mas ela é mais profunda, mais sutil e atuação de Kim me tocou mais fundo. Já Brewster pode ser uma escolha que ninguém vai entender e muitos virão aqui dizer que ela é coadjuvante, mas eu acho que ela está assumindo o posto de protagonista feminina de CM e com louvor. Repentinamente a personagem evoluiu enormemente frente aos meus olhos e eu ainda estou boba. E é tudo trabalho de Brewster, porquê apesar de sua Emily Prentiss estar ganhando destaque, a verdade é que os personagens principais tem poucas chances em dramas procedurais como Criminal Minds para expor algum traço marcante de personalidade e conquistar o espectador. E ela conseguiu me conquistar.

Melhor Atriz de Comédia: Tina Fey
Runner-up: Mary Louise Parker

Menções Honrosas: Julia Louis-Dreyfous, Eva Longoria

Parker perdeu seu lugar de honra para Fey, porquê a intérprete de Liz Lemon tem feito muito, muito bonito como a escritora nerd do The Girlie Show. Ainda assim, Parker arrasou o suficiente para estar bem pertinho dela no topo. E o mais importante é que ela conseguiu passar grande parte da temporada sendo apenas boa e em uma cena, conseguiu deixar todos os fãs aplaudindo sua atuação de pé. Dreyfous sempre me faz rir, ela é o Charlie Sheen mulher para mim. E Longoria teve uma temporada sensacional e está finalmente mostrando que é, de fato, uma atriz bem talentosa.

Melhor Ator Dramático: Hugh Laurie
Runner-up: Gary Sinise

Menções Honrosas: Charlie Hunnam, Donald Sutherland

Categoria sempre difícil para mim também, mas pelo motivo oposto de Melhor Atriz. Hugh Laurie sempre ganha, e depois eu fico que nem uma idiota tentando encontrar pelo menos mais dois nomes pra mencionar. A verdade é que vi muito pouco de Sons of Anarchy e Dirty Sexy Money. Os dois atores estavam ótimos, mas nem posso dizer que tenho um grande conhecimento de causa. E Sinise que eu também adoro e que é meu leading man em séries policiais preferido (no momento) ganhou um espacinho, porquê tem feito seu trabalho direitinho, independentemente de eu ser capaz de empatizar com ele ou não.

Melhor Ator de Comédia: Jim Parsons
Runner-up: Alec Baldwin

Menções Honrosas: Charlie Sheen, David Duchovny

Parsons é a melhor coisa a acontecer na comédia esse ano. O resto também me fez rir, mas não tanto.

Melhor Atriz Coadjuvante: Summer Glau
Runner-up: Dana Delany

Menções Honrosas: Elizabeth Mitchell, Sandra Oh, Kelly Rutherford, Lisa Edelstein, Jill Clayburgh, Katey Sagal

Glau é outra vitória incontestável. Headey pode até ter entrado na minha menção honrosa lá em cima, e eu a adoro desde Intrigas, mas nem eu consigo negar que a atriz que interpreta a robô Cameron é a alma de Terminator. E é a melhor personagem feminina do Fall Season. Delany marca presença porquê eu amei tudo o quê ela fez em DH na temporada passada e praticamente só me lembro da trama dela, o quê significa que todo o resto foi esquecível. Uma atriz que salva um temporada inteira de uma série assim merece lugar de destaque. As demais são todas ótimas, mas no caso de Mitchell, Oh, Rutherford e Edelstein, o roteiro nem sempre as ajuda. E no caso de Oh e Rutherford, elas próprias nem sempre se ajudam (tem atriz que faz mais com muito menos material). Mas ainda as adoro profundamente e mais frequentemente que não, elas conseguem ser o melhor ator em cena (tá, para Rutherford não é muito difícil, considerando os atores com ela contracena normalmente, tipo Blake Lively, Connor Paolo e Penn Bagdley).

Melhor Ator Coadjuvante: Michael Emerson
Runner-up: John Noble

Menções Honrosas: Justin Kirk, Matthew Gray Gubler, Glenn Fitzgerald, Jack McBrayer, Simon Helberg, Kunal Nayyar.

Não me perguntem de onde saíram tantos nomes. É incrível como apesar de existirem papéis masculinos principais incríveis, eu consigo citar muito mais nomes de atores coadjuvantes que me impressionaram. Cheguei a escrever Noble como o melhor do ano e depois me dei conta que tinha esquecido completamente de Emerson. Um lapso imperdoável, eu sei. O quê seria de LOST sem Benjamin Linus? Eu odeio Ben com todas as forças e ainda assim, o adoro e acho que ele é a única pessoa que tem a mínima idéia do quê diabos está se passando, o tempo todo. Emerson o construiu de maneira fantástica. Sua ambiguidade constante, seus maneirismos meio de nerd, mas que são assustadores ao mesmo tempo, tudo contribui para tornar Linus o melhor personagem na Tv atualmente.

Prêmio Especial para Melhor Série Velha que eu só fui ver esse ano: The Pretender
Runner-up: Huff

Menção Honrosa: Veronica Mars

Porquê eu sempre sou fisgada completamente por séries antigas? Ano passado não fiz essa categoria, mas considerando que as três séries acima estão entre o quê eu vi de melhor esse ano, superando, inclusive, grande parte do material inédito, elas tinham que aparecer de alguma maneira aqui. Ainda faço um texto especial sobre elas, juro.

Esse texto contém Spoilers para quem não está acompanhando a série de acordo com a exibição americana.

Brothers in Arms falou de um serial killer que estava focando-se em policiais, deixando toda a população apavorada. Mesmo assim, a presença da BAU não foi bem-vinda. O perfil do suspeito era até bom, o episódio foi todo bem feitinho e Derek fez bonito mostrando que entendia os policiais e se importava, mas eu passei o episódio inteiro me perguntando, CM já não teve um episódio exatamente assim antes? Eu vejo tantas séries, que nem sempre minha memória é confiável, mas eu tenho quase certeza que sim.
O último episódio do ano, Normal, apelou para uma maneira diferente de filmar e editar. Nós conhecemos o suspeito o tempo todo, conhecemos sua família. Eu senti pena dele, vendo como ele era tratado pela esposa e filhas (que pode ser também parte da ilusão dele), vendo como ele perdeu a filha caçula e sabendo que ele estava apenas surtado. Foi um episódio em que nós tivemos uma ampla oportunidade de simpatizar com o criminoso. Já tiveram assim antes, mas eu acho que deu para se deixar levar mesmo assim. Mas tive algumas implicâncias com esse episódio.
Achei que houveram muitos erros óbvios. Eles tentaram fazer uma trama que nos enganasse e se enrolaram. Como o cara matou três pessoas com uma arma barulhenta daquela e nenhum dos vizinhos ouviu nada? As filhas nem acordam quando ele atira na mãe primeiro, e eles estão todos dentro da mesma casa. E a mulher que é sua primeira vítima olha diretamente para ele e não consegue mencionar para polícia que ele é careca e usa óculos? Eu entendi que ela nem prestou atenção nele, porquê o achou insignificante, mas são traços diferenciais, difíceis de não notar ou lembrar.
E também tenho que comentar sobre a substituta de JJ, Agente Todd. Eu não sou grande fã de JJ, porquê acho ela a mais sem personalidade do grupo (e realmente não consigo apontar se a culpa é do roteiro ou da atriz, mas a essa altura acho que é dos dois). Mas Meta Golding consegue ser ainda pior. Primeiro que eu não consigo comprar o relacionamento dela com o Derek, porquê de jeito nenhum Golding e Moore tem química juntos. Segundo, porquê nós sabemos que um novo membro da equipe será diferente, e nós já vimos Prentiss e Rossi passarem por esse processo, mas nunca a maneira de fazer as coisas de um novato me irritaram tanto. A mentira no nono episódio nem foi tão ruim, mas perder a cabeça e agir como amadora nesse episódio, sim. Como assim ela foi gritar com Hotch no meio da rua só porquê o criminoso tinha matado de novo por causa da coletiva para a imprensa? Não me convenceu.
Todavia, para fechar o ano com chave de ouro, os produtores trouxeram A.J. Cook de volta, com o bebê de JJ fazendo uma visita a sombria BAU. Realmente, com tudo o quê se vê naquela sala, é bom eles terem um memória feliz. E foi uma cena perfeita. Se até Hotch sorriu, como eu poderia resistir? Derek com o bebê no colo brincando, Prentiss e Garcia fazendo piada dele, Reid com aquela carinha de encantado. Dá quase para querer ser essa criança, afinal, ele vai ter alguns dos “tios” mais legais do mundo televisivo. Eu mal posso esperar pelo resto dessa temporada.

Esse texto contém Spoilers para quem não está acompanhando a série de acordo com a exibição americana.

Chegamos a The Insticsts e Memoriam, que são dois episódios especiais com uma trama focada completamente em Reid. O mais jovem do time está sendo atormentado por sonhos que no começo parecem estar relacionados ao caso, em que um menino de seis anos é seqüestrado e morto e eles tem que encontrar um segundo menino, que acaba de ser raptado. Mas com o tempo fica aparente que podem ser memórias reprimidas de sua infância. O caso é resolvido, mas Reid continua perturbado. Ele dorme com a mãe e seus companheiros ficam em Vegas também (e jantam juntos, em uma cena super descontraída e cheia de camaradagem que eu adorei). Mais um sonho, e agora Reid tem certeza de que seu pai teve alguma coisa a ver com o assassinato de Riley Jenkins, um menino de seis anos estuprado e esfaqueado na época em que ele era uma criança.
Assim, no começo de Memoriam ele avisa a todos que ficará para trás e os dispensa. Mas Derek sabe o porquê Reid realmente quer permanecer em Vegas, e ele e Rossi ficam também para ajudarem o amigo em suas investigações. Esse episódio é uma viagem ao passado de Reid, e nós ficamos sabendo muita coisa de sua família. Eu amei todo ele, adorei cada cena que a mãe de Reid teve (Jane Lynch é perfeita) e achei que Gubler teve uma ótima interpretação (acima do ótimo de sempre, desculpem-me, mas estou ficando sem elogios positivos).
E para completar esse episódio, tivemos JJ entrando em trabalho de parto. Nem sou tão fã da personagem, mas foi muito doce ver todos da equipe correndo com ela para o hospital, e deixando sua substituta, a mais sem graça ainda Jordan Todd, cuidando da casa. E ela ainda escolheu Garcia e Reid como padrinhos!! A cena final, com Reid segurando seu afilhado, foi o cúmulo do adorável.


O oitavo episódio, Masterpiece, também é diferente. O Prof. Rothchild (Jason Alexander, com uma caracterização estranhíssima) procura por Rossi e Reid em uma seção de recrutamento e lhes diz que matou sete mulheres e que mais cinco pessoas morrerão, a não ser que a BAU descubra onde estão. Esse foi um episódio que me decepcionou um pouco. Tive a impressão de que tudo acabou rápido demais e no final a trama de vingança de Rothchild contra Rossi ficou parecendo meio boba (apesar de eu ter literalmente perdido o fôlego por um segundo quando ficou claro que o criminoso tinha armado uma armadilha para a equipe). Quando acabou, eu me perguntei: “mas é só isso”? Não foi a Masterpiece (obra-prima) do título.
Então temos 52 Pickup para deixar minha decepção completamente para trás. Eu nunca ri e provavelmente nunca mais rirei tanto com um episódio de Criminal Minds. O suspeito do episódio em questão está pegando sus vítimas em boates, abrindo suas barrigas e fazendo com que limpem seu sangue antes de matá-las cortando sua garganta. A equipe voa para Atlanta e decide que tem que fazer dois profiles, pois antes o suspeito vitimava prostitutas, o quê quer dizer que ele mudou completamente seu M.O. E o quê ajudou a mudar foi um curso sobre como “pegar” mulheres em boates.
E então entra cena uma das figuras mais bizarras a aparecerem em CM, Viper, o professor do curso. Não bastasse ele ser misógino e cretino, ele tem a coragem de dizer a Prentiss: “Encontre-me em meu território e as coisas que eu poderia obrigá-la a fazer…”. Seriously? Como se não bastasse, Prentiss é mandada para uma boate, para investigar Viper e no meio tempo, se submeter as péssimas cantadas dele. Os momentos que esse encontro rendeu ainda conseguem me arrancar uma risada quando eu relembro. As expressões de Brewster foram simplesmente impagáveis.
Hotch ainda se desculpa por faze-la passar por isso, mas ela diz que não se importa, porquê já namorou caras bem piores do que o cafajeste profissional. Acontece que isso somado a cena da surra lá no terceiro episódio tem feito os fãs acharem que o segredo de Prentiss (os produtores disseram que ela tem um segredo que será revelado em breve) está relacionado a algum tipo de violência contra ela. Será? Eu só sei que amo cada vez mais a personagem (que já é minha favorita junto com Derek e Reid, porquê eu sou indecisa e me recuso a escolher entre os três) e ficarei feliz com qualquer coisa que derem para Paget trabalhar.
Ainda mais engraçado que Prentiss toda arrumada em uma boate aturando aquele palhaço do Viper tentando convencê-la de que ele era o presente de Deus para as mulheres, foi Derek e Reid também em uma casa noturna, distribuindo o retrato falado do suspeito. O quê foi o Reid dizendo que não sabe como as casas noturnas não atraem mais serial killers, considerando “o abuso do álcool, as incontáveis oportunidades para o uso de drogas de estupro e a conduta de alto risco” para um monte de garotas na boate? Melhor ainda foi ele seguindo as dicas de Derek e deixando a bartender completamente interessada nele (e ela é super bonita, e combina muito com ele). Tomara que eles namorem.

Esse texto contém Spoilers para quem não está acompanhando a série de acordo com a exibição americana.

Eu sempre gostei de Criminal Minds. É uma série policial extremamente inteligente, que conseguiu ser um pouco diferente de CSI e criar seu espaço próprio. Tem roteiros muito bem desenvolvidos, uma direção que faz sua parte e todo o resto da parte técnica segue sendo exemplar. É uma série que eu acho que apenas melhora a cada ano, apesar de ser uma série de fórmula. E é uma série que sofreu uma enorme variedade de mudanças no elenco; mudanças essas que tinham tudo para compromete-la, fazer os fãs abandonarem ou a interação entre os personagens não ficar orgânica o suficiente, mas que apenas acrescentaram à Criminal Minds.
Tenho que confessar que no começo eu tinha problemas empatizando com os profilers de Criminal Minds. Eles eram todos ótimos, mas eu me sentia distanciada deles, mesmo quando mostravam sua vida particular e quando aconteciam coisas dramáticas (como o ataque a Elle no fim da primeira temporada). Com o tempo, eu fui gostando deles. Rendi-me ao jeito sisudo de Hotch, a excentricidade de Garcia, a estranhice e genialidade de Reid. Mas eles ainda não me convenciam completamente como uma unidade. E eu tinha certeza absoluta que eles nunca se igualariam aos CSIs de Las Vegas, que formam, desde sua estréia, minha equipe de trabalho favorita na TV. Mas eles se igualaram (e se bobear, podem até superar agora que 60% da equipe original de CSI se foi).
Já no primeiro episódio dessa temporada eu já estava sentindo uma clima um pouco diferente, mais caloroso. Depois do segundo episódio, meu computador quebrou e eu me perdi de todas as séries que via. Fui organizando maratonas para me colocar em dia, e com isso minha agenda de inéditos da semana ia ficando cheia e as maratonas mais difíceis. Por algum motivo, Criminal Minds acabou sendo uma das últimas que eu consegui ver, apenas essa semana (que coincidiu também com a minha primeira semana de férias da faculdade, o quê ajudou).
O episódio que abriu a minha maratona, Minimal Loss, me fisgou de cara. Reid e Prentiss vão tentar mediar um caso de pedofilia em uma daquelas comunidades religiosas parecidas com a de Big Love (apesar de que essa aqui parece não ser Mórmon) e acabam se tornando reféns quando a policia vai tentar entregar um mandado (com uma equipe daquelas tipo SWAT, é claro). O resto da equipe corre para lá para negociar, mas ao invés da frieza e distanciamento de sempre, eles estão emocionais. É um episódio todo muito emocional.
Eu passei todo ele quase tão nervosa quanto o resto da equipe. E pirei junto com eles quando Prentiss leva uma surra do líder da comunidade e eles são obrigados a escutar tudo, sem fazer nada, a pedido dela mesma, que grita (sabendo que eles plantaram escutas) “Eu agüento. Eu agüento.” Eu já gostava da Prentiss desde que ela entrou para o time, mas depois desse episódio eu passei a adorá-la.

Sim, todos os personagens tem algum espaço aqui, mas Minimal Loss pertence mesmo é a Paget Brewster e Matthew Gray Gubler. Prentiss se assume como agente do FBI, apanha, é amarrada e trancada em um quartinho, e ainda consegue salvar todos os inocentes da comunidade. Mesmo assim, ela consegue se preocupar com Reid, e faz questão de garantir-lhe que ele não tem culpa pelo quê aconteceu a ela (e a cena em que ela conversa com ele no avião é particularmente sensacional). E Reid mantém a cabeça fria o suficiente para manipular o líder da comunidade e conseguir passar informações vitais a equipe do lado de fora. Gubler tem uma grande cena quando Reid vê Prentiss toda machucada pela primeira vez. Porém, o grande momento de Matthew vem mais a frente.
Temos então Paradise. Nenhuma grande trama pessoal, o foco fica mais no caso mesmo. O episódio é ótimo e traz Hotch entrevistando o suspeito e não descobrindo que é ele a quem está procurando, o quê faz com quê ele tenha dúvidas sobre a própria competência e se sinta culpado. Eu, assim como Rossi, acho que ele não teve culpa.
Temos Catching Out, que foi muito melhor, mas as cenas mais particularmente memoráveis foram as do time. O caso ainda era parecido com o do crossover de CSI com Without a Trace ano passado, e o fato de não fazer tanto tempo assim que a trama foi usada em CSI afetou o meu aproveitamento. Mas o final, depois que eles descobrem quem é o criminoso, até que funcionou. Contudo, eu ri muito com Morgan provocando Reid no começo do episódio, e no final, Prentiss e Reid provocando ele por causa da Agente Todd. E gargalhei com Reid dizendo a JJ que sentir o bebê chutando o deixa apavorado. Esse episódio me fez sentir que eles tem um relacionamento meio que de irmãos, cheio de carinho e implicância.


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