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Esse episódio foi uma homenagem a Edie Britt. E que homenagem! Foi impossível não me sentir tocada por aquelas que possivelmente serão as últimas estórias que verei dessa que foi uma das melhores housewives, e a quem não se fez justiça em muitas ocasiões, já que a personagem fora tratada muitas vezes como uma coadjuvante, e não como a protagonista que deveria ser. E foi impossível não sentir ao seu final que apesar desse ter sido o melhor episódio da temporada e um dos melhores da série, ele me deu mais uma razão para não retornar a série na próxima temporada. Não apenas eu sentirei falta demais de Nicolette Sheridan, mas a desculpa do corte de gastos que Marc Cherry deu não me desceu. Afinal, estamos falando de Edie Britt! Eu gosto muito de Orson, da Katherine (um caso totalmente a parte, mas outro dia eu falo sobre isso) e dos gays, mas se Cherry precisava tanto enxugar o elenco, eles eram opções um pouco mais viáveis, até porquê Cherry não parece saber o quê fazer com os gays (eles nunca tiveram trama) e Orson se tornou um verdadeiro chato.
Voltando a Edie, Look Into Their Eyes… é um episódio que pega a fórmula do décimo terceiro episódio dessa temporada e a explora a perfeição. É um espécie de coletânea de momentos não vistos, mas que definem de maneira fantástica o quê Edie Britt foi. Sincera e sem medo da verdade, Edie era a moradora de Wisteria Lane que menos se iludia sobre a própria vida. Enquanto todas as outras tentavam forçar suas vidas a um molde de perfeição que cada uma tinha em sua cabeça, Edie simplesmente encarava a realidade e tirava a sua perfeição dela. Talvez ela não tenha sido sempre feliz, e seu último dia de vida certamente não foi dos melhores, com a descoberta de que seu marido era um homem perigoso que planejava o assassinato de um de seus vizinhos (acho que nunca ficou realmente claro para ela que David queria Katherine morta, e não Mike) e que por pouco não a estrangula. Contudo, sua atitude era sempre positiva e sua força ultrapassava a tela, emanando de uma maneira que tornava ambas a personagem e a atriz Nicollette Sheridan uma presença única.
Foi maravilhoso descobrir que Edie visitava Orson na prisão quando Bree se recusava a faze-lo, mesmo seu envolvimento com ele tendo causado seu banimento de Wisteria Lane. E ver Susan e Edie enquanto ainda eram melhores amigas foi recompensador para mim, que sempre defendi que a melhor pessoa para contracenar com Teri Hatcher nessa série era Sheridan. O roteirista do episódio Matt Berry (Smiles of a Summer Night, The Gun Song) foi muito sensível estabelecendo que Edie, apesar da fama que tinha, não era uma mulher que tinha a ambição de destruir o casamento de ninguém. Uma das coisas que eu mais gostava na Edie era exatamente seu senso de moral. Podia não coincidir com os das demais housewives e o de muita gente, mas ela o tinha e definitivamente não era sua intenção deliberada magoar suas amigas. E tem é claro a maneira emocionante como ela ajuda Lynette a lidar melhor com a questão de seu câncer e sua confissão doída sobre Travers. Com tudo isso, acho que o flashback de Gaby foi o mais fraco, porém não descartável. Além da diversão proporcionada, a conversa final da duas chegou a me dar um pequeno calafrio pela forma como Edie afirma que morreria jovem.
Por fim, temos a narração irreverente de Sheridan, que não apenas substituiu Brenda Strong muito bem, mas deu um sofro de ar fresco a coisa toda. Eu amo a Strong, mas acho que seria tão bom se Sheridan alternasse de vez em quando com ela o papel de contadora da estória. Talvez eu só esteja sendo melancólica, porquê como já disse, sentirei muita falta da loura. Como Susan diz no final, Edie e Sheridan eram “one of a kind” e sua ausência deixa desde já um vazio que não passará.

O décimo quinto episódio é praticamente uma continuação direta do décimo quarto. Todas as tramas estão conectadas. E dinheiro continua sendo o principal assunto. Lynette e Tom continuam afundando-se em problemas devido a falta crítica dele, Bree mais uma vez enfrenta problemas com uma pessoa que ama e Gaby mostra que ainda tem suas garras.
Apesar de eu adorar a família Scavo e realmente não gostar de vê-los sofrer, especialmente considerando tudo o quê eles já passaram, eu gostei de seus problemas financeiros não terem desaparecido magicamente. Tom tinha uma decisão dolorosa pela frente, e gostei de vê-lo lutar pelo seu sonho, e de Lynette o ter apoiado mesmo quando ele toma a péssima decisão de forçar os filhos adolescentes (e obviamente descontentes) a trabalhar na pizzaria. Doug Savant é o grande destaque do episódio, pois sua atuação além de me comover e me fazer torcer por ele, até me fez esquecer de certas coisas irritantes que ele fez durante essa temporada em nome de sua crise da meia idade.
Bree, como eu tinha mencionado na review passada, está praticamente tornando a arte de alienar e irritar as pessoas que a cercam em uma segunda profissão. Contudo, dessa vez eu acho que ela não teve culpa nenhuma. Eu adoro Orson, mas ele pode ser completamente irracional às vezes. Se Bree deu um aumento a Andrew foi porquê ele mereceu. Inclusive, nesse episódio ele várias vezes se mostra muito eficiente e atento aos detalhes do negócio da mãe. Orson foi petulante, e ainda por cima, deixou seu lado negro voltar à tona. Por enquanto, ele apenas rouba uma caneta cara, mas eu já estou ansiosa para ver até onde ele vai com sua inveja do enteado.
Essa semana Gaby teve uma trama melhor que a da semana passada. Eu adoro a Gaby boazinha, mas eu gosto dela bitch também. Então foi muito divertido ver suas artimanhas para conseguir comprar o bracelete que desejava, apenas para perceber que se envolveu em uma mentira horrível, que pode ter consequências maléficas, o quê lhe causou remorso. Tarde demais, todavia. Ela e Carlos já estão completamente comprometidos. E essa é outra trama que pode render.
No entanto, foram as tramas não relacionadas a dinheiro, pelo menos não diretamente, que mais se destacaram. Eu gostaria de ter acompanhado Susan em seu novo trabalho e achei uma pena nós não termos visto ela lidando com suas responsabilidades, até porquê eu fico curiosa se na escola ela se comporta da mesma maneira imatura como se comporta em sua vida pessoa. Novamente, ela encheu Mike de exigências absurdas e comprou briga de maneira exagerada. Tudo bem que ela queria que Mike passe tempo com MJ ao invés de deixá-lo com Katherine, enquanto ele fica ausente da vida do garoto. Mas se ele tem que trabalhar, e ela tem que trabalhar, o quê tem demais que Katherine cuide do menino quando ela não está fazendo nada (algo que é estranho, pois o negócio dela com Bree está fervendo, e nós nunca mais a vimos trabalhando)? É óbvio que ela está se sentindo ameaçada como mãe, e sente ciúmes do carinho de seu filho por sua ex-amiga, mas a maneira intransigente e possessiva como ela agiu é frustrante. Felizmente, ela vai ter que superar seus sentimentos mesquinhos, porquê Mike e Katherine vão morar juntos, e a ruiva vai ser parte da vida do garoto quer Susan goste ou não.
Só que antes da data planejada para a mudança, vem a data arranjada entre Mike e Dave para irem acampar. E o ardiloso Dave ainda consegue manipular as circunstâncias para que Katherine esteja presente, e Edie não. A pressa de Dave se deve ao fato de quê ele roubou o celular de seu psiquiatra (aquele que Williams assassinou em City on Fire), e através dele trocou mensagens com a secretária do médico, descobrindo que ela está prestes a denunciar o desaparecimento do Dr. Samuel Heller. Isso faz com quê uma data limite para Dave agir tenha sido marcada, porém eu ainda tenho a impressão de quê é cedo demais. O próximo episódio é apenas o décimo sexto, e Desperate Housewives é uma série que sempre guarda a resolução de seus principais conflitos para o final. A minha aposta é que Katherine por algum motivo de última hora acabará não indo a essa viagem, adiando os planos de vingança de Dave.
Infelizmente, Marc Cherry e sua equipe são muito bons em enrolar e eu tenho certeza que eles encontrarão uma maneira de prolongar as coisas ao máximo. Eu só espero que seja uma maneira que cause um mínimo de apreensão, porquê eu sei que a série não está só na minha lista de ameaçadas. Muita gente considera abandonar a série depois dessa temporada, e vai ser preciso algo realmente fantástico para renovar a fé desses espectadores na dramédia.

Desperate finalmente retorna com inéditos e Marc Cherry, em uma decisão bem inteligente, resolveu abordar o assunto dinheiro. Considerando a crise pela qual os Estados Unidos passa, as tramas de Lynette e Mike devem ter ressonado nas famílias afetadas. E mesmo se você estiver mais para Bree do quê para os Scavos, o roteiro de Jason Ganzel (Art Isn’t Easy) ainda é bom o suficiente para entreter.
E já que mencionei Ganzel, umas das coisas que eu mais aprecio em ambos os seus roteiros é o espaço justo que ele consegue dar a todos os personagens, em particular ao sempre explorado de menos Lee. Eu amo Kevin Rahm e seu personagem, a maneira sarcástica e muitas vezes infantil como ele age, mas ao mesmo tempo como ele consegue ser maduro e fazer a coisa certa e adulta quando é necessário. E mais do quê tudo eu amo que apesar de ele odiar o subúrbio, e quase nunca aparecer socializando com seus vizinhos, ele parece ser um bom amigo. Tanto, que é o responsável por ser o primeiro a de fato desmacarar Dave ao contar a Tom que fora o marido de Edie que tinha dito a polícia que Porter estava perto de onde começou o incêndio.
Enquanto Tom cortava laços com Dave, Lynette praticamente fez o mesmo com Bree. O caso é diferente, a amizade das duas é mais antiga, porém a ruiva conseguiu mais uma vez humilhar e magoar profundamente alguém com quem se importa. Provavelmente ela conseguirá consertar seu erro no futuro, mas a questão é que nessa quinta temporada Bree conseguiu abalar vários de seus relacionamentos. E como Lynette coloca muito bem no final, a Bree de cinco atrás pelo menos entenderia os efeitos de suas ações em suas melhores amigas. A nova Bree não parece ser capaz de compreender alguém além de si mesma sem uma explicação clara.
E apesar da mudança de caráter da personagem ser algo essencialmente ruim, dramaticamente é algo me agrada bastante. É uma evolução de personagem um pouco mais sutil que a de Gaby por exemplo, mas é uma evolução. E Marcia Cross não desaponta em sua performance.
Outra coisa pela qual eu sou extremamente agradecida a Jason Ganzel é por dar a Katherine não somente espaço, mas por retratá-la como parte do grupo das DHs. Ultimamente é raro ver Katherine em qualquer momento compartilhado das amigas, e além de ser uma pena, é também sem sentido. Sendo sócia e amiga próxima o suficiente de Bree para esta considerá-la a irmã que nunca teve, Katherine deveria pelo menos aparecer nos jogos de poker. Então, vibrei um pouquinho ao vê-la incluída quando Bree resolve mostrar seu novo carro para as amigas.
E todo o resto de sua storyline foi tão bom quanto. Por mais que eu não seja fã de Susan, tenho que admitir que sua trama com Mike e Katherine foi ótima. Eu adoro essa nova família disfuncional que eles formaram. Portanto, nem me irritou o fato de Susan como sempre ter agido de maneira completamente infantil e retardada. As cenas de Teri Hatcher com Dana Delany, James Denton e especialmente Mason Vale Cotton funcionaram. Aliás, tenho que fazer um adendo e mencionar que a cada aparição eu gosto mais de MJ.
Voltando ao assunto principal, faz um bom tempo que nós não vemos a Susan trabalhando. E se as vendas de seus livros não vão bem e Mike, apesar de estar trabalhando muitas horas por dia, não está conseguindo ganhar dinheiro o suficiente para pagar a escola cara em que ela faz questão que MJ estude, então ela realmente precisava fazer alguma coisa. Só espero que agora que trabalhará em uma escola e terá responsabilidades ela amadureça um pouco. Sua invasão da casa de Katherine para roubar o colar que Mike tinha dado a namorada foi realmente patética. Mais um daqueles momentos em que sinto muita vergonha alheia por ela.
Gaby e Edie tiveram uma trama um pouco desconectada do assunto principal e sem muita relevância. Desde que Carlos teve a visão de volta os roteiros da Eva Longoria cairam de qualidade. Mas como ela e Nicollette Sheridan tem ótimo timing cômico, a estória da aula de exercícios conseguiu se segurar. Contudo não empolgou muito.
Apesar de não ser um episódio completamente alienado da linha da temporada como foi o anterior, Mama Spent Money When She Had None é mais um filler onde se prestarmos atenção, perceberemos que quase nada aconteceu de fato. E o problema é que sendo ainda o décimo quarto episódio, podemos esperar que a trama continue a virtualmente se arrastar por mais um bom tempo. E isso é extremamente irritante e cansativo para mim.

No meu review de “A Vision’s Just a Vision” eu havia dito que se o Dave fosse atrás da Susan para se vingar de Mike, e depois de seja lá o quê Dave fosse fazer os dois se dessem conta que ainda se amavam e que deveriam ficar juntos para todo sempre, eu abandonaria a série. Ao contrário do Maurício, eu gosto do Mike e acho que quem o torna um personagem chato às vezes é Susan. É verdade que os roteiristas precisam escrever o relacionamento dele com a Katherine melhor do quê eles fizeram aqui (os dois merecem mais tempo de tela, especialmente quando a Teri Hatcher tem uma aparição tão grande, que poderia muito bem ser podada). Mas também é verdade que ver o Mike dizendo que acabou tudo com a Susan (yeeeee) e que acaba de se dar conta que está apaixonado pela Katherine (yeeeee) foi um dos pontos altos dessa temporada para mim. Suspirei de alívio e tudo. E Dave estava ali, bem do lado, e obviamente já mudou o alvo de suas loucuras. E isso é bom também porquê eu sempre acho que a talentosa Dana Delany tem tido muito pouco a fazer nessa temporada. Ela poderia estar indo tão bem quanto Longoria se tivesse uma participação decente. E, honestamente, apesar de adorar os dois juntos, Mike e Katherine ainda não convenceram completamente como casal.
Connect! Connect! não foi um episódio que teve muita ação, mas ao mesmo tempo foi um episódio em que muita coisa mudou. E o motivo foi o fato de que as personagens tiveram que ter algum tipo de mudança. Foi tudo mais atrelado ao psicológico e emocional de todo mundo, a tomada de decisões de cada um.
Tivemos Bree que como sempre tem um storyline simples, mas sensacional. De um pequeno comentário que Alex, seu genro fez, surgiu quase uma guerra com a ruiva. Adoro como cada coisinha faz a Bree se inflar de raiva que ninguém um balão e depois ela fica totalmente passivo-agressiva. Marcia Cross sempre dá o tom certo e fica hilária. No fim, ela admitiu que tem estado mais impaciente, mais rude, e eu sempre fico feliz em ver a personagem admitir suas faltas e tentar se comportar melhor, mas eu espero que ela não deixe de implicar com Orson totalmente, porquê eu adoro a maneira como o relacionamento dos dois é conduzido.
Eu ainda acho que Susan deveria ter seu tempo de tela cortado pela metade, mas até que a trama dela essa semana não foi ruim. O segredo é colocá-la com personagens melhores e que consigam segurar o lado cômico da trama, como Lee e Edie. E a química de Nicollette Sheridan com Teri Hatcher é inegável, acho até que deveriam baixar um decreto de que as duas só farão cenas juntas. Assim, Susan faz o quê todo mundo já sabia que ela faria (alguém apostou em Hatcher deixando a série?), dispensou Jackson e ficou sozinha em Wisteria Lane. E Edie aceitou seu marido de volta. Eu só espero que eles não enrolem muito com a vingança. Eu sei que provavelmente só acontecerá uma resolução na season finale, mas a longa espera é uma chatice quando nós já sabemos o que esperar. Podiam fazer um longo arco, com os planos de Dave tomando ação durante quatro ou cinco episódios ao invés de um ou dois.
Lynette finalmente conseguiu seu filho de volta. Adorei a armação dela para fazer com que sua mãe entregasse Porter. Eu sempre adorei as participações da família de Lynette. Certamente são todas mulheres complicadas e de temperamento forte. A atriz Polly Bergen representou muito bem o quanto a mãe de Lynette, Stella se ressentia da filha e tinha se tornado amarga por ter sido deixada no asilo. Só achei que a bagunça na qual os Scavos se meteram foi resolvida com muita facilidade.
Por fim houve o núcleo dos Solis, que não empolgou e não acrescentou em nada. Só mostraram mais sobre como as filhas de Gaby são impossíveis e como ela ainda é muito insegura como mãe. Eva Longoria esteve bem como sempre vem estando durante toda a temporada, mas não achei que ela teve nenhuma cena de destaque (e não foi culpa dela).

Eu não sei o quê há de errado entre DH e eu. Eu gostei do episódio; o achei relativamente bem escrito, e os roteiristas parecem ter recuperado seu conhecimento em como fazer um malabarismo com todos os muitos personagens que tem em mãos; as atuações foram corretíssimas e Eva Longoria cada vez mais se confirma como o grande nome dessa temporada; mas eu passei quatro dias tentando, e não conseguindo, escrever sobre esse episódio. Se eu tiver que adivinhar qual é a causa do meu bloqueio, eu vou chutar que é o fato de que apesar da série estar boa e tecnicamente ter voltado a um certo grau de excelência, ela simplesmente não me excita mais. E é frustrante para mim admitir, mas acho que a série se tornou esquecível e irrelevante.
Home Is the Place é um bom episódio. Ele equilibra bem a comédia com o drama. De um lado temos Bree tentando se entender com a futura sogra, e para isso dando de presente uma super casa para Andrew e Alex para impedir que eles se mudem para outra cidade (e Bree sempre tem falas ótimas, não importando o quê coloquem ela para fazer) e Lee e Susan passando tempo juntos e se tornando amigos, e eu sempre fico contente com cada mero segundo de tela que Kevin Rahm recebe.
Do outro, temos ainda o drama dos Scavos, com Porter desaparecido e o Bob descobrindo que Preston é quem está no lugar dele. E quem está dando asilo para Porter é ninguém menos que a mãe de Lynette! A situação da família está cada vez mais complicada e Lynette cada vez mais desesperada. Ela não consegue provar aos filhos que pode e ela provavelmente não vai conseguir proteger todo mundo das consequências que estão por vir, e sabe disso. A atuação de Huffman aqui foi excelente, ela passou muito bem a sensação de estar perdendo o controle e não conseguir sair do poço em que caiu.
Tivemos Gaby lidando com Carlos e sua recuperação. Agora que voltou a visão, Carlos voltou a dar mais valor a vida e decidiu pedir demissão do emprego de massagista do clube e se tornar voluntário no centro para cegos. Eu acho tudo muito nobre e concordo que é legal ele passar a dar mais valor à vida, ao mundo, às coisas, mas fico do lado da Gaby. Ela passou cinco anos se virando, vendendo tudo de valor naquela casa para sustentar eles e as duas filhas (e isso com ele trabalhando e ganhando um salário!), ele deixa de ser deficiente e resolve ir trabalhar de graça? As filhas dele vão viver de quê, ar? Ele tem que saber que não é o primeiro pai que deixa de lado suas vontades e aspirações morais para poder sustentar a própria família. Não deve ser fácil, mas as crianças não nasceram do nada, não é?
Ainda houve Edie expulsando Dave de casa e Karen retornando a Wisteria Lane. Eu sei que já era hora de Edie se dar conta de que há algo de muito errado com o marido, mas ficou parecendo que ela expulsou ele só porquê ele não contou que era casado. Eu achei um pouco de exagero. Não dava para os dois conversarem?
De qualquer forma, eu vou continuar acompanhando Desperate e vou torcer para conseguir ficar um pouco mais animada.

A Vision’s Just a Vision é, na minha opinião, o melhor episódio dessa temporada até agora. Sem recorrer a grandes acontecimentos, como o incêndio, mas dando espaço para cada dona de casa aparecer devidamente, esse episódio dez trouxe um roteiro bastante engraçado, uma direção com ótimo ritmo e atuações ótimas. As atrizes pareciam bem confortáveis em cena, naturais.
Mas primeiro quero falar de Dave e seu mistério, que a partir de agora, não é mais misterioso. Eu já tinha meio que desconfiado desde o primeiro episódio, depois do incêndio ficou óbvio para a grande maioria dos fãs e agora Marc Cherry confirma: ele está atrás de Delfino por causa da morte da mulher e da menininha que vimos logo no primeiro episódio, aqui identificadas como Lila e Paige Dash, esposa e filha dele, cujas presenças lhe atormentaram por todo o episódio.
Eu gosto bastante do Dave, desse jeito sombrio dele e de como o tempo todo parece ter uma fúria queimando silenciosamente dentro dele. Não por muito tempo, obviamente. Ele vai atrás das pessoas que o Mike ama, e isso significa MJ, Susan e possivelmente Katherine.
Esse triângulo, por sua vez, também teve seu espaço. Sou só eu que não quer ver Susan e Mike juntos de novo de jeito nenhum? Eu adorei vê-lo com Katherine, e adorei ver MJ fazendo de tudo para infernizá-la. E Marc Cherry trouxe a questão que ele deve estar se mordendo para trazer à mesa desde o começo da temporada: Delfino e Mayer realmente estão acabados? É óbvio que os dois são o casal queridinho do produtor desde o começo. Ele finalmente conseguiu colocá-los juntos. Mas optou por separá-los. E para quê? Para criar uma espécie de dramalhão mexicano com direito a quarteto romântico? Se depois que o plano de vingança de Dave for executado, Susan e Mike se derem conta que devem ficar juntos, porquê a experiência lhes abriu os olhos, bla bla bla, acho que desisto da série.
Edie também apareceu um pouco, contracenando com Susan e lhe abrindo os olhos, e apesar de eu nunca ter gostado muito de Edie antes, ela está sendo terrivelmente mal aproveitada nessa temporada. Ela bem que poderia começar a desconfiar de seu estranho marido, mas acho que essa tarefa caberá a Lynette. Não apenas porquê ela o escutou falando com a porta, mas também porquê ele incriminou o filho dela, e se ela descobrir (torço para que descubra, e acho que acontecerá), ele não vai se safar com facilidade.
Lynette por suas vez está cada vez mais enrolada. Sua vida já ficou bastante complicada antes, mas dessa vez, ela está envolvida em situações ilegais demais. O roubo da arma, Preston se passando por Porter, ambos os gêmeos poderiam ser presos também, e até para Tom poderia sobrar, porquê ele é cúmplice da coisa toda. E eu não sei ao certo se acho que é pior eles escaparem impunes, ou se Tom ou Lynette acabarem presos (os dois, eu duvido muito).
Bree descobriu sobre o romance de Andrew e fez o quê qualquer mãe faria: cercou o casal e os colocou por uma série de momentos constrangedores. Não foi uma grande trama, e não vejo tanto potencial nela quando todo mundo anda vendo, mas foi bastante engraçada e trouxe Lee e Bob de volta ao papel de coadjuvantes (porquê na maior parte do tempo eles são figurantes).
Carlos teve a sua visão de volta e pôde finalmente ver o quanto Gaby teve que sacrificar para mantê-los bem de vida. Às vezes eu acho o Carlos muito reclamão. Mas mesmo assim gostei dessa parte também. Nunca pensei que Longoria poderia me agradar tanto, mas tenho apenas elogios em relação a atuação dela e a evolução da personagem nessa temporada.

A volta de Desperate Housewives me deixou um pouco decepcionada. Apesar do salto de cinco anos no futuro, a série está me parecendo repetitiva e cansada. Não é tudo culpa de Marc Cherry, ou do elenco, de quem eu ainda gosto muito, muito mesmo, mas do fato de que o tema da série é mesmo cheio de lugares comuns, a vida de donas de casa suburbanas não é algo que começou a ser explorado ontem e DH tem quatro anos no ar. Eu sinto como se não soubessem mais o que fazer com Susan por exemplo. Outro romance? As mesmas neuroses? Pelo menos não mataram Mike. Acho muito mais interessante que Susan o tenha enlouquecido até ele abandoná-la, porquê eu realmente acho a personagem enlouquecedora. Às vezes, o casamento dos sonhos vira o casamento dos infernos. Mas eu acho que seria mais interessante ver a união de Susan e Mike se deteriorando aos pouquinhos, do que vê-la tentando mais uma relação amorosa com o pintor. E os filhos de Lynette podem ter mudado e crescido, mas as conseqüências não. Ela briga com Tom, e daqui a cinco minutos os dois se entendem. De Gaby então, nem vou falar. Filhas gordinhas? Não me lembro em que série ou filme, mas já vi isso, e mais de uma vez. A estória de Bree foi a mais original e eu torço para que os roteiristas a explorem mais. Ela deixou a fama subir a cabeça e isso pode lhe trazer problemas. Só não gostei tanto do que fizeram com Katherine, não por como o relacionamento dela com Bree se desenvolveu, mas porquê parece que o relacionamento dela com as outras parece inexistente, o quê é estranho já que com as últimas cenas do episódio passado eu pensei que ela tinha se juntado ao grupo. Porém, quando as quatro principais aparecem juntas, onde está ela? Ambas Katherine e Bree parecem estar completamente sozinhas (cadê Dylan?) e afundando-se em trabalho, mas pelo menos Bree manteve as amigas. Edie volta, com um marido que parece um louco. Querem minha aposta sobre em quem Dave está interessado? Susan. Afinal, nós nunca vimos o marido e pai da mulher e garotinha que ela matou. Eu vou me surpreender se for qualquer uma das outras. E o momento mais legal do episódio tem que ser o Bob (ou era o Lee) fotografando o amante de Susan pulando a janela. Os gays são tão divertidos, porquê Desperate Housewives praticamente os usa como figurantes? Não estou muito ansiosa pela próxima semana, talvez eu precise ler uma sinopse, ou ver um promo, alguma coisa que me desperte curiosidade.


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