Séries Addict

Archive for abril 2008

Gossip Girl Serena e Georgina

O décimo quinto episódio de Gossip Girl abre com uma seqüência dos riquinhos estudando para os seus SATs. Os SATs são testes cuja pontuação é importante na admissão para faculdade, mas ao contrário dos vestibulares aqui, não são definitivos. Você precisa ser muito, muito bem sucedido na sua vida acadêmica se quiser entrar numa boa faculdade. E os SATs? Sim, eles são tão difíceis quanto parecem ser. Palavra de quem já os fez.
O processo de admissão é algo que enlouquece muitos estudantes do ensino médio americano, principalmente aqueles tentando a HYP (Havard-Yale-Princeton). Pela internet, eu conheço bem mais de uma pessoa cuja vida é toda tramada em volta do que pode ou não impressionar os comitês de admissão de Ivies. Então, Blair e suas amigas tentando derrubar Nelly Yuki? Não, não é loucura.
BlairFoi bastante divertido de ver. Até porquê não só candidatos a Yale que tentam derrubar uns aos outros. Minha amiga teve de fazer o vestibular dela na mesma sala que um cara que fez de tudo para atrapalhar a concentração de todo mundo. O objetivo? Derrubar os adversários. Tentar entrar na faculdade dos sonhos traz à tona o quê tem de pior em muita gente. Mas também não é a única coisa.
Seja lá o que Serena fez, ela não deveria ter rejeitado sua amiga Georgina, que parece agora que vai tentar derrubá-la do cavalo. G e S quase se entenderam, mas a nova Serena não quer ficar perto de uma amiga que usa drogas e festeja de maneira pesada e inconseqüente. Eu já adorei a Serena antiga que veio na tona quando ela estava com a ex-amiga. Serena politicamente incorreta parece ser tão mais divertida, e Blake Lively e Michelle Trachtenberg exibiram uma química invejável.
Falando em química, quem me surpreendeu foi o casal Nate e Vanessa. Eu odeio os dois, mas até que juntos, eles ficaram 200 % menos chatos do que separados. Eu odeio ver Blair sofrer, mas Nate era um chato quando namorava ela, e está bem melhor agora. Sem falar que me dá um enorme alívio saber que ele não vai ficar com Jenny. A loirinha cada dia mais insuportável conseguiu com que um riquinho caísse na sua rede. O cara parece ser legal e bitch do jeito que está, Jenny não o merecia de jeito nenhum. Se eu tratasse meu pai do jeito que ela trata o dela, certamente ele seria muito mais duro comigo do que Rufus o foi.
Lily e Bart não apareceram, mas eu só senti falta deles quando vim escrever a review – o que diz muito da qualidade do episódio, já que Lily é a minha personagem favorita. Além disso, com Georgina inclusa, os novos personagens estão fazendo muito bem a trama. Mas pelo menos a ligação Van Der Woodsen e Bass tornou-se forte entre Serena e Chuck. Adorei os dois agindo como cúmplices. Essa união ainda pode e deve render muito, afinal, Dan não ficou nada feliz de ser excluído. Mas Sarah/Georgina vai cuidar bem do namorado de S. Eu estou simplesmente morrendo para saber o que G vai aprontar.

 

Eu passei os últimos dias tentando encontrar uma observação sagaz para fazer a respeito desse último episódio. Não achei. Tentei então fazer pelo menos uma análise crítica dos acontecimentos. Não consegui. Começava a escrever o review e percebia que estava fazendo um resumo dos acontecimentos, o que não meu costume e é um pouco frustrante pra min. Meus amigos vão me contrariar, mas eu me sinto mentalmente incapacitada de escrever sobre esse episódio.
Assim como Sayid, eu me senti ludibriada por Benjamin Linus. Apesar das muitas respostas (nem eu sou tão burra de não captar certas coisas), tive a constante sensação de que Ben estava esfregando sua esperteza na minha cara e não conseguia ver além dela. Senti-me na frente de uma esfinge que dizia “Decifram-me ou te devoro” e eu não conseguia decifrar esse personagem tão intrigante que e Linus.
É claro que com The Shape of Things to Come eu posso concluir que Ben for surpreendido com a mudança das regras e o assassinato de sua filha, quando ele achava que podia manipular sua saída daquele empasse; que ele e Charles Widmore se conhecem e estão travando uma guerra que talvez seja particular demais ou ainda mais grandiosa do que poderíamos imaginar; que Ben, novamente governado por uma emoção, sua raiva, está indo atrás de Penelope. Mas eu ainda não consegui decifrar o que isso me diz de sua verdadeira natureza. Então, me abstenho de falar sobre o assunto até que eu consiga enxergar a luz no fim do túnel.
Falando de outros assuntos, então. A morte de Alex me deixou chocada e tocada. Eu não gostava tanto da personagem, que sempre me pareceu ser rebelde só por ser, mas sua morte foi tão repentina e inesperada. E de maneira tão crua, com as últimas palavras de seu pai denotando que ele não se importava com ela.
A-D-O-R-E-I a volta do Smokey. E com a revelação de que Ben de alguma maneira o controla. Será que isso significa que Ben mandou assassinar Ecko, Paulo e Nicky, ou ele pode soltar seu bichinho de estimação, mas não se responsabiliza por seus atos?
E o doutor aparecendo morto na praia quando ainda está vivo no navio é exatamente o tipo de coisa que eu adoro em LOST. Aliás, isso e a aparição de Ben no meio do deserto usando roupas de frio nos fazem questionar novamente a situação do tempo na Ilha. Faraday precisa ser colocado contra a parede, já que já ficou óbvio que ele cede sob pressão. Como o Sayid e suas torturas fazem falta!

CSI

Eu sei que eu não enho posto mais minhas reviews de CSI aqui, mas elas continuam sendo periodicamente postadas no agora reformulado TeleSéries. Aqui, você as encontra todas, junto com outros textos meus.

Este texto contém spoilers para aquelesque não acompanham a exibição americana das séries comentadas.

Samantha Who – 1×12 – Butterflies – 8 (MVP: Christina Applegate, Jennifer Esposito, Rick Hoffman)
Exibição: 21 de Abril de 2008

Butterflies foi um episódio sobre controle, e por contiguidade, a falta dele. Tentar ser uma pessoa nova pode até ser difícil porquê é preciso descobrir quais coisas estão no seu controle ou não, mas mesmo quando não se está tentando mudar todos nós testamos a água para ver até onde podemos ir. O politicamente incorreto, tão presente na série, pode ser apenas um teste de limites. Grande parte das ações que tomamos, tomamos porquê podemos. E essa é uma das grandes graças de se viver.
O episódio não foi, como nunca é pra min, hilário. Mas foi divertido. Samantha Who tem ótimos diálogos e bons atores e é assim que se mantém acima da média. Por outro lado, as externas no terreno do shopping ficaram parecendo com cenas tecnicamente inferiores de Pushing Daisies. Na minha opinião, direção de arte e figurino são pontos fracos do show.

CSI Miami – 6×17 – To Kill a Predator – 8 (MVP: Stephanie Niznik)
Exibição: 21 de Abril de 2008

Horatio Caine está no caminho para se tornar o próximo Batman. Brincadeiras a parte talvez Horatio deva considerar uma identidade secreta se ele pretende continuar brincando de justiceiro. Quando em Rio ele matou o assassino de sua esposa, acho que quase ninguém se importou. No episódio passado, quando ele assassina um homem desarmado em All In (novamente na cidade maravilhosa), houve um certo burburinho de descontentamento nos fóruns dedicados a série. Mas aqui, com o final deixando implícito que Horatio está mesmo seguindo um padrão de fazer justiça com as próprias mãos, até eu fiquei preocupada. É essa a mensagem que CSI quer passar? Que Horatio pode fazer a justiça do aqui e agora? Irônico, quando nesse episódio eles pensavam estar perseguindo um vigilante e se mostravam demasiadamente preocupados em prendê-lo.

Gossip Girl – 1×14 – The Blair Bitch Project – 9,5 (MVP: Leighton Meester)
Exibição: 21 de Abril de 2008

GG voltou do longo hiatus mas manteve o ótimo ritmo que a série adquiriu depois do episódio 10. O drama teen parece ter encontrado sua personalidade. Apesar das tramas não serem exatamente novas, elas adquiriram uma cara própria. As excelentes adições de Hazel (Dreama Walker), Penelope (Amanda Detton) e Eloise (Emma Demar), ao invés de atrapalhar, deram ainda mais charme e conteúdo ao combate Jenny x Blair, que esquenta nesse episódio. No final, foi 2×1, com Jenny vencedora, provando que está disposta a ir bem longe pra manter o posto de popular. A união dos Van der Woodsen com os Bass provou-se muito melhor do que o esperado. Todas aquelas questões de família disfuncional que ficavam dispersas pelas várias famílias do show, aparentemente se concentram agora no luxuoso apartamento do New York Palace escolhido por Lily e Bart para Lar, Doce Lar. E se os dois são o casal menos que ideal, é bom vê-los atuando como dois lados diferenciados na educação dos três adolescentes, já que tirando breves participações de Alison e Harold, os jovens do Upper East Side parecem ser criados por pais solteiros, que representam um único juiz com uma só visão de mundo. E, como bônus, não se encaixam nos estereótipos de madrasta e padrasto, o que é sempre bom ver na TV. Ao invés de favorecem seus próprios filhos, eles são os primeiro a condená-los, o quê é engraçado, mas compreensível devido ao passado de Chuck e Serena.E no final abre-se a porta para a chegada de mais uma personagem. Quem não está ansioso pra conhecer G?

Desperate Housewives – 4×12 – In Buddy’s Eyes – 8,5 (MVP: Dana Delany)
Exibição: 20 de Abril de 2008

Desde o primeiro segundo de Dana Delany na tela já ficava claro que Katherine Mayfair e Bree disputavam um mesmo lugar. Por um bom tempo o embate entre as duas perfeccionistas ficou de lado, preterido pelos mistérios passados de Katherine, mas aqui a competição entre as duas ganha lugar novamente. A esperta Katherine consegue persuadir Bree de que apesar de invadir o espaço dela, ela também a entende melhor do que ninguém, podendo portanto ser grandes amigas. Outras competições, como a entre Rick e Tom, não são tão inofensivas que possam ser resolvidas em uma conversa.
Usando a metáfora da cegueira para amarrar as pontas no final, o saldo desse episódio foi muito bom. Com ele, Desperate vem mantendo uma certa qualidade bem alta desde o hiatus. Os mistérios de Katherine parecem estar se encaminhando a passos largos para um fim, Gaby está bem menos irritante agora que Victor morreu e ela é esposa de Carlos novamente, e as demais Housewives parecem ter voltado ao seu nicho de sempre. Só me pergunto, o quê aconteceu com o casal gay?

30 Rock – 2×13 – Succession – 9 (MVP: Will Arnett, Tina Fey, Alec Baldwin)
Exibição: 24 de Abril de 2008

30 Rock é provavelmente a série com a maior quantidade de quotes brilhantes por episódio no ar atualmente. É impossível não ficar impressionado com a qualidade do roteiro de Tina Fey. Além disso, sua Liz Lemon cresceu impressionantemente e está melhor do que nunca. É sempre ótimo vê-la discutindo com sua equipe e, melhor ainda, é vê-la grudada naquele pacote de Cheetos mexicanos, com cabelo desarrumado, quase nenhuma maquiagem e moletom. As mulheres na TV sempre aparecem tão embonecadas. Mas das mulheres imperfeitas das sitcoms, Liz é provavelmente a presidente honorária e eu a adoro por isso.
Banks voltou e Geiss finalmente tomou sua decisão a respeito de seu sucessor, mas nem por um minuto eu achei que seria tão fácil pra Jack. Melhor pra o público, que vai poder ter muito mais de Will Arnett (Banks).

Esses textos fazem parte da nova coluna do TeleSéries, onde foram originalmente publicados.

Finalmente GG está de volta e com um episódio de arrasar. Pegando de onde o décimo terceiro parou, The Blair Bitch Project mostra Jenny se virando de todas as formas possíveis agora que entrou no círculo das populares, Blair tentando retomar seu trono e a convivência das famílias Van Der Woodsen e Bass, agora sob o mesmo teto.
Começando pelos últimos… De perto, contrariando o dito popular, até que eles são bem melhores. Apesar de Serena ter passado o episódio inteiro acusando Chuck de lhe enviar presentinhos constrangedores, quem leu notícias relacionadas a série durante o hiatus já deveria saber que quem estava perseguindo S era Georgina Sparks. A personagem, que vai ser vivida por Michelle Trachtenberg, deve entrar na série no episódio seguinte, e sinceramente, eu espero que ela faça mais do que provocar. Eric apareceu bem mais do que de costume, e eu gosto cada vez mais do Connor Paolo, apesar de continuar odiando seu cabelo. Foi muito legal vê-lo com Chuck, como irmãos. Também foi interessante ver que Bart e Lily sempre desconfiam antes de seus próprios filhos, conhecendo bem do que são capazes, mas eu não gostei de ver ressurgindo o lado mais fútil da Mamãe Van Der Woodsen. Poxa, achei que tínhamos todos entrado em um acordo que Lily é um ser humano mais complexo do que aquilo, com sentimentos contraditórios e tudo o mais. Sinto muito ver que parece que agora que a trama com Rufus não existe mais, eles não conseguiram vir com algo bom pra dar dimensão a ela. Se quisessem uma dica, eu diria para aprofundar no relacionamento dela com Bart, numa trama que possibilite o crescimento de ambas as personagens.
Mudando de núcleo, eu tenho que dizer (e não me lembro se já disse, portanto me perdoem se já não for nenhuma novidade), mas eu detesto a Jenny. Ela é a única personagem de GG de quem eu realmente não gosto agora que Serena parou de fazer o papel de pobre menina rica. Eu odeio personagens, como Jenny e Marissa de The O.C. que tem umas traminhas bestas e nós devemos acreditar que elas tem uma vida tão sofrida. Antes que me joguem pedras e venham falar de como é difícil ser rejeitado na escola, eu aviso que já passei pela experiência, mais de uma vez, e muito mais. Então sim, acho que Jenny é fútil, não tem limites e o quê mais me irrita, adora o papel de vítima.
Já o que eu gosto em Blair, é que ela se assume como bitch. Quando ela se compromete a fazer a próxima coisa duvidável, ela assume que é duvidável. E ela ama Nate de verdade, gosta muito da Serena apesar das brigas, tem algum respeito por sua babá Dorota e almeja ir pra Yale. Além de ser popular, o que Jenny quer da vida dela? Não que eu ache que ela tenha que ter tudo traçado aos quinze anos, mas é meio patético quando sua maior ambição é estar por cima da cena social da sua escola de ensino médio.
Agora que minha antipatia por Jenny foi explicada de uma maneira que soou até meio patológica (juro que sei que ela não é uma pessoa de verdade), tenho que dizer que adoro as meninas novas da série. Penelope e Hazel, interpretadas respectivamente por Amanda Setton e Dreama Walker. As duas conseguem ser tudo de ruim, as vilãs perfeitas pra infernizar e apimentar GG. Espero que elas não deixem o programa nem tão cedo. Emma Demar também faz um bom trabalho como Elise, que nesse episódio já parece ter sofrido um upgrade do episódio passado, no final do qual era maltratada pelas meninas.
No final, Blair quase consegue seu trono de volta, mas Jenny, depois de roubar um vestido e ser pega, consegue virar o jogo se aproveitando de Nate. Mas eu tenho fé que minha querida Blair vencerá a guerra.

Calleigh e Eric após tiroteio em Stand Your Ground

O que os produtores de CSI tem contra a mulher ter uma vida social? Eu explico de onde vem essa pergunta. Do episódio de CSI Miami que foi exibido ontem, Stand Your Ground, e de um pequeno retrospecto que eu fiz na minha cabeça depois de assisti-lo.
Em Stand Your Ground, nono episódio da temporada mais “novela da Globo” que nunca de CSI Miami (qualquer dia desses, Calleigh e Eric vão descobrir de repente que são irmãos! Tá, isso tá mais pra novela mexicana…), Calleigh acaba no meio de um tiroteio após reagir ao que parecia ser um assalto. Ela estava de folga, num brunch com Jake e bebeu duas mimosas. Com isso, depois do tiroteio, ela foi interrogada, questionada, recebeu olhares escusos dos colegas e todo o pacote completo que, concordando com a própria Calleigh, só serviu para humilhá-la.
E eu comecei a me perguntar por quê toda vez que mostram um pouquinho da vida social das CSIs, a desgraça vem a cavalo logo atrás? Em Weeping Willows, Catherine vai a um bar para relaxar depois do expediente e acaba a noite com um canalha que depois vem a ser suspeito de assassinato, uma portada na cara e posteriormente uma lição de moral de Grissom. Stella começa a namorar um cara que parece ótimo, e então em All Acess, este demonstra ser um verdadeiro psicopata, invade seu apartamento e a tortura. A própria Calleigh teve dois ex-namorados, um que apareceu noivo de outra do nada e posteriormente roubou dinheiro, e outro que colocou uma arma na cabeça de Calleigh para fugir de uma cena do crime de onde tinha roubado uma evidência e depois se matou dentro do laboratório dela. Voltando pra Catherine, ela também conheceu um cara que parecia maravilhoso, Chris Bezich, e então ela descobre que o canalha a traía. Ainda tem seu ex-marido, Eddie, o canalha-mor, que também a traía, tentou tirar Lindsey dela, entre outras várias coisas. Ainda seguindo com os canalhas, Sara teve um namoro sério com o bombeiro Hank, que aparentemente era apaixonado por ela, e então ele também aparece com uma outra namorada. Voltando pra Catherine, ela foi a um show com Nick depois do expediente e acabou sendo drogada e acordando nua em um motel de beira de estrada, descobrindo só bem depois que não havia sido estuprada, mas que seu raptor tirou fotos dela nua e mandou para seu pai, Sam Braun, como uma ameaça.
É claro, que no final disso tudo, elas saem sempre dignas, com a cabeça erguida, mostrando o quanto são fortes. Mas isso não muda o fato de que elas parecem estar sendo constantemente punidas por tentarem ter uma vida pessoal e sexual saudável. Escolher homens errados é uma coisa, mas em CSI parece que todos aqueles que não são CSIs provam-se parceiros menos que adequados, e isso acontece com os homens também. Mas são as mulheres que sofrem com escrutínio, a violência, a retaliação. São elas cujos erros de julgamento no que concerne suas vidas pessoais são recorrentes. E em uma série cujas duas principais produtoras executivas são mulheres (Carol Mendelsohn e Sarah Goldfinger) isso é confuso.
Todos os três CSIs possuem uma protagonista feminina, invariavelmente bonita, esperta e independente. Todas possuem um passado complicado e cheio de dor, que superaram com graça. São fortes e determinadas, não admitem desaforo de ninguém, mas gostam de todo mundo e são gostadas por todo mundo. Apesar de todas essas qualidades, elas são sempre ludibriadas por homens aparentemente perfeitos que acabam por fazer de suas vidas um inferno. E quando são mostradas fazendo algo remotamente casual, sempre acabam em problemas.
Se parasse por aí, seria perdoável, já que a franquia é focada em crimes. Mas o que complica é quando nesses episódios encontramos alguém inserido no papel de julgador e carrasco. Não importa que Calleigh tenha recebido sua redenção no final, quando descobre-se que os bandidos com quem ela trocou balas tinham mesmo a intenção de assassiná-la, pura e simplesmente. O que importa é que Stand Your Ground não foi o primeiro episódio de CSI em que as mulheres tiveram sua vida social associada a contextos ruins. Com isso eu me pergunto: será que isso é algum tipo de padrão que os escritores nem sabem que mantém? Uma muleta narrativa recorrente que ainda não perceberam ser perniciosa? Ou eu é que estou vendo coisas demais?

Eu estou muito satisfeita comigo mesmo de não ter acreditado de jeito nenhum que Ben tinha colocado o vôo 815 no fundo do Oceano. Sim, eu acredito plenamente em Tom. Não apenas Widmore ter sido o autor da farsa faz muito mais sentido, mas pelo menos Ben desenvolveu uma explicação argumentada, com direito a fotos. Então, eu tenho que dizer, eu acredito em Ben. Pior ainda, eu estou completamente no Time Ben. Ele é genial! O grande líder dessa série, Locke e Jack que me desculpem.

Eu fiquei extremamente feliz de ver Tom de volta; quase dei pulinhos de alegria. Eu adoro o Tom. E acho que LOST sem sua dose de personagens inescrupulosos não tem a mínima graça. Os Losties estão muito bonzinhos (Swayer então, está dando raiva). Não dá pra Ben ser o único da Ilha. Gostava da época em que todo mundo fazia coisas meio duvidosas (Juliet contando o segredo de Sun no episódio passado não conta, ela queria salvar a vida da coreana; ações duvidosas sem motivos duvidosos não tem graça). E foi legal os escritores confirmarem que Tom era o personagem homosexual, para os que ainda tinham dúvidas. A aparição de Tom também me deixou com a impressão de que Miles está absolutamente certo. Se ele está mandando pessoas para fora da Ilha e deixando que elas fiquem em coberturas em Hotéis 5 estrelas, dinheiro não está faltando.

A cena final foi chocante. Eu espero, por tudo que há de mais sagrado, que Rousseau não morra. Mas acho que aí fica uma das grandes dúvidas do episódio: foram os Outros mandados por Ben ou o time do cargueiro que saiu de helicóptero com Lapidus que atirou em Alex, Karl e Danielle? Eu fico com o segundo (até porquê já disse, estou no Time Ben) e acho que os cinco últimos episódios se dedicarão a mostrar a Guerra e os eventos que levaram os Oceanic 6 a sair da Ilha deixando o resto pra trás. Agora, Rousseau possuia um mapa que indicava a localização do Templo. Será que o pessoal do cargueiro vai encontrá-lo? Isso poderia significar o extermínio dos Outros. Só sei que estou louca pra ver Richard Alpert de novo e não quero que ele morra (mas será que ele pode morrer? Já vimos que envelhecer ele não envelhece).

A volta de Michael, por outro lado não me deixou tão empolgada. Eu simplesmente não consigo gostar do personagem (alguém consegue?). Mas apesar do drama inútil de Michael e Walt, eu gostei muito do flashback. Ele teve algo de sombrio que me deixou tão grudada na cadeira quanto as viagens no tempo de Desmond em The Constant. E isso, somado a Michael, é um verdadeiro milagre. Eu fico extremamente agradecida que a mini temporada não terminou no episódio sete como os produtores queriam. Meet Kevin Johnson marcou muito melhor o fim do período de especulações, pra que possa se seguir o período de Guerra.

PS: Eu sei que o episódio passou há mil anos, mas antes tarde do que nunca.

Calleigh seqüestrada

Bom, primeiramente eu peço desculpas por não atualizar o blog em tanto tempo, mas eu estou super ocupada com a faculdade e pra ser honesta, tirando os episódios de CSI que eu revejo pra escrever as resenhas do TeleSéries, eu não tenho visto série nenhuma desde o cancelamento de Jezebel James. Até que essa semana Paul To**** me mandou os dois últimos episódios de CSI: Miami, que me haviam sido recomendados por um amigo. Eu não estou acompanhando essa temporada de Miami regularmente e além de saber que Horatio tinha um filho, eu não sabia de mais nada. Toda aquela história de Julia, Kathleen, Ron e Pamela foi meio confuso, mas no final deu pra entender. Mãe do filho do Horatio que ainda o ama deixou o cara apaixonado por ela matar testemunha pra proteger seu filho. Brega. Me lembrou porquê eu parei de assistir CSI: Miami (além do Caruso ter ficado tão, tão ridículo que me dá vergonha alheia), às vezes parece que eu estou assistindo a uma FanFiction. E porquê eles tem que colocar seus CSIs em tantos problemas pessoais? Eu não importo com desenvolvimento dos personagens, mas CSI Miami é tão trágico com seus protagonistas, parece até que eu estou assistindo uma novela. Então, Ambush não me agradou muito, até o seu final. Aí eu odiei mesmo. Não sabia se ria ou se chorava, já que essa nova “viagem” de Horatio ao Rio foi ainda mais inverossímel e patética que a anterior. O governo do Brasil o extraditou só pra um carinha bizarro que mora no meio da floresta lhe ouvir admitir não admitindo que ele matou Riaz? E então ele lhe dá uma arma? Não dá pra ser mais viajado, apesar de que eu sinto que se filmassem a prisão de Horatio com verossimilhança o governo ia pirar. Tenho que reconhecer porém, que o finalzinho com o barulho do tiro na cena do Horatio e o corte abrupto pra Calleigh seqüestrada foi de arrepiar. E como eu já tinha baixado o episódio mesmo, fui assistir All In. O começo com Horatio Rambo quase me fez desistir, mas eu resolvi ver tudo porquê queria ver o que ia acontecer com a Calleigh. Eu gosto do trio Calleigh/Eric/Ryan. Aliás, Miami é o único CSI que eu gosto mais dos coadjuvantes do que dos protagonistas (amo Grissom e Mac). Então apaguei o fato de que Horatio matou uns dez (do lado de uma casa cheia de policiais), pegou um avião e voltou calmamente para Miami, e fiquei na verdade agradecida que foram dois minutos e não vinte de Horatio fazendo heroísmos dentro da Mata Atlântica. O seqüestro de Calleigh foi menos novelinha, provavelmente porquê ela teve que usar suas habilidades como CSI. Eu gostei de como se desenvolveu, lentamente e de maneira focada, apesar de nós sabermos desde o ínicio o que estava acontecendo. Fiquei me perguntando porquê o episódio Built to Kill com todas aquelas desgraças jogadas em cima de Catherine não poderia ter sido dosado como este. Adorei a cena do jogo de Poker, mas achei que o resgate de Calleigh não foi nem de perto tão emocionante quanto o de Sara (tá, a Sara tava semi-morta no deserto, Calleigh tava ótima, mas dava pra ser mais tocante do que foi). Fiquei confusa de novo no final; desde quando Eric e Calleigh tem alguma coisa? No balanço final o episódio saiu com um saldo bem positivo, mas ainda não tenho certeza de que tenho estômago pra acompanhar CSI: Miami regularmente. Eles são muito melodramáticos pro meu gosto, e eu não vejo a necessidade de toda temporada ter tantas confusões para os peritos.


Categorias

Comentários

luiz augusto em The Day of the Triffids
karina em Much I Do About Nothing…
andreia em Eles estão voltando…

Blog Stats

  • 231.115 hits

Todas as atualizações do seu blog favorito

Me Adicione no Technorati

Add to Technorati Favorites